Outrória

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oi, galera. primeiro eu quero pedir desculpas pela demora mas a bad da quarentena bateu na minha porta e eu abri, senhoras e senhores passei quase uma semana no chão, mas deu uma melhorada e agora tá aqui um cap fresquinho pra vcs. Cada nome de cap tem seu sentido, e esse nada menos que o rumo das atitudes da boiola branca daqui pra frente. 

obs: as músicas que estão no decorrer da história fazem diferença na leitura, mas quem não quiser ouvir tb pau no cu. 

no mais, enjoy :3 


POV Laís

Logo era sexta e eu não tinha aula nesse dia, e bem eu estava cansada pela semana, parecia que um moedor havia passado por cima de mim todos os dias esmagando o que ainda não tinha feito da última vez. O dia estava calmo, e eu sinceramente não sentia a menor vontade de sair da cama hoje, provavelmente eu esteja sozinha em casa então querendo ou não vou ter que arrumar algumas coisas e fazer comida, nada demais.

São 10:11 da manhã e uma tia minha estava dando bom dia com uma montagem do Garfield, achei aquilo engraçado e direcionei um bom dia a ela também e fui olhar o grupo dos boiolas, acabou que passou-se 20 minutos e uma ligação fez meu celular vibrar. Minha mãe.

- Oi, Mãe. Bom dia. – falei ainda com resquícios de sono na voz.

- OI, filha. Tudo bem? Bom dia... como você está? E a primeira semana de aula?

- Foi cansativo, mas está tudo bem, tenho que me acostumar porque vai ser assim o período inteiro.

- E teu irmão? – desde que Vinícius entrou no mestrado mal tem tempo de ficar horas na ligação com minha mãe como era de costume.

- Ele tá bem, não vi ele hoje porque ainda nem saí do quarto e com certeza ele não está em casa.

- Mas como foram de verdade esses dias? Não podem ter sido unicamente cansativos. – Eu consigo imaginar perfeitamente a expressão farejadora da minha mãe, claro que ela ia querer mais coisa, e como eu não conseguia esconder nada dela por muito tempo...

- Não, não foram só cansativos... Aulas meio maçantes e outras nem tanto. Como eu tinha dito pra senhora, eu até que tô com algumas expectativas e pode ser que depois nem vá valer a pena, mas fazer o quê. – falei mexendo distraidamente em pontas de linhas soltas do meu edredom.

- Por que será que eu acho que você não tá falando só da Ufpi...? - Droga.

- Mas é claro que eu tô falando só da UFPI, do que mais seria? – falei torcendo pra que ela não falasse o que eu tava pensando.

- Laís Maria Rodrigues Brito, eu te pari, acha mesmo que logo tu consegue esconder alguma de mim? Anda, anjo... fale pra mamãe.

Uma coisa que às vezes me deixada frustrada era o fato de que não dá de esconder nada da minha mãe e eu me entrego pelo tom de voz. Em outros momentos eu me sentiria meio apreensiva de tocar em alguns assuntos com ela, mas depois dos últimos 2 anos as coisas mudaram bastante e sem sombra de dúvida nosso nível de amizade e confiança havia evoluído bastante, e quem dera fosse assim com mais pessoas pelo mundo.

- Mãe... quer mesmo saber? – Claro que isso era uma pergunta retórica pra ela.

- Pode começar. – Ela riu sabendo que teria tudo que queria.

É claro que eu falei da Ávida, o que esperavam? Ultimamente eu aprendi que ter minha mãe do meu lado valia mais do que muita coisa, e falar sobre alguém assim com ela era um passo extremamente gigantesco não só pelo fato de eu ser alguém que não sabe expressar seus sentimentos de uma forma concreta quanto pelo fato de estar falando pra minha mãe sobre uma menina da qual eu não sei se gosto de um jeito mais amoroso ou se é só uma amizade e eu esteja meio emocionada. Okay, mega emocionada.

I wanna be yours.Where stories live. Discover now