fifty eight

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"You know that I love you soI love you enough to let you go"

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"You know that I love you so
I love you enough to let you go"

chapter fifty eight  - poor jack


Levantei cedo apesar da preguiça, porque tinha planos para o dia de hoje. Atlantis ainda dormia profundamente, e pelo horário em que ela chegou, tenho certeza de que dormirá por muito tempo.

Assim que arrumei a bagunça da noite passada, tomei um banho, e comi uma fatia de pizza. É, um belo café da manhã.

Jonah me mandou mensagem avisando que eles já embarcaram, e senti meu coração apertar. Eles fazem tanta falta.

Essas próximas duas semanas, provavelmente terei pouco contato com eles. Vai ser uma correria, isso dem dúvida alguma. Eu não costumo ligar, espero sempre que eles façam isso, tenho medo de incomodar, sempre fui assim.

Assim que sai do apartamento, fui caminhando até o metrô, que ficava a dois quarteirões dali. O sol estava raiando alto no céu, e o dia estava quente, diferente dos últimos meses. A primavera se aproximava, logo o calor tomaria conta de todos os momentos dos dias.

Peguei o metrô, que levou apenas 10 minutos até o meu destino. Assim que sai, passei na floricultura, e comprei algumas tulipas brancas, as favoritas dele.
Caminhei até chegar ao cemitério, onde haviam poucas pessoas espalhadas, mas tudo em silêncio.

Me aproximei do seu túmulo, devagar. Respirei fundo quando li seu nome gravado na lápide. Era a primeira vez em que eu ia ali sozinha, então não sabia muito bem o que fazer, ou o que falar.

Coloquei as flores ali, e abracei meu próprio corpo, parada em frente ao túmulo.

-Temos um novo integrante na família. - Sorrio. -John, seu primeiro neto. Você não tem noção de quão lindo ele é. - Digo, ao lembrar de cada pequeno detalhe de John. -Jack vai ser, sem dúvidas, o melhor pai do mundo, assim como você foi.

São tantas as coisas das quais eu preciso dizer, mesmo sabendo que as respostas nunca virão. Ele se foi, e a idéia de nunca mais vê-lo ainda me persegue. A forma como a morte é retratada ainda na vida é assustador. A incerteza do "para onde vamos após tudo isso?" é avassaladora. Crucial. O que nos tornariamos após nosso último suspiro? Voltariamos um dia? Sentiriamos algo? Saberiamos ainda que existem pessoas que nos amam, e que sofrem pela dor? Papai, o senhor ainda lembra de mim?

Fiquei por um tempo parada ali, chorando em silêncio enquanto lembrava dele. A dor não some, ela diminui aos poucos, e você acaba se acostumando com ela. Céus, tudo isso é tão novo.

-Consegui a bolsa para Columbia, papai. - Sorrio, limpando as lágrimas e respirando fundo. -Vou me mudar início em Agosto. Demorei pra entender que as coisas mudaram, mas vou fazer o impossível pra te fazer o pai mais orgulhoso do mundo.

got you on my mind • jonah marais {why don't we}Onde histórias criam vida. Descubra agora