Os dias se passavam rápido, escorregavam entre os meus dedos. Em pouco tempo tinha acontecido tanta coisa que parecia que tinha vivido o ano todo em poucos messes. O acidente com o meu irmão toda a historia que veio junto disse o namoro com Rain que eu tinha contado para os meus pais mais sempre arrumava um jeite de desmarcar os encontro deles quando isso parecia real.
E agora a apresentação da Academia estava perto e eu ainda não tinha certeza se queria ser ou não Giselle, isso me parecia errado.O papel era meu antes de tudo isso e porque eu não podia voltar para ele agora? Eu queria ir para Miami mais não queria passar por cima de ninguém para isso. Ou queria?
Todas essas historias estavam me engolido, estavam fugindo do meu controle e agora eu vivia chorando como uma criança boba sem motivo algum. Estava ficando cansativo ter o controle de tudo. E isso estava refletindo na minha alimentação e no meu humor que estavam indo de mal a pior.
-Lena você precisa comer.-Rain empurrou o prato de omelete e o suco na minha direção.
- Mais eu não estou com fome- empurrei de volta para ele.
- ok. Pode falar a verdade agora mesmos. O que esta acontecendo Helena, você esta assim desde o dia da apresentação.
- Tudo bem, - Explique a ele tudo o que tinha acontecido no dia da apresentação com a Sra Margo e como me parecia estranha postura dos avaliadores da compania de Miami. E ele começou a ri.
- E isso que tem te deixado desse jeito?
- Não estou vendo a graça da situação. Eu realmente não quero entrar desse jeito.
- Lena isso e simples o lugar de Giselle era seu você só se ausentou 'temporariamente'. E se a sua professora te acha mais capaz do que a Ana a culpa não e sua.
-A questão não e só essa.- falei . Ele não entedia o que aquilo significava.
- Ok. Os avaliadores, eles foram e viram o que todos nos já sabíamos. Que você e incrível. Se ele acham que você não precisa passar pelo processo seletivo sorte sua, melhor ainda.-conclui ele tão rápido que nem dava tempo de argumentar. Mais eu precisava falar
- Essa não e a forma certa de fazer as coisas. Não e justo para Ana e nem para qualquer outra menina que fizer os testes. Como posso estar la sabendo que de repente esse lugar não era meu e burlei as regras.
- Você precisa entender que o mundo não se dividi em do jeito certo e do jeito errado de fazer as coisa. E tenho certeza de que a Ana não teria a mesma consideração por você. A vida e assim.
- Mais eu não vivo segundo essas "regras" Rain. E se não tem nada de mais porque deixar tudo por debaixo dos panos.
Aquela conversar não ia nos levar a lugar nenhum e ele simplesmente não entendia como eu via aquela situação, com fazer as coisas passando por cima dos outro me incomodava. Para ele isso era normal ele não via nada de errado com aquilo.
- Vamos falar de outra coisa.- tentei desviar o assunto para não ter que me preocupar com aquela situação pelo menos por enquanto.
- Na verdade eu te liguei exatamente para fala sobre nos.- Agora sim eu estava com problemas. Estava tão preocupada com a dança que esqueci de dar um jeite nessa historia.
- Prefiro falar de nos.- mentira eu não queria realmente de nenhuma forma falar de nos.
Na verdade depois de que contei para os meus pais do Rain nos ficamos distante. Depois que contei perdido a graça, era bem mais interessante quando eles não sabiam. A adrenalina de ser pega era muito mais divertida do que agora. A maior parte do tempo ficávamos brigando por ter opiniões opostas sobre quase tudo.
Além da cobrança dos meus pais e dele se eu fosse a qualquer lugar agora eu tinha que levar o Calebe por precaução o que não deixava muito espaço para fazer nada de legal.
Essa historia de namorar em casa estava me dando dor de cabeça antes de começar realmente. E se eu fosse para Miami as coisas só iriam piorar, eu precisava dar um jeito naquilo o mais rápido, para meus pais esquecerem a ideia de namorar em casa.
-Nos precisamo conversar sobre os seus pais. Eu sei que tenho que falar com eles ... Mais...
- Mas o que?- eu estava torcendo para ele dizer que não iria fazer isso.
-E estranho para mim ter o seu irmão indo junto para todos os lugares que nos vamos.- e ele deu varias outras desculpas esfarrapadas.
- Falamos sobre isso antes,sabia que seria assim.- eu estava capaz de dizer qualquer coisa para ele desistir desse ideia.
- Mais eu não acho que isso não vai dar certo.-ele disse segurando minha mão.
- Pera ai...esta terminando comigo. E Isso?- Eu sabia que as coisas não estavam como antes mais terminar nem tinha passado pela minha cabeça.
- Acabou.
Ele não disse mais nada ficou parado igual a um idiota segurando a minha mão. E eu esperando uma resposta decente. A expressão dele ficou sombria e tirou suas mãos lentamente das minhas, levantou e foi embora.
Assim sem dizer nada sem dar explicações, só foi. E eu fiquei sentada tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Não tive forcas nem para levantar da cadeira fiquei em choque por algum tempo.
-Me busca no Johnny, por favor.- larguei o celular de novo sobre a mesa.
Depois de vinte minutos ela apareceu. Não sabia o que fazer nem o que pensar muito menos como agir numa coisas como essa era novo pra mim, eu já tinha dado uns beijinhos mais nada tão serio. Nunca poderia chamar outra pessoa.
Quem iria me entender? Mesmo que eu mentisse as vezes e ela nem imaginasse, ainda sim me conhecia melhor que todos ate que o meu pai.
- O que esta acontecendo?- me apertou contra o seu peito. Eu não tinha forças para falar, comecei a sentir falta de ar.- Tudo bem, calma... Só respira.... Isso.
- Ele terminou comigo... sem explicação... porque?.... não dá para entender.- uma nó se formou na minha garganta e fiquei sem ar novamente. Ela me abracou mais forte.
- Isso vai passar acredite em mim.-deu para ouvir a certeza em sua voz quando disse isso. E aquilo me trouxe alivio.
- O que eu faço agora? Choro, gritou, fico com raiva...- estava muito confusa.
- Bota fogo no carro dele?...- ela me interrompeu e nos rimos.
-Estou falando serio como reagir, isso e muito novo pra mim.- falei deitando no colo dela.
- Quer ir pra casa?- ela abriu um sorriso doce e piedoso.
Quando entramos em casa subi a escada correndo mais ai eu voltei e a abracei e comecei a chorar.
- Obrigada mãe.-sussurei em seu ouvido.
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CORAÇÃO OBSTINADO
Romance" Não importa o que e o objeto de obstinação de alguém, o problema está no coração "- Ideraldo Assis