- Detetive Bennet?
- Ao seu dispor.
- Temos um 121, no teatro.
- Qual teatro, Herz?
- O que estava com Hamlet (Shakespeare) representado pelo grupo de Earl Akintern em cartaz.
- O.k. estou a caminho. Tchau.
- Tchau.Eram 23:45 e tínhamos um 121 no cenário de Hamlet. Inacreditável.
- Anda, Doutor Chase, temos que ir para o teatro, 121 urgente.
- Meu nome é Ethan pra você, Isla. - ele se aproximou.
- Mas o meu continua sendo Detetive BENNET para você, Sr. Chase. - dei-lhe um tapa no peito - Vamos logo. - peguei o distintivo e as chaves na minha mesa.Saí, seguida do Dr. Chase, para meu carro, cujo dito dirigi até a cena do crime. Ainda haviam pessoas saindo, e claro, o tumulto dos jornalistas e transmissores de televisão em volta da faixa isolante policial.
- Quanta gente, hein? - Dr. Chase era tão observador.
- Ah, é sempre assim - desliguei o carro - todos querem ser o primeiro a dar as informações - ri - nós, Dr., temos este privilégio que todos querem. - ele riu junto a mim.
- Acho melhor irmos.
- Eu também.Após passarmos pela faixa e entrarmos no teatro, enfrentamos filas e filas de poltronas, chegando a um dos camarins.
- Ainda bem que vocês chegaram! - a Delegada Herz parecia em pânico - Podem analisar o corpo, tenho que cuidar de outro problema. - apontou para o canto da sala, onde tinha uma mulher sentada, chorando desesperadamente.
Andei ao redor do cadáver, que estava caído de bruços ao chão. Ao lado, uma caixa de aspirinas e um charuto cubano, sendo cuidadosamente recolhidos e ensacados pelo Dr.. Nas costas da vítima, algumas perfurações, provavelmente e obviamente feitas por um objeto perfurocortante.
- Dr.? - chamei-o
- Sim, Detetive Bennet? - chegara mais perto.
- Coleta o sangue pra mim? Por favor. - apontei ao terno rasgado que escondiam as perfurações.
- Claro! - Sorriu.A Delegada Herz ainda estava tentando acalmar a senhora sentada no canto da sala. Ela parecia ser a única testemunha, ou, pelo menos, a única presente. Me aproximando, percebi que a senhora não era qualquer uma, e sim a convidada do diretor de teatro Earl Akintern. A Duquesa de Lacourt, veio acompanhada de seu marido, Duque de Lacourt, e de sua filha, Katia Lacourt. Benfeitora do Bispo de Whittenfront, amigo de seu marido, que foi também convidado á assistir a peça.
- Delegada Herz, Policiais - os cumprimentei com um gesto respeitoso. - podem me deixar á sós com a Duquesa, por favor?
- Claro - o conjunto saiu.A acompanhei até o teatro, para conversarmos. Sentamo-nos em duas cadeiras e tentei a acalmar, o que custou, mas foi felizmente possível. Precisava de seu depoimento, cada detalhe é sempre importante para a resolução do crime, e ela era a única pessoa que tinha esses tais detalhes.
- A senhora pode me contar o que ocorreu? O que vossa senhoria viu? Quem era ele, de onde o conhecia? - as lágrimas eram repetitivas em seu rosto, como uma torneira mal fechada.
- C-c-claro. - enxugava as lágrimas que molhavam seu rosto novamente. Respirou.- Ele é um novo profano, desconhecido aqui em Londres, interessei-me por seus ideais e resolvi apoia-lô. Claro que isso não agradou ao Bispo, que queria meu apoio apenas á ele, e nem ao meu marido, que queria meu apoio no amigo clérigo. Mas eu não deixei de apoiar Whittenfront, ora, ele é da família!- ela tinha um ar de revolta.
- Entendo, entendo. - confortar nunca foi o meu forte.- mas então como e quando encontrou o sr. morto?
- Eu fui ao Toiallet, a peça já havia terminado. O profano me acompanhou até a porta, e antes de entrar o Sr. Akintern, junto aos atores, vieram falar com ele. - ela soluçou mais uma vez - Quando voltei ele estava caído, do jeito que está até agora. Entrei em choque e liguei para a Scotland Yard, sempre contrato advogados de lá, tenho muita confiança, foi minha única reação. - os soluços escondiam sua voz.
- Entendi. - as informações eram um pouco confusas.- Vossa senhoria disse que ele era profano, certo? - ela assentiu com a cabeça. - Então, ele não tinha uma bíblia ou algo do tipo?
- Sim, sim! Já havia me esquecido. Ele andava sempre com uma bíblia, muito linda por sinal. Até o bispo queria uma igual! Quando estava no banheiro, ouvi ele e o Sr. Akintern conversando, alguma coisa sobre encadernação... encadernação marroquina! É isso! E depois não ouvi nada.
- Muito obrigada, vossa senhoria não sabe como ajudou. - sorrir e me despedi, voltando para casa.
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Forbidden Passion
FanfictionArmas ao alto. Puxe o gatilho. Apenas um sobreviverá. Extermine o inimigo, extermine o perigo, extermine sua paixão proibida. Copyright Ⓒ 2015 @justarjomani