Em razão do lançamento do volume 2 da duologia Promessas de Amor nesta sexta feira, postarei um capítulo hoje, amanhã e sexta.
Aldeia de Batalyaws — Às margens do Rio Guadiana- Verão, Julho de 833 d.C.
Brunilde arfou sugando o máximo de ar para os pulmões. Seus músculos pareciam gritar de dor tamanha era a exaustão.
Estava lutando há mais de cinco horas.
O dia começara bem, haviam avançado rio acima para saquear mais uma vila.
Após partirem da Franquia a esquadra liderada por Jarl Kristoff avançara sempre perto da costa em direção oeste, até que começaram a virar na direção sul.
Durante o percurso saquearam várias aldeias na costa, mas todas eram pobres e não tinham quase nada de valor. Evitavam as grandes cidades, mas tia Varda fazia anotações em um pedaço de couro curtido claro usando pedaços de carvão, mapeando a costa para uma futura expedição de saque.
Após muitos dias, enfrentando mares agitados e tempestades passaram por um estreito com enormes rochas em ambos os lados. O escravo hispânico que os acompanhara dissera se tratar das colunas de Hércules, o nome de um deus de uma terra longínqua chamada Grécia, e que agora estavam no Mar Mediterrâneo.
Resolveram, então, voltar e durante uma tempestade localizaram a foz de um rio que Kristoff decidiu subir, em busca de aldeias e cidades mais ricas, longe da costa, que pudessem saquear e se reabastecerem para a viagem de volta.
Segundo o homem, que nas semanas que durara a viagem aprendera a falar precariamente a língua nórdica, aquela região era conhecida como Al-Andalus.
Um nome estranho para uma terra estranha, pensara Brunilde. Quase não se encontrava bebidas alcoólicas, os homens e mulheres usavam túnicas e turbantes na cabeça.
Os poucos guerreiros que encontraram eram corajosos, mas não foram páreos para os guerreiros vikings, muitos morriam com uma expressão de espanto ao perceberem que lutavam com escudeiras. Agora Brunilde era uma skjaldmö renomada, provara sua habilidade de combate várias vezes.
Mas as coisas, que até então sempre haviam dado certo, como se Thor os acompanhasse, de repente deram terrivelmente errado.
Brunilde e um homem do Jarl Kristoff lideravam cerca de cinquenta guerreiros e escudeiras em uma excursão de saque fora dos limites da cidade.
O local em que aportaram era grande, mas sem soldados suficientes para defendê-lo, ao menos era o que Varda e Kristoff pensavam, pois assim que saíram da cidade, em perseguição às carroças carregadas de objetos que os moradores tentavam salvar, foram cercados por uma tropa de cavalaria.
Haviam se reunido em uma barreira de escudos de dois lados, uma vez que a cavalaria circulava em volta deles lançando dardos contra o qual se protegiam com os escudos, impedindo-os de voltarem para a cidade e embarcarem nos navios ancorados no porto.
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A GUERREIRA INDOMÁVEL
Любовные романы"O que acontece quando uma jovem guerreira se vê entre o amor e sua convicção?" Século IX d.C., a península ibérica dominada pelos árabes se vê envolta em fortes tensões sociais. Uma embaixada enviada pelo último rei cristão à Mérida tem o objetivo...