Mais um dia que Lan Xichen está em seu quarto olhando para o céu, há uma tempestade se formando e logo as gotas de água estarão caindo lá fora. O Lan não se importa muito com a chuva, ele sempre faz a mesma rotina de ao anoitecer se sentar em frente a janela de seu quarto e encara lá fora para nenhum ponto em específico tentando fazer a dor em seu coração amenizar de alguma forma, mesmo não dando certo ele sempre tenta, Mingjue era o único que paralisava toda sua dor, agora ao anoitecer, tudo sangra e Lan Xichen não pode fazer nada pra impedir de sentir esse desconforto. Já fazem meses que tudo ocorreu, e deis de então Lan Xichen entrou em reclusão se recusando a sair de seu quarto. Seu irmão sempre levava comida para ele e quando não tinha tempo por causa da faculdade, pedia ao irmão de Wei Ying para conferir como Xichen estava acabando por o fazer companhia. Seu tio, Lan Qiren nunca ia ao seu quarto vê como estava, talvez pensasse que o herdeiro de Gusu é covarde como o pai por não lidar com as coisas diretamente e acabar se isolando e só convivendo com sua dor. “Talvez eu seja fraco mesmo”. Ele pensa sobre isso constantemente se sentindo mal por tanto tempo ter julgado seu pai mas seguir o mesmo caminho que ele. Ele da uma risadinha sem humor. “Eu sou realmente patético”. Seus pensamentos são interrompidos com o barulho de sua porta se abrindo, ele olha em direção a ela e seus olhos se arregalam ao vê a figura de seu tio entrando sem permissão em seu quarto com uma expressão de raiva, fazendo tremer levemente.
— Tio, fico feliz que tenha vindo me visitar- Ele sorri minimamente tentando não parecer tão acabado.
Seu tio não o responde, só se aproxima perigosamente dele, fazendo Lan Xichen automaticamente recuar minimamente, seu tio se aproxima até está a sua frente, e levanta a mão até o cabelo de Xichen, ele faz um leve carinho antes de brutamente puxa seu cabelo, Lan Xichen arregala os olhos e a surpresa o fazer dá um leve gruinho. Seu tio começa a andar puxando seu cabelo, Xichen fica desesperado tentando se solta das mãos do seu tio falhando miseravelmente, Lan Qiren o puxa para fora do quarto até chegar a sala o empurrando-o para o sofá. Lan Xichen treme por medo e raiva por ter sido obrigado a sair de seu quarto que a meses não saia.
— Eu estou cansado. Lan Xichen, você não pode ficar naquele quarto para sempre garoto!- Seu tio grita extremamente nervoso.
— Tio, você não pode me impedir de ficar no meu quarto, eu não devo sair de lá. Essa foi minha escolha e você não pode interferir nisso. – Xichen se altera um pouco, nunca ousou falar com seu tio desse jeito, mas seus sentimentos estão confusos de mais para se impedir de soltar as palavras.
— Você não pode ficar daquele jeito pra sempre, você tem que superar que eles morreram. Você está agindo como seu pai, quer acabar como ele? Sem honra? Você está se tornando um fardo para Lan Wangji. Você está só atrapalhando os estudos de seu irmão, ele não consegue comer nem dormir direito preocupado com você, por sua culpa as notas dele estão caindo. Eu estou extremamente decepcionado com você- Lan Qiren bate a mão fortemente na estante que está ao seu lado fazendo Lan Xichen tremer. Os olhos de Xichen estão lacrimejando, ele se sente culpado porque não sabia que seu irmão está sendo prejudicado pela sua dor, que ele deis do momento que decidiu entra em reclusão acabou sendo egoísta, nunca pensou que isso afetaria tanto Lan Wangji que todo dia ia o visitar como se estivesse tudo bem. Seu coração dói, pensou que conseguia decifrar completamente seu irmão mas não percebeu que ele também está sofrendo preocupado com si. Ainda seu tio citar seus melhores amigos fazendo o estômago de Lan Xichen embrulhar, ele perdeu as pessoas mais importantes da sua vida e seu tio está falando como se fosse pouco caso a morte de seus melhores amigos. Ouvir seu tio dizer que está decepcionado com si que sempre fez de tudo para dar orgulho ao tio que o criou como se fosse seu pai, faz seu coração acelerar. Não conseguindo encarar o tio, ele se levanta do sofá e calça rapidamente seu tênis e sai de casa correndo escutando seu tio o chamar mas ignorando, ele não podia ficar naquele lugar agora. Ele não sabia que estava sendo um fardo para seu irmão e todos a sua volta estavam sendo afetados por ele ser um covarde. Lan Xichen esta se sentindo atordoado. Ele começa andar sem rumo pelas ruas, permitindo que as lágrimas em seu rosto descesse. Seu tio falar sobre eles fez a lembrança dos dois aparecer na sua mente fazendo seu coração doer mais ainda.
Deis de pequeno conhecia Nie Mingjue, éramos da mesma escola e a empresa de nossos pais eram parceiras facilitando a convivência entre o Lan e o Nie. Em um dia quando tinha meus 12 anos, eu e ele estávamos andando no colégio quando vimos um monte de crianças juntas amontoadas em um canto, fomos até lá para vê se era alguma briga. Quando chegamos até lá, vimos três meninos cercando um garoto menor que eles, o garoto estava com os olhos lacrimejando encolhido na parede. Um deles se aproxima mais do garoto.
— você é um bastardo mesmo, ninguém suporta você Meng Yao. Todo mundo fala que os Jin só te adotaram porque sua mãe provou que você é um dos herdeiros da LanllingJin. Me diga, quanto sua mãe pagou pra falsificar o teste de DNA? Aquela vadia é realmente esperta — O menino coloca uma mão na cintura e outra na testa fazendo uma pose dramática zombando do menino, fazendo quem está em volta ri. Mingjue fecha os punhos e entra no meio da multidão até alcançar o garoto que falou isso o agarrando pelo colarinho. Eu sorrio tentando me aproximar do menino que estava quase chorando.
— Quem você pensa que é pra falar assim com alguém em? Você está incomodando um menino menor do que você. Por que não tenta me perturbar em vez dele? Ele está na dele, sem fazer mal a ninguém e você ainda ofende a mãe dele. — O menino tenta falar algo, mas antes que ele fale Mingjue-gege continua — Escuta aqui, se você ousar o importunar de novo, eu vou quebrar todos os seus dentes e ainda vou fazer você ser expulso da escola- Nie Mingjue é capaz de fazer isso, pela influencia de seus pais. O menino assente assustado e Mingjue o larga de forma bruta fazendo o menino cair no chão. Ele nem precisou pedir para a multidão ir embora porque só ele larga o garoto que todo mundo saiu correndo restando só nos três. Eu me aproximo do garoto indefeso e o ajudo a levantar.
— Você está bem? Precisa ir na enfermaria?— Pergunto com um sorriso estampado no rosto.
— Eu estou bem, muito obrigado por me ajudar. Eu fico realmente grato por isso. — o garoto sorri timidamente olhando para mim e para Nie Mingjue.
— Meu nome é Lan Xichen e esse é meu amigo Nie Mingjue. Ele odeia injustiça e está sempre bancando o herói então é melhor se acostumar — Mingjue finge está bravo pelas minhas palavras mas logo em seguida da uma risada acompanhada por mim e pelo nosso novo amigo.
— Eu sou Jin Guangyao, mais uma vez muito obrigado por me ajudarem — Ele da um leve sorriso fazendo suas bochechas ficarem ainda mais coradas o deixando fofo.
Depois desse dia, eu, Mingjue e Jin Guangyao estávamos sempre juntos. Quando estava no segundo ano do ensino médio, Nie Mingjue confessou seus sentimentos por mim, me fazendo a pessoa mais feliz do mundo. Começamos a namorar e todo mundo da escola comentava sobre nos dois. Mingjue sempre foi um homem realmente atraente e popular, então ele era acostumado a sempre ser o centro das atenções. Eu não ficava para trás, por ser o herdeiro da empresa Gusu e sendo sempre o aluno destaque da escola, sempre comentavam sobre mim. Eu tive que me acostumar com essa popularidade deis de pequeno. A-Yao e Mingjue da escola eram os únicos que não me tratavam como se fossem inferior a mim, diferente do resto que me tratavam como um ídolo inalcançável. Os dois sempre estiveram ao meu lado. Quando nos formamos no ensino médio, eu e o Mingjue-gege tivemos nossa primeira vez, foi inesquecível. Ele me fez me sentir a pessoa mais especial do mundo. Quando contei pra A-Yao, ele parecia chateado, eu fiquei bastante confuso. Durante uma semana ele ignorou a gente. Pensei que seria por um problema pessoal dele, então respeitei seu espaço. Depois ele voltou a falar com a gente e quando o questionei, ele desviou do assunto. Anos se passaram e minha relação com Mingjue não podia está melhor. E A-Yao sempre estava ao nosso lado se tornando meu melhor amigo, meu confidente. Estava tudo ocorrendo bem, quando a alguns meses atrás. Eu ia fazer uma surpresa para o Er-gege o visitando em seu apartamento após mais um dia cansativo na minha faculdade. Eu chego em seu condomínio e vou em direção ao elevador que é privado, então precisa de um cartão de acesso que vai diretamente pro apartamento da pessoa já que o apartamento é interligado com o elevador. Eu entro no Elevador, coloco o cartão e ele começa a subir, eu estava morrendo de ansiedade em vê-lo. Quando para no apartamento dele eu percebo que as luzes estão apagadas e o lugar está silêncio de mais. Eu coloco meus pés pra fora do elevador receoso, não sei porquê mas assim que saio do elevador, meu coração deu uma leve fisgada, senti que tem algo de errado. Eu vou de vagar até a sala e percebo que não tem ninguém, porém, a sala inteira está cheirando fortemente a gasolina, e o chão está encharcado. Eu cubro meu nariz pelo cheiro forte que me dá náusea, me questionando o que está acontecendo, meu pensamento é interrompido quando escuto um barulho no quarto de Mingjue-gege. Um frio na espinha me atinge, sem abaixar a guarda eu vou em direção ao quarto que é o único cômodo com a luz ligada, quando chego sinto o cheiro de gasolina mais forte e vejo a pior cena da minha vida. Meu irmão jurado, Jin Guangyao, sentado na cabeceira da cama, com as roupas cheias de sangue, encarando fixamente meu namorado Nie Mingjue que está deitado na cama, também encharcado de sangue, imóvel. Meu coração se quebra, meus olhos começam a lacrimejar chocado com a cena.
— A-Yao, o que você fez? — Eu me seguro na porta porque minha cabeça começa a girar e minhas pernas começam a perder a força.
Ele se assusta com minha voz e se levanta rapidamente, olhando em minha direção com espanto — Er-gege, e-eu posso explicar, n-não foi eu. — Ele vem em minha direção lentamente tremendo.
— Não se aproxime de mim. — eu me afasto acabando me encosto na parede mais próxima aterrorizado.
— Er-gege, não tenha medo de mim, e-eu precisava fazer isso, era o único jeito. – Ele me olha com os olhos lacrimejando.
— O único jeito?A-Yao, você matou um dos seus melhores amigos! Como esse era o único jeito? — Eu me altero e acabo gritando, ele se assusta com meu tom. Isso não pode ser real. Eu respiro fundo — Por que você fez isso?- Eu me afasto dele de vagar indo em direção a sala lentamente sem desviar o olhar do dele.
— Lan Xichen, você realmente não imagina o motivo de eu ter feito isso? Eu tenho sentimentos por você deis de antes de você e ele me salvarem daqueles meninos naquela vez. Eu sempre te observei de longe. Quando você se aproximou de mim, eu percebi que talvez você poderia retribuir meus sentimentos. Quando vocês anunciaram que estavam juntos, eu não perdi completamente as esperanças por você nunca ter comentado antes sobre ter sentimentos por ele comigo então eu fingia não me importar. Quando você me contou que vocês tiveram a primeira vez juntos, eu percebi que você o amava, e eu não consegui olhar na sua cara durante um tempo — Ele respira fundo, olhando seriamente para mim.
— Então aquela vez que você que você sumiu durante um tempo, você...?— lágrimas não param de sair dos meus olhos, minha cabeça está doendo.
— Sim, eu precisava de um tempo para mim — Jin Guangyao se aproxima mais, eu chego mais para trás ainda fazendo eu chegar perto do elevador, estou assustado.— A cada ano que se passava, eu sentia que estava ficando para trás, vocês sempre juntos e felizes, o casal perfeito e eu? Eu era o bastardo que sofreu caridade dos Jin, a planta perto de vocês — Ele altera a voz. — Er-gege, eu senti ciúmes, eu senti inveja de vocês dois junto e não me arrependo de nada que eu fiz. — Ele tenta se aproximar mais, me fazendo recuar para dentro do elevador que felizmente não tinha fechado. Ele não entra dentro dentro, só fica me encarando da porta, a impedindo de fechar com o seu pé.
— A-Yao, se você se sentia assim, porque você não me disse isso antes? A gente nunca quis te excluir em nada — Eu mesmo com receio, me aproximo dele até encosta minha testa na dele e o olho nos olhos mesmo com a dor que estou sentindo por ter perdido meu amado.
— Er-gege, você não entende que essa foi minha única alternativa? Nie Mingjue sempre soube dos meus sentimentos em relação a você, mesmo eu nunca tendo confirmado nada, ele sempre soube como eu me sentia e fazia de propósito eu me sentir uma pedra no caminho de vocês. — Ele respira fundo, parece difícil para ele falar isso.
— Mingjue-gege nunca faria algo de propósito para te machucar A-Yao, ele sempre foi uma pessoa difícil de lidar mas ele sempre se importou com você. —Meus olhos mais uma vez se enchem de água com a lembrança do sorriso do meu amado e do quanto ele sempre foi gentil.
Durante alguns minutos nem eu nem A-Yao nos mechemos, ambas respirações estão pesadas. Depois de alguns minutos ele se pronuncia.
— Er-gege, morra comigo?— Ele me olha seriamente se afastando um pouco desencostando nossas testas mas ainda segurando a porta do elevador com o pé. Ele revela uma caixinha de fósforo, fazendo eu entender o que ele pretende. Eu o olho nos olhos e dou um passo pra frente concordando com a cabeça, eu desisti de viver, ele sorri e acende o fósforo e o taca na sala fazendo o fogo se espalhar, eu fecho meus olhos enquanto me aproximo dele. — Lan Xichen — Eu paro de andar ao escuta sua voz — Obrigada por sempre ser gentil comigo. Eu te amo, muito mesmo e o Da-ge também te amava muito.
Eu paro por um segundo pelas palavras dele me fazendo abri meus olhos e encara-lo tentando absorver o que ele disse, eu percebo que em volta o apartamento já está quase todo em chamas.
— Eu nunca, de maneira nenhuma teria coragem de machucar você Er-gege. — Ele fortemente me empurrar para dentro do elevador que nem cheguei realmente a sair, fazendo eu perder o equilíbrio e caio. — Er-gege, eu sinto muito pela sua perda. E espero que algum dia você possa me perdoar.
Sua mão rapidamente aperta o único botão do elevador e antes das portas metálicas se fecharem completamente, ele me lança um sorriso triste e cortante, cheio de dor e seus olhos estavam marejados. Eu me levanto e tento bater na porta na esperança dela se abrir e eu voltar lá. Ele não pode ter feito isso comigo, Jin Guangyao se foi, e Nie Mingjue também. Eu bato na porta até ela se abrir no primeiro andar. Eu rapidamente tento subir de novo mas percebo que não estou com meu cartão de acesso. A-Yao o pegou sem que eu perceba.
Deis daquele dia, Xichen se sente sozinho, perdido por dentro, ele só queria voltar para aqueles dias felizes, agora só resta lembranças roubadas. Ele se sente horrível porque por mais que tente, ele não consegue odiar Jin Guangyao, mesmo depois de tudo. Quando se dar conta, ele percebe que está no começo da ponte mais bonita de toda cidade. Por já estar tarde, tem poucas pessoas passando por ela. Ele vai até o meio da ponte e se senta no apoio da mesma já sentindo a brisa batendo em seu rosto. Ele vê as pouquíssimas pessoas que estão passando se aproximando e pedindo pra ele descer dali. Ele ameaça se jogar se elas se aproximarem dele, mantendo-as distante. Ele as ignora e fecha seus olhos com as lágrimas descendo sem parar de seu rosto aparentemente cansado, com olheiras marcadas mostrando que claramente ele não dorme direito faz um tempo.
— Talvez eu devesse morrer – Ele pensa- Tio, eu peço desculpas por ter agido igual ao meu pai, ele talvez tenha sido um fraco mesmo. E eu segui os passos dele, eu sinto muito por desaponta você. Desculpe Lan Wangji por ter te causado tanto trabalho cuidando de mim por tanto tempo, espero que o jovem mestre Wei cumpra o que me prometeu e cuide de você por mim, eu sinto muito por ser um fardo a você. Eu te amo tanto meu irmãozinho. — Ele respira fundo tentando acalmar o coração acelerado e o nó que está se formando em sua garganta. – Jiang Wanyin, você sem sombra de dúvidas foi a melhor coisa que me aconteceu durante esses meses, você era a única pessoa que me fazia sorrir verdadeiramente durante os dias de reclusão, você me disse que eu sou mais forte do que eu penso, mas eu sou fraco. Eu não deveria existir no mundo. Eu peço desculpa por ter quebrado suas expectativas de me vê sair da reclusão, eu não quero me tornar um fardo para você como me tornei para Lan Wangji.. Mingjue, eu deveria ter segurado mais um pouco sua mão quando eu tive chance, você sempre me consolava quando chegava o aniversário da minha falecida mãe, e eu sinto que poderia ter aproveitado mais sua companhia. A-Yao, eu queria me desculpar pelos os erros que cometi a você. Eu não podia imaginar que você tinha sentimentos por mim, e me culpo porque eu realmente nunca poderia retribuir eles. — A respiração de Lan Xichen está descompassada, o nó em sua garganta está o dando mais desconforto, e seus olhos não param de sair lágrimas pelos pensamentos dolorosos. Ele escuta alguém chamando seu nome, mas ignora achando que é sua imaginação, ele se joga para trás esperando encontra seu irmão jurado e seu primeiro amor.
