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A segunda havia passado tranquila na casa mais vigiada do Brasil, a maioria tinha passado o dia de preguiça, já que o clima estava chuvoso e não poderiam aproveitar a piscina. Gizelly tinha passado o dia junto de Rafa e Manu, conversando sobre coisas aleatórias como coisas que estavam acostumadas a fazer quando estavam fora da casa ou histórias da vida delas. Enquanto isso, Prior passava a tarde malhando. Não tinha dormido pensando como seriam as coisas futuramente, se sairia na terça ou se continuaria na casa. Como ficaria a relação entre ele e Gizelly era o que mais martelava em sua cabeça.

Se sentia traído por ele mesmo por pensar tanto na atual líder, por se preocupar tanto com ela. Passou o dia sem a vê-la. Já sentia o corpo ficar cansado, quando pegou sua garrafa de água e foi para dentro da casa, tomou um banho rápido e foi até a xepa. Quando estava perto, notou Ivy e Marcela sentadas na mesa e se aproximou devagar.

- Eu preciso que ela se mantenha perto de mim, porque ela é manipulável entende amiga? Ela fica achando que tenho que defender ela. Mas aqui todo mundo já é bem grandinho. Minha intenção com a Gizelly é só que ela faça aquilo que proteja nós duas já que o Dan saiu. Eu não tô errada. - Marcela falava para Ivy enquanto Prior ouvia atrás delas.

- Não Ma, sem dúvidas. Eu concordo totalmente, mas você tem que se reaproximar mais dela, como não quer nada. Por que ela já começou a achar a gente estranha, viu? - Ivy se levantou e virou na direção de Prior e logo começou a encarar incrédula algo que estava atrás dele. - Prior? Gizelly?

Prior se virou e viu uma Gizelly com lágrimas nos olhos, deixando o moreno em choque. Queria correr e abraçar ela, mas também queria chegar em seu ouvido e sussurrar: "eu avisei". Ela saiu dali indo pro quarto do líder. E Prior voltou a olhar para os outras duas mulheres a sua frente.

- O que nós fazemos agora? -Ivy disse em direção a Marcela, que deu de.ombros.

- Amanhã ela corre atrás de nós, não precisa se preocupar com ela agora.

~Gizelly On~

Eu já tinha ideia de que elas não eram totalmente verdadeiras comigo, porém nunca pensei que chegariam ao ponto de me usar. Eu tinha vontade de me desabar chorando embaixo daquele edredom, mas eu não iria fazer pois sabia que eu não merecia isso, porém eu precisava pelo menos começar a similar o que estava acontecendo, nas palavras que haviam sido ditas ali.

Fiquei algumas horas deitada pensando, não só na questão delas, mas em tudo. Pensei na minha família e no que minha mãe diria para mim nesse momento, no Jack Bacon querendo brincar, do meu trabalho e na saudade que eu sentia em estar de pé na frente do júri. Até que pensamento não tão agradáveis se passaram pela minha cabeça, passei os dedos pela minha tatuagem no antebraço onde dizia: " isso também passa ". Lembrando o porquê de ter feito ela, logo o medo de que tudo aquele misto de sentimentos voltasse e me desestabilizasse completamente ali dentro.

Eu tinha acabo de sair do banho e ia voltar a me deitar, quando a porta bateu. Pensei que seria Manu ou Rafa, e me levantei para abrir rapidamente, dando de cara com o Felipe. Eu não entendia qual era a dele, o porquê de falar todas aquelas coisas e depois vir falar comigo mais uma vez. Será que toda essa perseguição fazia mesmo parte do joguinho de sempre dele?

- Olha, eu vou ser breve tá ligado?! Vim aqui na paz, real mesmo, eu tava lá quando tudo aconteceu e eu vi o quanto aquilo te abalou. E eu sei que não é de agora que você tá mal. Talvez o motivo seja eu, sei lá mano. Enfim eu só vim aqui mostrar que eu sou alguém de caráter e que se precisar conversar com alguém que te entenda eu tô aqui. - ele falou rápido, tão rápido que tive que me concentrar ao máximo para conseguir entender cada parte. - Eu prometo que isso não faz parte de nenhum plano.

Lᴏᴠᴇ Mᴇ Oʀ Hᴀᴛᴇ Mᴇ - 𝙋𝙧𝙞𝙯𝙚𝙡𝙡𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora