Nunca foi conhecida por ter o sono leve, contudo com os últimos acontecimento despertava ao menor ruído. Isso incluía a vibração do meu celular, quando isso ocorreu a primeira coisa que olhei foi a hora e eram cinco e quarenta da manhã e ou ler "Papai" saltei da cama.
- O que aconteceu? Ele está bem? - não dei tempo para do meu pai responder a primeira pergunta.
- Fique calma princesa, na medida do possível está tudo bem. A situação dele é estável, mais- a voz do dele estava mais baixa do que de costume, parecia esgotado.
- Pai... não faz isso. Você, quer me matar do coração- estava totalmente desperta. Dei um salto da cama e fui para a barra de Ballet.
- Sabia que você ia perder a hora- ele mudou de assunto- liguei antes que sua mãe te acorda-se. - ele respirou fundo no telefone.
Minha cabeça estava tão cheia tentando equilibra escola, ballet, loja, viajem, faculdade, Miami que existia o chato do Caleb.
- Mas pai... Ainda está cedo, tem certeza que é apenas isso?
Sempre fui a "gatinha do papai" e ele o meu melhor amigo, falávamos sobre tudo quanto eu era mais nova. Acho que isso vinha de ter herdado os seus traços latinos, gosto por livros, e de ser a única dos seus filhos a ser fluente em espanhol . Durante anos ele foi o meu melhor amigo, na verdade o meu único.
- Na verdade nós não sabemos quanto tempo seu irmão vai ficar aqui, ele está muito mal e não podemos transferi-lo para um hospital. O caso dele e mais grave do que pensávamos.
- Como a mamãe está? -mudei de assunto, estava com medo de fazer alguma pergunta da qual eu não queria a resposta.
- Sua mãe está bem na medida do possível, cansada pois não dorme desde ontem, mais ela e durona - ele parou por alguns instantes como se quisesse falar algo -Orem por nós... - sua voz falho e seu tom era apreensivo.
Os meus olhos meu eu pai habitualmente era um homem corajoso, quase o meu super-herói particular. Ao ouvir ele falar dessa forma me deixava com medo. O tipo de medo que o de imaginar o seu coração se estremece.
O ar foi sumindo, estava distante para realmente saber qual era o real quadro de Pequeno, pelo pouco que meus pais me passavam já era o suficiente para me deixar angustiadas e com duvidas sobre a sobrevivência dele.
- Pai, você volta amanhã....- perguntei- para o trabalhar?
- Infelizmente, sim gatinha- outro suspiro- expliquei a situação da nossa família, então tirei uma licença. Em caso de emergência, resolvo na filial de Sacramento.
Meu pai trabalhava em uma empresa de vendas há anos. Na verdade, ele deveria já ter se aposentado. Pelo que minha avó me contou ele trabalha na mesma empresa desde menino, frequentemente dizia que amava o que fazia, que só pararia quando fosse necessário.
-Isso quer dizer que vocês não sabem quando vão voltar?
- Não temos um prazo...- deu para ouvi- lo suspirar enquanto pensava- princesa, preciso que seja madura e cuide de tudo ai por nós- ouvi minha mãe chama-lo- falo com o seu irmão mais tarde para saber como ele está.- ele deu outra pausa – Ah! filha...seja legal com ele.
Essa era a frase preferida do meu pai "seja legal ", eu era legal sempre ele que não sabia ser menos irritante e inconveniente.
A coisa mais desagradável do mundo era cuidar do Caleb. Um sem noção de quatorze anos que era grande o suficiente para me desobedecer, mas pequeno demais para andar sozinho. Na minha opinião, ele deveria se virar sozinho. Para os meus pais tínhamos que andar juntos assim cuidaríamos um do outro. Acho que e houvesse um assalto eu o ofereceria de bom agrado.
- Meu Deus Caleb! vai acabar me atrasando- gritei do carro enquanto apertava a buzina freneticamente.
- Deixa de ser louca Elle, só tinha esquecido uma coisa- ele jogou um calendário com pedaços post-it grudados por toda parte- não era para tanto.
- E o que seria isso, ehem?- tirei o calendário do meu colo, pegando pela ponta.
- Isso minha querida irmã é um calendário com todos os meus horários e programações da semana.- ele falou colocando o cinto.
Juro que tentei segurar, por Deus como eu tentei não ri, mas não consegui, não dava para crê que ele acreditava que eu iria cumprir todos os seus horário igual a um génio da lâmpada?
- Ah, você não está falando sério, não mesmo- continuei a rir- impossível você ou qualquer pessoa fazer isso tudo em um dia. Nem sendo você o Flash!
Ele deu de ombro, vendo que a sua tentativa de torna a sua motorista particular descendo pelo ralo.
- Seja realistas, eu tenho uma vida-joguei o calendário de volta para ele- e você as suas coisas, seja lá o que isso signifique pra você.
- Helena... - ele implorou.
Eu suspirei alto e revirei os olhos. Não ia deixar aqueles olho doces me convencer.
- Eu prometo diminuir um pouco das minhas tarefas se você fizer o mesmo- não tinha o que eu podasse fazer, eu tinha que negociar, só lembrava da frase"seja legal". Não queria dificultar ainda mais a vida do meu pai, ele já estava sobrecarregado com a minha mãe e o pequeno.
- Claro!- ele foi rápido na resposta, parecia que já estava armando isso-mais...- ele hesitou- eu preciso ir para a aula de piano e fazer os três últimos itens da lista.- apontando para o uma parte do calendário que estava em vermelho.
Se eu consegui ler bem as letras miúdas estava escrito "se nada der certo implorar para o cisne negro esses três compromissos"
- O que?!Só pode ser brincadeira. Isso é do outro lado da cidade. - disse passando a mão no rosto, aquele menino podia ser bem irritante.
Caleb era muito parecido com a minha mãe. Baixo, loiro, branco, cabelos levemente encaracolados, tinha uma aparência alinhada formal de mais para a idade, na verdade Pequeno se pareciam fisicamente e só mudava o estilo de se vestir. Eles nunca precisaram de muito esforço para que as pessoas fizessem o que eles queriam, pois, sempre convenciam com os seus olhos azuis angelicais.
- Por favor Elle, realmente preciso ir- ele implorou.
- Tudo bem eu poso te buscar, mas, vai precisa pedir carona para ir. Vou tentar antes do final.
- Assim que se fala, irmãzinha.- Caleb me abraço.
- Já chega... coloca logo esse cinto, se não vai me atrasar- disse o empurrando de volta para o seu lugar.
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CORAÇÃO OBSTINADO
Romance" Não importa o que e o objeto de obstinação de alguém, o problema está no coração "- Ideraldo Assis