Rapariga

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Felipe Prior

Estava com minha boa breja de sempre, curtindo com o pessoal e zoando, era uma festa de boas vindas, mas poderia ser qualquer outra que frequentei quase todos os dias das minhas férias. Minha mãe me perguntava quando finalmente tomaria juízo e aprenderia a lavar as próprias cuecas.

Com a cabeça meio pensativa, só me deixava levar pela música e pela vibe do pessoal. Algo não tava muito no clima.

Gizelly já havia vindo umas 3 vezes no mínimo na minha direção, me forçando a dar um fora nela todas as vezes. Quando essa menina ia se ligar que eu não queria nada com ela? Foram só algumas ficadas aleatorias. Tenho mais com o que se preocupar nesse ano. Na verdade, mesmo que tivesse. Eu não namoraria com alguém tão cedo.

Me escorei na mesa do chopp e fiquei analisando o movimento. Flayslane se destacava no meio da multidão, e eu como um bom conhecedor da minha amiga de infância, já sabia que ela já tava na mãozinha do palhaço. Quando nossos olhares se cruzaram ela sorriu e veio cambaleando em minha direção.

Flay: Esse chopp tá muito ruim, eu quero é VODKAAA.

Felipe: a Vodka já acabou ha um tempo. E vi que você foi uma das principais responsáveis por isso.

Flay: Eu? Eu não Prior, faz um tempão que não bebo vodka já.

Felipe: E faz um tempão que eu te conheço. E além disso, seu bafo diz outra coisa.

Flay: Deixa de ser besta, venha cá, vamos fazer a dança do piseiro.

Fomos pra pista e começamos a dançar como nos velhos tempos enquanto riamos uma da cara do outro. A dança da cidade natal dela tinha virado uma conexão pra gente é fazia um tempo que não repetíamos. Anos atrás, em todas as festas fazíamos a mesma dancinha. E era bom a sensação, gostava do que a energia dela me provocava.

Flay: Voce tá dançando muito mal, Felipe Prior

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Flay: Voce tá dançando muito mal, Felipe Prior. Já foi muito, muuuito melhor.- Disse, me puxando para um canto depois de estarmos exaustos de tanto agito

Felipe: foi a falta de prática- Falava perto de seu ouvido.

Flay: Porque você se afastou- pude ver sua expressão ficar triste e seu olhar se perder no meu peito sem camisa.

Felipe: Para com isso, Flay. Você sabe muito bem que foi você que brigou com Gizelly, por causa daquele cara do Direito.

Flay: não foi por causa do cara de direito. Foi por causa de você- Disse, e enfim me encarou nos olhos.

Felipe: Por MIM?

Flay: ela morria de ciúmes da nossa proximidade. Sempre me dizia que eu devia me afastar, porque assim não dava a chance de vocês finalmente ficarem juntos.

Felipe: Que absurdo, nem passa pela minha cabeça namorar agora. Eu sabia que ela gostava de mim mas não que era obcecada a esse tempo.

Flay: Eu sempre soube. Mas não queria problemas... então foi por isso que eu me afastei... - Disse, agora praticamente colada em meu corpo e acariciando meu peito que antes encarava. O mesmo estava cheio de papel colorido repicado, essa festa parecia um carnaval.

Flay: Voce tá forte. Tá malhando?

Enrijeci com o toque e a afastei. Mas que diabos, ela tava bêbada.

Felipe: Flay, você nem sabe o que tá fazendo. Melhor a gente se preparar pra ir pra casa.

Flay: Pra casa? Não! Minha diversão está apenas começando.

Flay me deixou alí escorado na parede.



Gizelly

Gizelly: o que será que essa maluca tá fazendo com o meu boy?

Stefani: Para com isso, garota. Se ele te vê falando isso, ele surta.

Julia: O que ele já te disse? Já disse 3 vezes na cara que vocês não tem nada e que não quer namorar só nessa noite. Você tá ficando obcecada, tem que parar.

Comecei a entrar em desespero e roer as unhas. Não era possível, eu tenho tudo o que ela não tem.

Stefani: E além do mais, ele não vai querer nada com ela também. Nos poupe amiga, você é bem melhor que ela. Meninas como ela não fazem o tipo dele, relaxa. Logo logo ele cai em sí que você é a única capaz de colocar juízo naquela cabecinha de minhoca.

É... tem razão. Mas não ficarei de braços cruzados esperando isso acontecer.

Me dirigi até as amiguinhas flopadas da feiosa e simplesmente perguntei:

Gizelly: Oi... - Disse indiferente

Gizelly: Então a Flay e o Prior voltaram a se falar?

Bianca: Parece que sim. Por quê?

Gizelly: é que o Felipe sumiu... vi vocês aqui e queria perguntar se ele tava com ela.

Mari: Voces namoram agora, é isso?

Ouvi passos apressados por trás de mim.

Flay: Mas o que essa rapariga tá fazendo aqui?

Mari: Flay... vem aqui que vou te levar lá pra sentar um pouquinho.

Flay: Eu não quero sentar não... oxi.

Flay: Quero saber o que você tá fazendo atrás das minhas amigas, sua piranha.

Bianca: AMIGA, para com isso!

Fiz um sinal a Bianca pra dizer que tava ok.

Fiquei muda a encarando. Papo de bebado. Estava mais torta do que uma mola.

Flay: Ah, ja sei. Estava atrás do seu namoradinho né? Não se preocupe, ele é todo seu.

Gizelly: Nós não somos namorados.

Flay: Entao por quê me fez afastar dele por ciúmes ridículo?

Prior se aproximou e retirou ela da pista, me olhou e balançou a cabeça. Até parece que o surto dessa maluca era culpa minha.

                                   Felipe Prior

Felipe: Meu deus. Não vou nem te dar uma bronca... porque eu já sei como isso funciona. - Disse enquanto a colocava na porta de trás do carro.

Flay: Nao tem nem razão pra isso. Afinal foi você que me convidou pra essa festa ridicula.

Felipe: você fica muito estupida quando bebe. Estou fazendo o melhor pra você. Sendo gentil em te deixar ficar na minha casa.

Flay: E você é estupido até sóbrio. Não preciso da sua caridade- Se virou para o lado do banco do carro e dormiu.

Minha casa ficava ha 2 quadras apenas da universidade, e isso me permitia dirigir depois de uma bebedeira sem ser multado ou correr o risco de um acidente. Pelo menos nunca tinha acontecido.







Continua

Flayor- ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora