Eram mais de três da manhã e o sono não veio de novo pela terceira noite consecutiva, já estava ficando cansativo para ela essa situação, ela já conseguia sentir a dor atrás da cabeça lhe incomodando fisicamente, os olhos ardendo de sono e por trás das sobrancelhas um peso irritante por ficar tanto tempo de olhos abertos. Odiava aquilo.
Sem opções melhores que aquela, Luciana segurou no elástico do short que usava e arrastou até tirá-lo de si o deixando enganchado no pé esquerdo, estava sem calcinha e isso facilitava, dobrou uma perna e se cobriu direito, sem nenhum tipo de timidez passou as pontas dos dedos da mão esquerda nas beiradas dos seus lábios da sua boceta, e enquanto sentia o começo da torpeza ir ganhando forma, começou a imaginar o preto gostoso da aula do curso de Educação Física suado sobre ela, ou atrás, ou embaixo, ou lhe beijando embaixo... tinha muita coisa para imaginar.
Os dedos tomaram atitudes diferentes ao ponto que imaginava coisas obscenas, circulavam o ponto gostoso de forma frenética sem querer parar, e quando sentiu o suor escorrer do joelho dobrado pela panturrilha, abriu a boca sem conseguir controlar, e Luciana soube que estava perto da real diversão. Continuou com aquilo mais um minuto e então tremeu sem conseguir conter o movimento do quadril. Tentou expulsar o ar do corpo sem causar som, mas saiu um suspiro alto demais para quem dormia feito pedra. Parou tirando os dedos de cima do clitóris e mexendo o quadril mais algumas vezes por querer, conseguia sentir a pulsação vindo do ponto doce e mexer com suas pernas, e enquanto puxava o short e decidia que era suficiente para dormir, entrou numa batalha higiênica se levantava para mijar ou não. Acabou por fazer aquilo sim.
Andou até o banheiro arrumando os cabelos bagunçados pela tensão na cama, sentou no vaso e se aliviou, já que estava ali, lavou-se da cintura para baixo, o que menos queria era deixar sua boceta fedida por não tomar banho depois de um orgasmo. Voltou para o quarto e forrou a cama de novo, deixou o ventilador esfriar ela mais um pouco antes de se deitar novamente e, com a mente vazia, conseguiu dormir enfim.
Na terça ela iria numa neurologista.
nota:
nada novo sob o sol.
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Apneia do sono
Short StorySem sono, pensando em besteira, Luciana precisava fugir para seu truque noturno em busca de cansaço, o suficiente para dormir o resto de noite.