Os Amantes Desafortunados do D12

O Retorno

Passaram - se 2 semanas desde o retorno de Peeta para o distrito 12, não consigo deixar de me surpreender com o fato de que a simples presença dele me fez voltar a vida. Somente Peeta poderia ter pensado em plantar Primrose ao redor de casa em homenagem a Prim, somente ele entende a dificuldade que eu tenho para lidar com isso tudo sem me pressionar a nada. Eu tenho dias bons e ruins, em todos eles ele simplesmente entra na minha casa de manhã com pães fresquinhos que acabou de fazer, nos dias bons sentamos e conversamos, nos ruins ele só fica por lá me lembrando, sem precisar falar, da promessa que me fez de ficar comigo pra sempre.
Naquele dia em particular está chovendo e eu não fui para a floresta, fiquei em casa com Peeta, ele está trabalhando em uma pintura no nosso livro de memórias e eu fico apenas o observando pintar, observo suas mãos suaves contra o papel, seus dedos longos e firmes, depois observo seus ombros tensionarem todas as vezes em que ele tenta pensar em uma combinação de tons para acertar o que está em sua mente, observo também seu rosto, belo mas com as mesmas cicatrizes do fogo que estão em mim, observo seus cachos louros e seus olhos azuis cheios de bondade e somente agora percebo que ele esta me observando com uma sobrancelha erguida em uma expressão questionadora...
- O que? Tem alguma coisa na minha cara? - pergunta ele divertido. Me sinto enrubecer no mesmo instante e não consigo entender exatamente porque. Eu desconverso mas ele não se engana. No fundo sabe que eu ainda não estou pronta para falar e simplesmente da de ombros e volta a pintar, é nesse momento que eu percebo que Finnick tinha razão, eu amo Peeta, ainda não tenho certeza da maneira que o amo, mas meu amor é inegável.
Adormeço no sofá e acordo quando Peeta está me colocando na cama.
- Katniss você dormiu e eu te trouxe pra cama. Já vou pra casa ok? Até amanhã. - ele me dá um beijo na testa e se vira para ir embora de repente fico me sentindo extremamente sozinha ao ver ele saindo e antes que consiga perceber já estou chamando por ele.
- Peeta! - ele se vira e espera, então eu continuo -  Fica comigo?
- Sempre. - diz ele, sorrindo com a lembrança e eu também não consigo conter um sorriso.
Ele tira os sapatos, se deita ao meu lado embaixo dos cobertores e me abraça. Eu inspiro seu cheiro de ar fresco e baunilha tão característico, me sinto tão acolhida e protegida em seus braços que simplesmente relaxo como não fazia a meses, pela primeira vez eu não me sinto só pois tenho os braços seguros de Peeta ao meu redor, por mais que ele ainda exite em me tocar com medo de perder o controle, eu sei que estou segura nos braços dele.