Morando Em Uma Fraternidade- Binuel

I want to help you

HELLO HELLO!
TURO BOM COM VOCÊS?
AMADOS SÓ QUERO DECLARAR QUE UMA PARTE DE MIM, NÃO AGUENTOU. SORRY!

VOTEM E COMENTEM TÁ, QUERO SURTAR COM OS COMENTÁRIOS DE VOCÊS HEHE.

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Por Beatriz:

Apesar da pouca iluminação pela rua e o vento gélido vindo contra meu rosto, tentei considerar a minha caminhada até em casa como uma fase de auto avaliação e reflexão, já que tudo o que havia acontecido há minutos atrás passava lentamente por minha mente. Acho que deixei as emoções fluírem de um modo equivocado, eu não deveria ter cantado, deveria ter saído daquele banheiro e ido pra casa, apenas isso. Agora sei que essas lágrimas que molham o meu rosto são "belas" consequências das minhas atitudes impensadas, acho que a lista desses tipos de atitudes está tecnicamente lotada.

Meus passos eram mais lentos do que de uma tartaruga, ainda estou devastada sentindo um aperto no coração. Por que dói tanto? Era pra mim ter recusado o acordo da Chiara e ter ficado em casa, longe de Manuel e consequentemente do que estava por vir. Mas como eu iria adivinhar que ele cantaria duas músicas em especial pra mim e ainda mais faria uma declaração tão linda? O pior foi os avisos da minha mente, os avisos que tentei ignorar durante a madrugada de hoje. Só queria não me sentir tão culpada e me livrar dessa carga toda que está dentro de mim, será que não tem um outro modo de contar a verdade?

Balancei a cabeça levemente tentando esquecer tudo para tentar me concentrar no caminho até em casa, apressei o passo sentindo a necessidade de ir rápido para que ninguém em especial viesse atrás de mim. Assim que cheguei na esquina da rua em que descia, quase acabei esbarrando em dois jovens por minha falta de atenção, sem pedir desculpas segui meu caminho em retidão, olhando sempre para os lados, atenta a qualquer movimento suspeito.

A vibração alta do meu aparelho celular no bolso da minha jaqueta jeans me fez cravar os pés no chão para puxar cuidadosamente e de um jeito apressado o celular de meu bolso, porém assim que eu vi o nome de Chiara, anunciando que ela estava me ligando, voltei a guardar o aparelho no lugar que estava, soltando um leve suspiro em decepção. Eu até entendo que ela esteja preocupada, ainda mais que eu acabei saindo da lanchonete em meio ao meu surto sem nem dá explicações, porém nesse momento o que mais preciso é ficar sozinha, apenas isso.

A cada passo que eu dava a distância ia se incurtando e eu não podia agradecer mais do que já havia agradecido minha mente por lembrar de uma canção que eu amava do One Direction, já que não contive algumas risadas involuntárias ao lembrar de Helena e eu cantando loucamente todas as músicas deles aos domingos de tardezinha que passávamos juntas, ou até mesmo quando discutiamos quem era o mais bonito dos integrantes e na minha humilde opinião continua sendo o Harry Styles.

Em meio a minhas recordações quase não percebi que já estava na rua de casa, há quase três casas de adentrar o gramado da fraternidade que me acolheu obrigatóriamente. Encarei a casa voltando no tempo, mais especificamente no primeiro dia em que cheguei com minhas cinco malas pesadas na frente dessa casa achando que eles estavam fazendo uma festa surpresa pra mim, quem diria que o tempo passaria tão rápido? Caminhando pela estradinha de pedras que levava até a escada da varanda voltei a sentir o celular em bolso vibrar. Ok acho que já posso dar uma explicação agora. Peguei novamente o celular e com o aparelho em mãos deslizei o dedo no ícone verde, aceitando a chamada da loira desesperada.

- Eu vou te matar, Beatriz!- apenas revirei os olhos lentamente imaginando a careta carrancuda dela.- Faz meia hora que você saiu daqui sem rumo e não atendeu nenhuma das minhas ligações, posso saber onde você está?- seu tom preocupado foi inquietante pra mim, tudo que eu menos queria era deixa-las preocupadas comigo.