Indecifrável dançarina

Untitled Part 15

Boa madrugada, atrasada mas estou aqui

Capítulo sem nenhuma revisão se encontrar errros desconsidere que logo reformulo o capítulo.

Boa leitura

Daniel

Irmãos geralmente têm desavenças e brigas, sim, entretanto Stev e eu erámos o tipo de irmãos que não nos atínhamos a essas picuinhas. Ambos sempre tratamos de resolver nossas desavenças de forma sensata.

− Stev! – gritei assim que ele saiu em direção a sua moto.

− O que foi Daniel? – ele se virou e veio em minha direção com fúria – depois de me apunhalar pelas costas?!

− Não te apunhalei, eu...

− Você o que? – ele estava jogando seus braços ao ar gritando. – Você sabia de meu interesse em Dalia desde o inicio.

− Eu sei.. quer dizer sabia... Mas...

− Vamos! Me diga seu “mas”.

Ele agora estava diretamente em minha frente, Stevan era da mesma altura seus olhos igualmente azuis estavam diretamente me acusando, seus lábios estavam em uma linha fina.

Em segundos tudo aconteceu, Stevan estava em minha frente e suas mãos estavam pressionando meu pescoço.

− Você sabia Daniel!!! – tentei segurar seus braços, era visível que eu era mais forte.

Ambos escorregamos, e Stevan se virou tentando me imobilizar, senti o calor em minha face direita quando seu punho me atingiu.

− Stevan pare!!! – gritei – Eu não quero te machucar – minha mão segurava seu pulso.

Stevan não estava a fim de nenhuma pausa, tentei ao máximo desviar de suas investidas, o asfalto áspero arranhou minha coluna.

Minhas mãos seguraram firme em seus ombros e girei nossos corpos, observei o olhar de fúria de meu irmão, jamais imaginei chegarmos a esse ponto por uma disputa.

− Stevan! Me escuta cara!

− Não! Você é um traíra! – forcei mais seus ombros escutando seu osso bater contra o asfalto.

− Eu a amo! – disse por fim.

Ele parou de se debater e me encarou perplexo.

− Stevan! Eu a amo, não é uma foda qualquer, nem uma conquista, eu realmente a amo.

Foi nesse exato momento que meu irmão se rendeu, aliviei a pressão em seu ombro impulsionei meu corpo até que fiquei em pé.

Estiquei minha mão em direção a ele, seus olhos cravaram no gesto, porém ele recusou, virando seu corpo e levantando-se sozinho.

− Daniel, isso é golpe baixo – ele disse tentando se recompor.

− Não estou mentindo, eu a amo. – ele me encarou duramente.

− Eu não sei o que falar.

Stevan se virou em direção a sua moto não me dando chance de nenhum argumento, ele saiu cantando a roda de trás no asfalto.

Eu me odiei naquele momento, deveria ter contado a ele antes, ter dito algo, ele não precisava saber das coisas dessa forma!

Ao girar meu corpo me deparei com os olhos arregalados de Dalia, ela me encarou de uma forma preocupada.

− Não se preocupe – cheguei até ela – ele irá superar!

Meus dedos traçaram sua face, havia vestígios de lagrimas em seus olhos.