Capítulo Cinco

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A escalada na árvore foi bem complicada. Quase cai. Pisei e segurei em locais que quebraram, e não, não tinha nada a ver com a Katniss, mas consegui.
Do alto da árvore a paisagem que eu vi era linda, mas fui logo procurando algum sinal de civilização, o que não foi muito difícil, porque consegui ver um caminhão passando numa estrada.
- Belos psicopatas, nem se dão ao trabalho de me deixar em uma floresta aonde eu não consiga ver a estrada.
Agora o desafio era descer da árvore. Nada fácil, mas quando cheguei numa altura consideravelmente segura eu pulei, pois minhas mãos não aguentavam mais.
Meus pés absorveram bem o impacto e fui em direção à civilização.
Puta que pariu! Eles pegaram minha faca. Eu havia ganhado aquela faca no meu aniversário de 13 anos, era linda e não era uma faca qualquer que as mães usam pra cozinhar, era a faca que minha mãe usava pra assassinar pessoas. Era uma faca que carregava muitas almas, e que eu carregava pra todo e qualquer lugar.
A caminhada foi longa e já estava quase morrendo de cede quando achei um lago. Fui logo enfiando as mãos na água sem me importar muito. Tirei o suor do rosto com aquela água deliciosa e bebi um pouco. Depois de um certo tempo percebo que eu estava tão perto da pista que podia ouvir o barulho de alguns caminhões.
Caminhoneiros são bem safados nessa cidade, já estou acostumada com as buzinas deles quando ando sozinha por aí. Hoje eu vou me aproveitar disso.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora