Chapter one

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Haruno Taiyō

- Alunos - nosso professor de química falou entrando na sala de aula junto com a diretora.

- Nós iremos a um acampamento no próximo mês - a diretora disse, logo alguns alunos começaram a sussurrar - silêncio! - seu tom de voz alto fez todos se calarem - os que se interessarem podem pegar o papel de autorização com a professora de artes.

- Onde é que vai ser esse acampamento ? - perguntei.

- O acampamento que iremos fica no monte Omoto na Ilha de Ishigaki - ela respondeu.

Olhei para a minha irmã mais velha, Haruno Lili, nós duas teríamos que ir a esse acampamento de qualquer jeito, o monte Omoto não é tão seguro quanto parece.

- Paga alguma coisa? - foi a vez da Cláudia.

- 443,02 ienes (por volta de 20 reais) - a mais velha respondeu - mais alguma dúvida?

A sala apenas ficou em silêncio, eu estava preocupada, esse acampamento pode colocar em risco a vida dos alunos, mas é claro que a diretora não faz a mínima ideia, já que para ela e os outros o risco não passa de um "mito".

- Eu vou falar com a minha mãe pra ela deixar eu ir - Jovana falou visivelmente animada.

- Sei não gente, acampamento parece meio assustador - Brenda falou receosa.

- Que nada - Micaelly debochou - vai ser divertido todo mundo junto sem pais por perto.

- Mas tem os professores não podemos esquecer deles - Cláudia lembrou.

- O professores será fácil de despistar - Lu dias sorrindo de lado.

- Vocês duas estão tão caladas Tay e Lili - Gaby comentou chamando nossa atenção.

- Estávamos distraídas - disfarcei.

- Vocês vão ao acampamento? - Cláudia perguntou.

- A gente vai se vocês forem - minha irmã respondeu.

- Silêncio turma vamos falar da aula - o professor de química chamou a atenção dos alunos os fazendo ficar em silêncio.

{...}

Algo ruim iria acontecer isso estava mais do que óbvio, o monte Omoto ja teve varios casos de desaparecimento nos últimos meses, causados por Onis, mas o motivo dos desaparecimentos, apenas caçadores de Onis sabem, algo estranho já que o único que conseguiu transformar humanos em demônios já está morto a mais de 200 anos.

- Eu não tenho um bom pressentimento sobre esse acampamento Onee-san - falei enquanto caminhávamos pelo jardim de nossa casa.

- Tenho que concordar com você Taiyo-chan, o monte Omoto não é muito seg-

Paramos de caminhar na hora em que sentimos uma presença diferente, pairando sobre a cidade.

- Tem dois onis na cidade, um na casa dos Yang e outro na casa dos Rosetti - meu papagaio falou enquanto voava sobre nossas cabeças.

Arregalamos os olhos surpresas com a informação, mas no mesmo instante cobrimos nossos rostos com nossas máscaras e enquanto eu ia na direção da casa da Luna, minha irmã ia pra casa da Jovana e da Claudia, não poderíamos perder tempo, ou então chegaríamos tarde demais, graças a minha alta velocidade não demorou muito para que eu chegasse a casa dos Yang. O cheiro de sangue predominava, o cheiro de medo e o do oni ainda estavam no lugar, a porta estava aberta, o muro alto impedia a visão de quem estivesse na rua.

O demônio estava em cima Lu, sem pensar duas vezes parti pra cima dele que me olhou no instante que sentiu o cheiro de meu sangue.

- Respiração da Luz: Primeira forma: Barras Luminosas - uma luz branca e quente envolveu minha Katana, aumentando sua força, logo a cabeça do demônio foi ao chão, logo começando a se tornar cinzas, o corpo dele quase caiu por cima da Luna mas eu o tirei rapidamente.M ajoelhei na frente dela segurando em suas mãos.

- Sei o quão difícil é o que está passando, ver sua família ser morta por um demônio é muito traumático - ela tinha sua atenção toda em meus olhos - mas lembre-se, somos obrigados a seguir em frente, por mais doloroso que seja, siga em frente pelos que partiram.

Sorri de forma doce, mesmo que ela não pudesse ver por conta de minha máscara, me levantei e sai.



Um mês depois…



Depois do ocorrido, minha irmã me contou, que ela também conseguiu salvar apenas as Rosetti, as meninas faltaram durante alguns dias, por conta do luto. Nós obviamente fomos visitá-las nesse meio tempo, todas as três estavam arrasadas, isso me trouxe lembranças do passado.

- Meninas - Brenda correu para abraçar a Luna, assim que viu a garota de mechas roxas passar pelo portão da escola, ela não havia comentado nada se iria realmente para o acampamento, diferente das Rosetti que haviam confirmado que iam.

- A escola não é a mesma coisa sem vocês - Mica falou enquanto se mantia abraçava as meninas.

- Concordo - Gaby concordou, isso fez as três sorrirem, ainda não eram os sorrisos de antes, mas já era alguma coisa.

- Meninas - Alessandra disse calma e meio incerta - sei que pode parecer indelicadeza da minha parte, mas… o que realmente aconteceu com a família da vocês? Olha se não quiserem responder, tudo bem a gente entende.

- Na verdade nem eu sei ao certo o que aconteceu, foi tudo tão estranho e surreal que, nem se me contassem eu acreditaria - o pesar e a tristeza eram nítidas em sua voz.

- Tão surreal e aconteceu em dois lugares ao mesmo tempo, parecia coisa de anime - Cláudia respondeu um pouco mais "solta" que a Luna.

- Vocês querem conversar sobre ? - Lili perguntou parecendo interessada na história, eu adoraria contar que fui eu que matei o demônio que destruiu sua família, entretanto, é melhor que ela não saiba disso, por enquanto.

Mesmo sabendo que eu não tinha culpa pela morte de sua família, era inevitável o sentimento de culpa, mesmo que fosse extremamente pequeno, já que de certa forma, isso já aconteceu antes, e nem sempre chegarei a tempo de evitar as mortes, mas, conseguir salvá-la é um alívio.

- Depois falamos sobre isso pode ser ? - Luna falou vendo a diretora reunir os alunos.

- Alunos vamos começar a chamada, se tiver alguém faltando esperaremos mais cinco minutos e em seguida partiremos - nossa professora de artes falou calma, logo começando a chamada.

Não haviam muitos alunos, o que era estranho, já que em passeios desse tipo, geralmente os ônibus enchem.

- Tem pouca gente não? - Gaby comentou.

- Verdade, já que em assim, passeios a maior parte da escola vai - concordei com a mais nova.

- É que nem todo mundo tem coragem de acampar - Luna falou imitando os populares do colégio, o humor dela estava voltando aos poucos, era um bom sinal. Mas ainda sim eu podia sentir um cheiro diferente vindo dela, na verdade não só dela como também vindo da Jovana e da Cláudia, o cheiro de querer fazer justiça, o ponto inicial para alguém decidir entrar para o esquadrão de exterminadores.

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