Estou caído por ti - One-Shot Markhyuck

Para Lee Donghyuck; O que devo fazer?

    Hoje para muitos, é uma simples sexta feira, mas não para Mark Lee.

    Hoje é o grande dia! Mas não no sentido ruim e exaustivo da palavra, pois não é o dia de lavar roupa acumulada, nem o de estudar até seus olhos quererem pular das órbitas, não não, hoje é o dia que Mark finalmente deixará sua timidez de lado para entregar algo especial para Donghyuck. Sua cartinha.

    São 11:40AM e o garoto já se encontra acordado, matutando pela milésima vez se entregar esta cartinha que devorou horas de seu sono a noite, vale a pena.

    Mark nunca gostou de alguém como gosta de Donghyuck, e, por mais que o mesmo se mostre tão animadinho em sua presença, ainda lhe restam dúvidas, que se misturadas com todas as suas inseguranças de dar tudo errado, facilmente virariam uma bola de neve que pode lhe engolir por inteiro.

    Seu coraçãozinho não aguentaria tamanha rejeição.

    — Mark

    Só de imaginar a mera possibilidade de não ser correspondido...

    — Mark! — Yuta quase gritou, mas sabendo que haviam uma centena de dormitórios ao redor do seu, não o fez — você vai ficar aí olhando o teto a manhã inteira?

    — Huh? — Mark voltou sua atenção ao ruivo — n-não vou não, desculpe — sentou-se comodamente e espreguiçou-se — bom dia.

    — Bom dia leãozinho — Yuta sorriu ironicamente e o outro devolveu o gesto — achei que você estava naqueles seus devaneios sobre o Hyuck — levantou-se da cama espreguiçando-se — não estava, não é? — seguiu em direção a cozinha (que não era muito distante das camas, pelo tamanho do quarto) para preparar algo.

    — Então... - Mark sorriu sem graça pelas narinas.

    — O que foi dessa vez? — Yuta perguntou, enquanto pegava uma frigideira e logo após fuçava a geladeira a procura de algo decente para um almoço.

    — Hum... — cruzou suas pernas - o de sempre... — respirou fundo.

    Então Yuta, com uma toalha ao ombro e faca na mão, deixou os materiais para o café em cima da bancada e voltou a sua cama.

    — Olha aqui bonitinho — já sentado, apontou a faca para Mark — eu te amo muito, e você sabe disso, então sou obrigado a lembrar umas coisas básicas pra ti — girou o objeto em sua mão —  você é simplesmente único nesse mundo, ponto, não existe alguém que eu conheça que tenha um coração tão puro. E bom, mais do que ninguém eu sei que é sua primeira paixão e que você muitas vezes não sabe como lidar com isso tudo. Mas ser aceito por um novo alguém não é algo que deva fazer você se desesperar tanto. Somos jovens, temos emoções descontroladas que nos fazem querer explodir e tudo mais, mas também não devemos nos cobrar tanto, mocinho. Então não mude, tudo em você está perfeito, e sorte a dele de ter seu coração na mão. Espero que ele dê o devido valor, ou vai se ver comigo. Recado dado? — tombou a cabeça sorrindo e levantando.

    — Eu te amo — Mark levantou com os olhos marejados e abraçou seu amigo.

    — Eu também te amo — deixou um beijo na testa do outro — agora podemos ir comer? — limpou as lágrimas que poderiam vir a querer descer.

    — Podemos — sorriu — o que vamos fazer hoje?

    — Eu vou cozinhar sozinho hoje — voltou-se novamente para a cozinha — vá tomar seu banho.

    — Mas e as nossas mochilas?

    — Estão arrumadas desde ontem a noite — piscou.

    — Você é o melhor — riu fraco.