A dangerous choice

Festa do pijama!

O Chara nos olhava com um certo ciúme em seus olhos.
(Zack)- eu pensei que você... e-eu não quero nem pensar nisso-- ele diz me rodopiando no ar
(S/n)- não fale algo desse tipo! Eu nunca vou morrer, estrelas demoram muuito tempo para virarem super-nova-- digo com um sorriso de orelha a orelha
(Chara)- tem como soltar ela?-- pergunta segurando o braço do Zack com certa força
(Zack)- a-ah okay -- ele me põe no chão, massageando o braço que o Chara havia agarrado 
O Chara me olha com um olhar como quem pede explicações, e só agora percebo que todo mundo além dele precisam de uma explicação
(S/n)- eu tenho que apresentá-los-- digo pegando no braço do Zack e o estendendo até a mão do Chara-- Chara esse é o Zack, Zack esse é o Chara. E logo atrás dele estão os meus amigos!
(Zack)- é um prazer conhecê-lo Chara!-- diz com um sorriso meigo no rosto
(Chara)- queria poder dizer o mesmo...-- ele ignora a mão estendida do Zack e se vira em minha direção -- vocês se conhecem de onde?
(S/n)- bem no-
(Zack)- nossos pais eram muito amigos, e nós crescemos juntos-- diz sorrindo animadamente-- e-eu te interrompi não? Me desculpe -- diz ficando desconfortável com o olhar que o Chara lhe deu.
(S/n)- Você deu uma bela resumida-- eu olho para o Chara que estava com uma bela de uma cara de cu-- ei Chara, podemos conversar em particular?
(Chara)- claro, eu ia perguntar a mesma coisa pra você-- diz indo até a entrada de um pequeno bosque.
Eu o sigo, saindo da vista dos outros que começavam a conversar entre si e com o mais novo conhecido.
(Chara)- eu não gosto dele-- diz com os braços cruzados e se encostando em uma árvore
(S/n)- que? Assim do nada?
(Chara)- eu simplesmente não fui com a cara dele, eu conheço um pau no cu quando vejo um 
(S/n)- Chara! Não fale assim dele, ele é meu melhor amigo! -- eu estava começando a me estressar com todo esse ciúme bobo dele, e eu que pensei que os dois iriam ficar amigos também.
(Chara)- será que é mesmo?-- diz lançando um olhar mortal na direção em que o Zack se encontrava
(S/n)- Chara, pelo amor de Deus para com isso!-- eu me aproximo dele, segurando seus ombros gentilmente e o olhando com um pouco magoada
(Chara)- *suspira* Eu só não consigo engolir aquele cara-- diz suavisando o seu olhar ao ver meu rosto triste -- mas não quer dizer que eu não possa tentar
(S/n)- Você vai dar pelo menos uma chance?-- digo ficando esperançosa-- só uma chance pra você ver como vocês dois podem se dar bem?
Ele suspira pesadamente e logo segura meu queixo, o levantando para que eu olhe dentro dos seus olhos
(Chara)- eu vou... tentar-- diz com certo esforço-- mas não te garanto nada
(S/n)- só saber que você vai estar tentando eu já fico feliz -- digo dando um selar rápido em seus lábios
(Chara)- mesmo assim eu vou ficar de olho nele-- diz segurando meu rosto e me puxando para um beijo mais demorado
Eu me afasto depois de um tempo, percebendo que já demoramos demais 
(S/n)- temos que voltar, não?
(Chara)- por mim eu não voltava-- diz segurando minha cintura com delicadeza-- maas tudo bem, vamos logo.
Nós dois voltamos pra perto dos outros que ou conversavam animadamente ou conversavam sobre o seus futuros.
(Zack)- S/n! S/n!-- ele corre até mim quando me vê-- eu achava que as lendas eram reais, mas isso?! É incrível ver como existem vários monstros que estavam presos lá embaixo! Eles são tão diferentes e tão interessantes!
Eu acabo por rir do seu entusiasmo, ele sempre foi assim, ele se surpreende facilmente com as coisas ao seu redor e fica entusiasmado com facilidade.
(S/n)- eles são bem legais né? Eu... não acreditava muito que eles estariam lá embaixo, mas agora eu simplesmente não me imagino vivendo sem eles
O Zack fez uma careta fofa, como se estivesse imaginando como ele se sentiria se fosse ele no meu lugar 
(S/n)- eu também não consigo me imaginar vivendo sem você!-- digo o puxando para um abraço de lado, vendo ele rir e tentar se soltar de mim
(Zack)- pena que eu posso muito bem viver sem você-- diz me mostrando a língua
(S/n)- pode viver tão bem sem mim que estava colando pôsteres de desaparecidos-- digo rindo da cara desconcertada que ele fez
(Zack)- isso é um assunto muito diferente!
