Na manhã seguinte à festa, Benjamin, abalado, acordou com o seu humor lá em baixo. Estava triste, se sentia humilhado e culpado. Mas ele sabia que aquela culpa era algo que ele não devia carregar, mas não conseguia se livrar dela.
Ouviu alguém bater na porta do seu quarto, a porta rangeu e a mãe de Benjamin, Úrsula Nathaniel, entrou no recinto vestindo um exuberante e elegante vestido vermelho que ia até os seus joelhos, que contrastava com os seus brincos amarelos e o seu fino salto-alto. A mãe percebera que o filho não comparecera à mesa do café da manhã e iria se atrasar para a escola.
- Vim aqui te ver filho, - ela, com uma postura que emanava classe, disse - você não desceu hoje à mesa.
- Eu não vou para a escola hoje - Benjamin retrucou, secamente.
A mãe girou o pescoço observando as roupas da festa largadas na cadeira do computador dele e mirou o olhar em um retrato de Adam e Benjamim abraçados, em cima da mesa.
- Me conta, o que houve? - ela perguntou.
Benjamin conhecia a sua mãe. Ela não estava nem um pouco interessada em saber o que estava fazendo ele ficar triste. Ela apenas se forçava a fazer o que toda mãe faz.
- Foi algo entre você e o Adam? - ela insistiu.
Benjamin permaneceu em silêncio, mas hesitou por um momento, poderia dar uma chance à mãe e esperar um pouco de compaixão dela.
- Foi. - Ele respondeu com um tom tristonho.
A mãe olhou para o filho por um certo tempo, pensando na melhor resposta para acalentá-lo.
- Tenta conversar com ele. Vocês já passaram por tantas coisas juntos.
- Eu já tentei. Ele não quer falar comigo. E ontem... - Ben pausou por um instante e resolveu não contar para a mãe sobre a festa - ...eu tentei de novo e ele não falou comigo.
- Ah, sim, que pena.
O quarto ficou mais um bom tempo em silêncio, a mãe não dizia nada, não parecia interessada nos sentimentos do filho, parecia que estava ali por obrigação.
- Bom, - ela quebrou o silêncio - é melhor você descer e comer alguma coisa antes de ir para a escola.
- Mas eu não quero ir para a escola! - Ben insistiu.
- Você vai sim para a escola! - ela ordenou, calmamente.
Benjamin sabia que era inútil lutar contra a ordem da mãe, então se levantou enquanto ela deixava o seu quarto e batia a porta atrás dela. Depois de arrumado, Ben desceu as escadas do quarto e paralisou quando ouviu a sua mãe tentando falar algo baixo com o seu pai, Darton Shon.
- Eu não vou deixar que ele perca nenhuma aula! - ela dizia - Ele não pode vacilar em perder aquele mérito no fim do ano.
A mãe fez uma pequena pausa.
- Ora, não me olhe assim Darton. Você mesmo sabe que isso é muito importante. Eu e você temos muita influência e provavelmente vamos estrear a revista Forbes de fim de ano, eles querem escrever uma coluna sobre o Benjamin, ele ainda não sabe disso. Se ele ganhasse esse troféu, ele iria ser muito bem visto pelas instituições do mundo, nenhuma iria recusá-lo. Mas se ele não ganhasse... - ela usou um tom de desgosto - além de gay, um filho burro, faça-me um favor.
- Não se prenda muito a esse troféu, Úrsula! - Darton a alertou.
Benjamin apareceu na cozinha disfarçando, cessando a conversa dos dois que nem desconfiavam que Ben ouvira toda a conversa, pegou uma maçã e avisou ao pai que já estava pronto para a escola.
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Benjamin e Germano
Любовные романыO amor é apenas um sentimento que une duas pessoas emocional e carnalmente? Ou o amor vai muito além do que a mera inocência (e arrogância) humana consegue compreender? Benjamin é um rapaz que sempre teve tudo nas mãos, seu pai é fundador da rede de...