I wanna be yours.

Pra você dar o nome

um cap um tiquinho maior e com mais detalhes. não tem taaantos diálogos assim porque eu to desenvolvendo pensamentos das duas. se tiver alguns erros de digitação iggynorem, por gentileza.

 enjoy :3

POV Laís

Entramos no condomínio em direção ao estacionamento, hora de acionar meus pés de novo. No elevador rumo a 10° andar, olhei de relance no espelho e lá estava meu cabelo com um certo topete por ter passado a viagem inteira com a mão apoiada na testa sustentada pelo vidro do carro. Parecia demorar até as portas automáticas abrirem, e mais duas portas a seguir e eu já estaria no meu quarto. Assim que entrei em casa e senti a brisa fresca entrar pela varanda percebi que seria uma noite de chuva, ainda é março, e tecnicamente ainda estamos no inverno, talvez não seria uma chuva torrencial, mas eu agradeci mentalmente porque aquilo contribuiria pra que eu pudesse relaxar.

Desfiz o cadarço dos meu tênis e os puxei do pé já sentindo o alívio de tocar no chão frio, e depois de tirar as meias parecia que meus pés não tinham nenhum vaso sanguíneo, mas se tivesse boca estaria me agradecendo por aquilo. Coloquei no canto de sempre, tirei as roupas e puxei a toalha que estava pendurada perto da janela, não aguentava mais sem tomar um banho. Não é como se eu tivesse suado o dia inteiro, mas o banho era meu melhor calmante, seja qual for a situação, e naquele momento, eu precisaria sentir a água escorrendo pelas minhas costas.

Uma rápida olhada no espelho, talvez eu devesse escovar logo os dentes e desde que tirei o aparelho isso de tornou uma ação um pouco mais confortável, e assim o fiz, nada melhor do que o frescor de uma pasta de menta. Entrei no box e fechei, girei a maçaneta do chuveiro e aquele som relaxante começou, logo a água que estava na temperatura certa percorria meu corpo e formava pequenas corredeiras nas minhas pernas até o ralo. Apoiei as mãos na parede por uns 5 segundos até me ensaboar, tentar tirar a exaustão do dia inteiro olhando pra professores que eu tenho certeza que preferiam estar numa conferência sobre História do Brasil do que ali olhando pra nossa cara. O cheiro do sabonete se espalhava no banheiro, e logo o vidro estava meio embaçado, o que me fazia desenhar nele qualquer coisa antes de sair do box, acabei fazendo um "A" inconscientemente.

Fechei o chuveiro, puxei a toalha pra me secar e saí do banheiro, sentindo agora minha pele fresca e limpa, agora eu só precisava de algo confortável e que eu fingisse que não tivesse pernas, porque elas já me imploravam por cama, e claro, eu iria obedecer. Coloquei a playlist com algumas músicas calmas, se bem que isso tá presente no meu dia a dia mais do que qualquer outra coisa, mas eu precisava de algo que ecoasse pelo quarto do jeito que estava. Olhei para o vidro da janela e percebi que corriam algumas gotas de água, e a brisa que entrava estava um pouco mais fria, mas eu não quis fechá-la, seria bom dormir com aquilo, e eu poderia estar louca mas de alguma maneira meu travesseiro me lembrava o cheiro suave dela... ok isso é coisa de boiola mas eu sinceramente fechei os olhos e inspirei algumas vezes seguidas, talvez fosse isso que faltava pra pegar no sono, e a julgar pelo horário, talvez eu acordaria de madrugada, mas com certeza eu precisava repassar cada minuto em que a vi no dia de hoje, e eu não me importava se isso fosse levar a noite inteira.

1:28 da madrugada. Acordei e percebi que não tinha colocado meu celular pra carregar, estava com 15% mas ainda estava tocando uma música que eu demorei uns 3 segundos pra entender qual era. Fechei o app e coloquei na tomada perto da cama, enquanto fazia isso li algumas mensagens e percebi que Vinícius havia me mandado mensagem perguntando se eu queria lanchar, o que me fez perceber que minha barriga estava roncando, putz eu preciso comer alguma coisa.

Fui até a cozinha e abri a geladeira, eu estava com preguiça de preparar qualquer coisa então peguei um iogurte e algumas rosquinhas que tinham num pacote que abri ontem, levei até a varanda e me sentei com os pés apoiados nas grades. A casa estava silenciosa e escura, salva pela luz da lua que iluminada o suficiente pra que eu não esbarrasse nas coisas. Fazia frio, já não estava mais chovendo, e enquanto comia olhava alguns carros que daqui de cima pareciam brinquedos.