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E então meu povo, ficaram com saudades? Pois eu sim. Não só saudades de vocês como da Kay. Enfim, queria era agradecer quem me acompanhou, leu, votou, comentou, me apoiou. E também porque a história bateu 2K ontem, e eu fiquei em choque, não pensei que isso aconteceria. Sem mais delongas, podem curtir o capítulo (Obs: pra quem não leu o primeiro, procura no meu perfil okay? E se puder dar uma olhada nas outras histórias, eu agradeceria).
C.S

Aquela noite estava especialmente bonita e reconfortante. Demos um jeito de subir no telhado, e estávamos fazendo companhia um ao outro. A única coisa que me fazia permanecer naquele lugar e que evitava a minha mente de viajar, era a mão do Luke que puxava as mechas do meu cabelo preguiçosamente e delicadamente. Eu estava deitada no peito dele, apenas olhando as estrelas e tentando prender todos os pensamentos desconfortáveis que insistiam em correr pela minha cabeça naquele momento.

- Luke.

- O que foi pirralha? -ele disse ainda de olhos fechados. A lua clareava tanto que eu podia enxergá-lo sem forçar a vista.

- Você tem algum segredo obscuro?

- Se você estiver falando sobre eu ter alguma playboy escondida embaixo do meu colchão, entre uma tábua solta... Não, não faço ideia do que você esteja falando -ele diz me fazendo gargalhar.

- Isso foi terrivelmente específico, seu idiota. Mas não era sobre isso que eu estava falando, e sim sobre um segredo que envolvesse a morte de alguém.

- Ah, isso? Bom, não é segredo pra ninguém que eu já matei pessoas antes. Se lembra daquele cara que eu torturei no porão? -ele diz tão casualmente que nem faz parecer ter sido algo sério.

- Você é doente.

Ele gargalha.

- Bom, eu tenho outros, se preferir ouvir -ele diz me deixando curiosa.

- Claro que quero. Quero motivos ainda piores pra avacalhar com você.

- Se eu fosse uma pessoa normal eu até teria vergonha de contar, mas como não sou... Quando eu era bem pequeno, o meu pai me levou de férias pra Garmota, e como você sabe, lá só tem árvores amarelas e animais estranhos, então eu pensei, por quê não andar pelado por aí?

- Eu não acredito.

- Acredite, eu andei pelado por Garmota. O que eu não contava é que o meu pai ia fazer uma festa surpresa pra mim de aniversário atrás da cabana. Acabou que todo mundo viu o Lukezinho, todas as amigas idosas da minha avó. Posso afirmar que todos os draconianos já viram o bilau do príncipe.

Eu ri tanto que o Luke teve que me segurar, pois eu quis rolar pelo telhado.

- Então todos os draconianos viram o bilau do meu namorado? -perguntei ainda me recuperando do choque.

- Acho que é por isso que os meus tios que não me veem desde aquela época ainda me olham torto.

- Você é muito burro, meu Merlin.

- Cala a boca pirralha -ele me empurra, mas deixa um sorriso escapar- Foi realmente uma surpresa pra mim, e pra todo mundo... O melhor foi o meu pai tentando explicar pra todo mundo que eu era apenas um retardado e que ele não era um pedófilo.

A Envor - O Segredo dos ClãsOnde histórias criam vida. Descubra agora