Os 25 anos da queda do Muro de Berlim

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Os 25 anos da queda do Muro de Berlim

Lembro como se fosse hoje quando o Jornal Nacional noticiou a queda do muro de Berlim. Um repórter chamado Pedro Bial, pegava uma pedra do muro e dizia que ela agora seria uma peça de suvenir. Daquele dia em diante a Alemanha seria um país só. Não haveriam mais duas Alemanhas nos Jogos Olímpicos pensei. Brincadeirinha, o que pensei foi: O mundo tem jeito, a guerra fria vai acabar. Pensei, oba, o mundo está mudando. 

"Muros servem para dividir, mas servem para unir, quando caem" Essa frase não é minha é do Gerald Thomas. Muro é onde se urina, onde famílias são divididas por decisões políticas, é onde pessoas se encontram e têm relações sexuais e se beijam em nome da paz, picham, exprimem suas queixas, etc. 

Antes do muro cair, vi um Polonês ser eleito papa, vi a morte do pacifista John Lennon. Pensei os anos noventa serão melhores. 

Depois disso vi um sindicalista polonês ganhador do prêmio Nobel da paz, chamado Lech Walesa, ser eleito presidente da mesma Polônia de um dos papas mais famosos e pop. Essa mesma Polônia devastada por uma grande guerra e pelo comunismo.  

Em 1991 com o fim da URSS, eu pensei, o socialismo está acabando. Que pena, o imperialismo americano vai realmente reinar 

Passados os movimentados anos noventa. Vi no Brasil, um também operário sindicalista ser eleito presidente. Pensei, viva, as mudanças estão chegando ao Brasil também. Agora o Brasil decola. 

Hoje, 25 anos depois, eu sei que o socialismo está falido. Que o capitalismo também. Que a escolha do papa é política. Igual a eleição de miss, presidente. Tem que ter lobby, tem que haver jogo de interesses. Vi que o Brasil é realmente o país do futuro. Futuro mesmo. Daqui a séculos talvez. 

Vi que a guerra fria acabou. Mas que está cada vez mais quente. Fervendo no leste europeu. Fervendo em Gaza. Fervendo nas primaveras e guerras civis dos países do Oriente Médio e África. 

O mundo ferve literalmente. Sem água, sem comida para todos. Sem amor, sem altruísmo, com o individualismo reinando cada vez mais.  

A Nova Era não chegou. Eu acreditava que ela chegaria no terceiro milênio. Mas tô sentindo que ela foi adiada pro quarto, talvez quinto milênio. 

Enquanto isso pense em melhorar um pouco nossa vida, nossa casa, nossa rua, bairro, cidade, estado, país. Sei que isso é muito complexo, mas só conseguiremos mudar o planeta, mudando a nós mesmos. Atos simples como escovar os dentes, ensaboar o corpo, e a louça com a bica fechada, parecem nada, mas significam muito. A mudança começa em nós. 

Que a luz do Grande Arquiteto do Universo desça sobre nosso planeta para que reine a Harmonia, a Tolerância, o Amor. Eu sou Edson Santana, não sou miss simpatia, mas realmente quero a Paz Mundial.