(S/n)- aham sei
Eu o solto e me viro na direção da Tori, vendo o Chara de relançe com um olhar de certa forma impaciente.
(S/n)- ei Tori, nós precisamos conversar sobre o que fazer a seguir-- digo em uma lufada de ar e com toda a minha coragem que eu consegui reunir até então 
(Toriel)- você está certa minha criança-- ela olha para o horizonte levemente preocupada-- mas não precisa se preocupar com isso amada, eu e o dreemurr iremos até a prefeitura-- diz encarando Asgore com uma cara nada boa.
(S/n)- entendo-- digo me sentindo aliviada-- boa sorte para vocês, e se precisarem é só me chamar!
(Toriel)- claro minha criança-- diz me fazendo um leve cafuné e logo se virando para Asgore-- temos coisas a tratar, Dreemurr 
(Asgore)- c-claro tori- di-digo claro Toriel -- diz se atrapalhando nas palavras 
Eu sinto uma mão quente em meu braço e olho para cima, vendo um par de olhos carmesim e um sorriso debochado
(Chara)- agora que estamos aqui em cima temos que achar algo para fazer-- ele se aproxima de mim ainda rindo debochadamente da interação dos mais velhos-- poderíamos tentar juntar os dois, eu realmente gostava da época em que eles estavam juntos
(S/n)- vou anotar na minha agenda-- digo piscando em sua direção -- temos que montar um plano
(Chara)- deixa que eu falo com o Azzy -- ele procura o Asriel com o olhar, logo o encontrando conversando animadamente com o Zack-- deixa pra lá, eu converso com ele depois
(S/n)- Chara...
(Frisk)-{novo mundo aí vamos nós!}
O Frisk sai andando pela estrada, meio que nos guiando mesmo sem saber onde ia. Nós o seguimos continuando a conversar sobre aleatoriedades 
[...]
Estávamos na prefeitura da cidade esperando a Toriel e o Asgore saírem de lá.
O Frisk foi junto, pois o mesmo se ofereceu para ser o embaixador dos monstros no "mundo humano". 
O fim de tarde estava agradável, ao longe eu via que o crepúsculo logo começava a surgir, pintando em o céu em tons de laranja, vermelho e roxo deixando tudo ainda mais belo.
Estava encostada em uma árvore que tinha em um jardim que estava na frente da prefeitura, podia ver o Chara sentado em uma pequena mureta, conversando com o Asriel sobre algo que não sei pois estava muito longe para ouvi-los.
Lentamente tiro meus olhos do céu ao ouvir a voz doce e paciente da Tori se aproximar.
(S/n)- então? O que aconteceu?
O Frisk que estava junto da Toriel suspira, logo sorrindo levemente e indo na direção de seus irmãos 
(Toriel)- eles foram compreensíveis, mas eu pude notar que não estavam confortáveis conosco-- diz com a mãos no seu peito, mais especificamente no seu coração.
(S/n)- não ligue para eles Tori, um dia eles vão entender que não são o centro do mundo, e que outras raças podem existir e conviver com eles -- digo um pouco chateada com a ação daqueles 'humanos'
(Tori)- eu não me afeto assim tão fácil com críticas, obrigada por se preocupar minha criança-- ela põe a mão em meu ombro e sorri amavelmente para mim -- eles pelo menos nos providenciaram um lugar para passarmos a noite, só não sei se terá espaço para todos
(Monstro aleatorio)- não se preocupe moça, nós podemos permanecer no subsolo por um tempo, pelo menos até tudo se ajeitar né não pessoal?-- pergunta olhando para alguns monstros que estavam atrás dele
(Monstros)- é! 
Alguns monstros foram de volta ao monte ebott, poucos quiseram ficar em um ambiente novo e deveras hostil pelo preconceito humano. Dentre os monstros reconheci um que pensava que não via à muito tempo
(S/n)- senhor sapo!
(Froggit)- senhorita! A quanto tempo não?-- ele se aproxima e me dá um rápido abraço 
(S/n)- já faz um tempinho mesmo, fico feliz em re-velo em boa saúde-- ele sorri, coaxando em um ato involuntário.
(Froggit)- espero que tenha se resolvido com o jovem senhor dreemurr-- diz com um olhar um pouco preocupado, mas mantendo seu ar cordial
(S/n)- nós nos entendemos sim, meio que graça a você-- digo sorrindo ao ver sua preocupação 
Eu vejo um monstro parecido com ele o chamando ao longe, ele se vira para mim com um olhar de desculpas
(Froggit)- eu infelizmente tenho que ir senhorita-- ele da leves tapinhas em meu ombro-- tomara que nos reencontremos outro dia 
Ele vai embora com o outro froggit, eu estava feliz em re-ver ele, ele realmente me ajudou quando estava em maus lençóis.
