Eleven

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- Ainê, para com essa palhaçada!

Ainê: então vamos embora como o combinado, estaremos te esperando do outro lado da rua, se em 5 minutos você não aparecer, já sabe! - saiu

Porra, por que caralhos ela tinha que vir para a minha casa, com a minha família?

POV AINÊ

Juro, eu não sei como falei tudo aquilo. Eu estou tremendo por inteira, meu coração dá suas batidas errôneas, creio que até minha pressão baixou

Alan: está doida? Se eles te pegam tu já era

Thais: obrigada mesmo, obrigada, obrigada - abraçou-me

- O nosso combinado era: saímos juntos, voltamos juntos. Eu não quero ver ele chegando de madrugada sem aguentar o próprio corpo. Não fiz tudo isso por ele, fiz por Esmeraldina e vocês, para poupá-los de prejuízos maiores.

Não deu 3 minutos e Philippe apareceu, sem nem me olhar na cara. Melhor assim. Fomos para casa em silêncio, chegamos em silêncio e eu praticamente voei para meu quarto.
Ôh coitada, achava mesmo que ia ser fácil assim?

Philippe: que merda foi aquela na praça? - Perguntou ao adentrar o quarto

- Tem porta, bate nela antes de entrar.

Philippe: querida, você não tem o direito de se meter com meus amigos assim - enfatizou o "meus" - acho melhor você não se aproximar nunca mais, ou a coisa vai ficar feia para o seu lado!

- Isso é uma ameaça? Pode deixar que perto dos seus "amigos" eu não faço questão de chegar nunca mais! - alteirei-me

Philippe: é a primeira e espero que seja a última vez que eu precise te avisar para não se meter, ou..

- Ou o quê? - interrompi - vai me bater, mandar me matar, me drogar como se droga com eles?

A medida em que eu falava, Philippe se aproximava, até que encostei na parede, não tendo mais por onde "escapar"
Ainê, sua louca, olha onde você se meteu!

Philippe: você não tem o direito de falar isso - segurou meu braço

- Solta, está me machucando! - falei como se fosse adiantar, porém o mesmo apertou mais, quase colando seu rosto ao meu desta vez - Philippe, solta!

Philippe: está com medo agora? - riu sarcástico

Finalmente meu braço foi solto, estava vermelho, e certamente iria ficar roxo. Philippe estava saindo do quarto quando sua mãe apareceu.

Esmeraldina: Ainê, eu.. ai meu Deus - exclamou ao ver meu braço - o que aconteceu?

- Eu acabei batendo no canto do armário, está tudo certo - tentei tranquilizá-la, em vão, já que a mesma saiu em disparada alegando que havia uma boa pomada guardada no quarto do caseiro.

Philippe: por que não falou para ela? - se aproximou

- Ela não precisa saber, não quero envolver ninguém de fora nessa "briga" que criamos - fiz aspas com os dedos

Ficamos em um silêncio horrível, eu olhava para baixo enquanto passava a mão pelo braço, sentia o olhar de Philippe sobre mim, mas não conseguia encará-lo. Dona Esmeraldina voltou e me mostrou como passar a pomada, quando fui abrir o produto, sinto Philippe segurar meu braço.

- Vai piorar mais ainda?

Philippe: eu fiz isso, eu passo.

- Ai, para né, Philippe! Faz tudo e depois quer sair como o santinho que ajuda a coitadinha.

Philippe: caralho, Ainê! Estou tentando te ajudar, eu fiz isso, eu vou resolver.

- Não me lembro de pedir por sua ajuda - respondi ríspida

Philippe: alguém liga?

Totalmente contrariada, permiti que Philippe passasse a pomada em meu braço, suas mãos eram tão leves, nem parecia o ogro que chegara aqui causando este machucado.

Philippe: me desculpa por isso - olhou-me, falando quase num sussurro - não pensei no que estava fazendo

- Eu te provoquei, mexi com algo que sei que não gosta..

Philippe: isso não justifica essa agressão..

- Está tudo bem, só não faz de novo, por favor - sussurrei

Philippe: não farei

Ali, em cima daquela cama, nosso olhares se cruzaram, não sei ao certo por quantos minutos ficamos nos encarando, mas garanto que foram o suficiente para me constranger.

Philippe: envergonhada, Ainê?

- Não, eu não estou, é, envergonhada - droga, me atrapalhei toda

Philippe: não precisa fingir

- Não estou fingindo

Philippe: está sim

- Mas que droga, eu não estou envergonhada - me alterei

Philippe: além de intrometida, também é chata, eu hein

- Além de lindo é um estúpido? Eu hein

Só então me dei conta do que respondi, o que é isso Ainê? Está cheirando orégano, comendo merda??

Philippe: você disse o que?

- Nada!

Philippe: disse sim - afirmou

- Você sabe o que foi, não se faça de burro.

Philippe: tu é linda também

- Obrigada... - Eu devia estar como um pimentão

Philippe: você não precisa se envergonhar disso, aliás, eu sei que sou um pedaço de mau caminho para as garotas - sorriu, sarcástico

- Se situa garoto

Philippe: por que eu? Sou realista! Se "situa" você, querida.

- Cala a boca! - exclamei

Philippe: vem calar

- Cala você, sozinho!

Philippe: preciso que alguém cale!

E assim ele veio, com tudo, sem se quer me dar tempo para raciocinar o que iria acontecer.
Suas mãos seguraram meu rosto, permitindo o contato de nossos lábios, num beijo não tão calmo, sua língua adentrou minha boca de uma forma que me fez ir ao céu e voltar, minhas mãos, automaticamente, se envolveram em seu pescoço.
Tenho que admitir, agora eu entendo o seu sucesso com as garotas, apenas seu beijo é capaz de nos virar de cabeça para baixo!
Com alguns selinhos, finalizamos o beijo, a fim de recuperar nosso oxigênio. Novamente nossos olhares se encontraram, seus olhos refletiam as luzes da sacada, sua boca, levemente avermelhada, era como um convite para um novo beijo, seus cabelos, levemente bagunçados, ah meu deus, esse homem é uma tentação.
Me peguei perdida em prestar atenção em todos os seus detalhes, céus!

Philippe: o dever me chama - disse, dando-me um selinho e indo para o quarto.

É sério que depois disso ele ainda vai para uma festa?

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Vou tentar ficar mais ativa aqui, talvez os próximos capítulos sejam menores, porém em maior quantidade! Lavem as mãozinhas 💦🤜🏻🤛🏻
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Aceito críticas construtivas, se puderem me ajudar divulgando eu ficarei muito grata! Espero que gostem e soltem a imaginação enquanto lêem 💗
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IC: "O Intercâmbio"
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A Estranha Perfeita - PhilnêOnde histórias criam vida. Descubra agora