Ele sente um toque quente e firme encosta em sua mão gelada o dando um leve choque, ele escuta a mesma voz de novo o chamando, ele se sente sendo puxado para cima. Como se realmente existisse uma luz em volta de toda escuridão do seu coração. Ele cai sentado no chão, sem coragem ainda de abri os olhos, ele sente o calor das mãos de seu salvador em seus braços e finalmente abre os olhos vendo Jiang Wanyin, o encarando com os olhos lagrimejados e com a respiração descompassada parecendo que correu até chegar ali. Antes quem Lan Huan pronuncie algo, Jiang Cheng o envolve em um abraço caloroso e apertado.
— Ainda bem que eu cheguei a tempo. Você é idiota? Como você pode tentar fazer uma coisa dessas? Você sabe como eu, digo Lan Qiren ficou preocupado com você? — Jiang Cheng pronuncia de forma nervosa sem solta Lan Xichen do abraço. Os olhos de Xichen começam a lacrimejar mais uma vez se sentindo acolhido nos braços do outro.
— M-me desculpa, eu pensei que conseguiria lidar com as coisas sozinho, eu realmente sou um idiota. A-Yao deveria ter me matado também — Ele logo se arrepende do que disse ao sentir Jiang Cheng se afastar de si e o encarar seriamente e um pouco magoado.
— Nunca mais repita isso, Lan Huan. Seu irmão precisa e se importa com você e seu tio também. Eu cheguei na sua casa para levar o jantar para você e te fazer companhia. Wei Wuxian me mandou mensagem só agora de noite avisando para mim ir te visitar, me informando que você não jantou ainda. Aquele idiota sempre deixando as coisas para última hora. Quando cheguei na sua casa, a porta estava aberta e seu tio estava sentado na sala preocupado, ele me contou o que aconteceu com arrependimento no olhar, eu saí correndo atrás de você. Pelos olhos do seu tio, eu percebi que ele precisa de você. Não só ele, eu também preciso de você, e você não precisa lidar com tudo sozinho, eu estou aqui para você sempre que precisar de mim. E se você mais uma vez falar isso, ou tenta fazer essa loucura de novo, eu juro por Deus que eu vou quebrar suas pernas – O coração de Lan Xichen se acelera e o rubor em sua orelha é emitente. Ele não esperava que Jiang Cheng admitiria que precisava de si, e muito menos que o homem a sua frente o chamaria pelo seu nome de nascimento. Jiang Cheng é realmente direto quando está nervoso. Lan Xichen abraça Jiang Cheng sorrindo contra o pescoço do outro que tenta o afastar envergonhado, o fazendo sorri como um bobo.
— Como você me encontrou? – Lan Xichen se aconchega mais nos braços do mais novo.
— Por incrível que pareça foi pura coincidência — O Lan encara o mais novo um pouco assustado, fazendo o menor sorrir levemente e continua — Eu sempre venho aqui quando quero me distância das minhas frustrações, não sei por qual motivo eu vim para cá como se já soubesse onde você estava. A minha sorte é que você realmente estava aqui. Quando te vi de longe, eu pensei realmente que eu iria te perder. Eu nunca corri tão rápido em toda minha vida – Lan Xichen vê um biquinho se formar na boca do menor o fazendo da uma leve risada – Acho melhor voltarmos para sua casa, seu tio possivelmente ligou para o seu irmão, e todos devem estar preocupados te procurando.
Lan Xichen engole em seco e arregala os olhos percebendo que está encrencado, mas está tudo bem, ele não está mais sozinho, ele tem Jiang Cheng ao seu lado para segurar sua mão e encarar as coisas com ele, ele na realidade nunca esteve sozinho. Só pensou que estivesse por perder pessoas importantes em sua vida, e mesmo que a cicatriz em seu peito permaneça ali, ele está disposto a não desistir de seguir em frente, por ele e por seus melhores amigos de infância. E agora não vai mais se sentir sozinho.
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In The Dark
Teen FictionMais um dia que Lan Xichen está em seu quarto olhando para o céu, há uma tempestade se formando e logo as gotas de água estarão caindo lá fora. O Lan não se importa muito com a chuva, ele sempre faz a mesma rotina de ao anoitecer, se sentar em frent...