Eu estava prestes a ir até o Frisk, Asriel e Chara quando sinto uma mão segurar a minha, me parando.
(S/n)- hm?
(Zack)- eu sem querer ouvi um pouco da sua conversa com a... com a top-tor...
(S/n)- Toriel -- digo rindo um pouquinho-- e sobre o que você quer falar?
(Zack)- eu estava pensando em você ir dormir lá em casa-- ele sorri pondo as suas mãos no bolso de sua calça-- minha mãe está com saudades sua, e lá você estaria mais segura
Eu penso sobre isso por um tempinho, não seria nada de mais não?
(S/n)- tudo bem, eu vou contigo-- digo vendo ele se animar-- só vou avisar a Tori
antes okay? 
(Zack)- tudo bem então! Estarei te esperando lá-- diz apontando para a entrada do parque.
(S/n)- okay, eu já vou indo
Eu ando até a Toriel e a aviso que iria dormir fora. Ela entendeu e disse para eu me cuidar e me passou o endereço de onde eles iriam ficar por via das dúvidas.
Eu sinto minha nuca arder e olho para trás, encontrando o Chara me olhando com um ar desconfiado
(Chara)- Você o que...?!-- sua voz saiu como um rosnado.
(S/n)- eu vou passar a noite na casa do Zack-- digo não entendendo bem o porquê dele estar com tanta raiva-- vai ser só hoje, e eu vou aproveitar para me reencontrar com a tia Alice
(Chara)- Você está me dizendo, que vai dormir na casa de outro cara...-- ele respira fundo, como se estivesse tentando se controlar-- e vai me deixar aqui? Logo nesse momento crítico?
(S/n)- crítico?
(Chara)- os monstros acabaram de serem libertos, e eu... e-eu... deixa pra lá -- diz falando cada vez mais baixo, até terminar a frase quase em um sussurro.
(S/n)- Você o que Chara?-- pergunto um pouco preocupada com seu tom de voz 
(Chara)- não é nada demais, eu posso te contar depois -- ele se aproxima e me dá um beijo rapido-- *suspira* olha, se você quer ir, pode ir eu não vou te impedir porque eu não tenho esse direito-- ele sorri levemente pra mim -- mas se você for, por favor se cuide okay?
(S/n)- tudo bem Chara -- ele se vira para ir embora mas eu o puxo e o beijo de novo-- Você é o melhor sabia?
Ele simplesmente ri e me dá um peteleco na testa, indo até seus irmãos.
[...]
Eu e o Zack tínhamos acabado de chegar em casa, o Zack entrou primeiro logo segurando a porta para que eu pudesse entrar
(Zack)- hora da nostalgia!-- ele fecha a porta, e me vê parada observando a casa em que passei diversas tardes da minha infância e adolescência.-- vem comigo, você tem que largar essas malas-- diz pegando em minhas mãos e me puxando até o seu quarto
(S/n)- onde está a sua mãe?-- pergunto ao sentar-me na cama de seu quarto, que era exatamente o mesmo de que eu me lembrava
(Zack)- ela deve ter saido-- diz guardando as minhas malas em um canto do quarto-- hoje mais cedo quando sai ela estava aqui
Eu olho em volta, observando o quarto e sendo bombardeada com lembranças doces e alegres. Eu me estico até a cabceira da cama, pegando uma foto minha e do Zack, de quando tínhamos sete anos e estávamos na casa da minha falecida avó
(Zack)- é tão bom estar contigo novamente! É como voltar a ser criança -- eu olho para o lado quando sinto um peso na cama junto com uma risada animada vinda de Zack 
(S/n)- eu me sinto presa em um eterno déjà-vu -- digo rindo levemente e me deitando ao seu lado na cama, segurando a foto estendida a minha frente
(Zack)- ei, eu me lembro desse dia-- diz se aproximando e apontando para a foto-- nós tínhamos recém passado de ano, e como recompensa a sua avó iria nos levar pra tomar sorvete
(S/n)- aham, e você tentou subir em um muro e quebrou o braço-- digo rindo da lembrança 
(Zack)- ei! Aquilo doeu sabia?-- diz com uma cara irritada que se suaviza quando ele começa a rir junto a mim
Nós ficamos conversando sobre o passado e coisas aleatórias, brincando como duas criancinhas até que escutamos um barulho lá embaixo
(Zack)- acho que ela chegou -- diz abaixando um travesseiro que estava prestes a chegar no meu rosto-- espera aqui um pouquinho, eu quero fazer uma surpresa!
Ele desce as escadas e eu não consigo ouvir a conversa muito bem, mas espero pacientemente.
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Será que a tia Alice vai gostar de me ver? Eu estava ansiosa em reencontrar minha 'segunda mãe' depois de tanto tempo.