Capítulo I

16K 562 197
                                    

Ola!

Antes de começar a ler o livro estou avisando que só tem os 5 primeiros capítulos. Eu mesmo detesto ler e chegar no meio do caminho e ai receber o aviso. 

Esse Livro ficou 3 anos na plataforma, e várias vezes em primeiro lugar. Ele está disponível no site da Amazom.com.br.

Informações

facebook.com: Deporto Alegre

Instagram: queerverse.club

Capitulo I

1992

........

-Max! Max! Max! Max!

Conseguia ouvir os torcedores gritando meu nome. Não consigo entender por que essa gritaria toda, coloquei meu óculos de natação calmamente, me posicionei na borda da piscina esperando o apito do juiz da prova.

.....

Quando saí da piscina a mesma gritaria de novo.

Max! Max! Max! Max!

Não sei para que tanta histeria, fiz o que tinha que fazer, o que tinha me preparado pra fazer. Vencer.

Andei em direção ao vestiário, que estava muito tumultuado, meus companheiro de equipe me parabenizaram.

-Mais uma hein Max!

-Tu tinha alguma duvida cara? - Respondi secamente.

-Deixa de ser convencido.

-Sou realista - E eu era.

A questão não era ganhar ou perder, mas o quanto tinha me preparado pra isso.

O resto da equipe começou gritar que eu era um exibido, metido, já estava meio surdo. Sempre o mesmo alvoroço, abraços, tapinhas nas costas, no final todo mundo acabaria bebendo e vomitando na festa. Teria que aguentar mais alguns anos disso tudo, precisava aguentar. Terminar a faculdade era importante, tinha que provar muita coisapara mim mesmo.

Enquantoa água caía em cima do meu corpo pra tirar o cloro, ia pensando na minha vida, finalmente tinha terminado a competição, tivemos provas durante todo o dia. Me encostei na parede e deixei a água cair por cima.

O que me faltava pra ser feliz??.....Nada.

Todo mundo me chamava de Max, e por vários motivos, um deles era por que meu nome é Maximiliam, herança do meu bisavô, que era Alemão e veio para o Brasil a muitos anos atrás. Pra ser mais exato, no século passado.

O que significava no final de tudo, que o pessoal me apelidou de "Máximo". Meu bisavó aumentou a fortuna que ele já tinha e se estabeleceu em solo Gaúcho, convivi muito pouco com ele, infelizmente morreu quando eu era novo. Nossa família tinha dinheiro, muito dinheiro, fruto de muito trabalho, mas também de dinheiro antigo que veio da Europa. Infelizmente nossafamília se resumia, hoje em dia, ao meu avô e eu. Pelo menos a parte que eu considerava família. Os outros não importavam.

Eu era o herdeiro de muitas empresas, ninguém sabia sobre isso, não queria que ninguém soubesse. Eu seria, durante esse período, mais um cara com dinheiro, em uma universidade onde a maioria era assim. Isso não era problema, meu problema na realidade era outro.

Aqui ninguém precisava saber o quanto cada um tinha, bastava saber de que faculdade tu era. Isso já nos separava. Na minha faculdade todos tinham mais que o suficiente, ninguém estranhava os carros, as roupas ou as viagens, por que ninguém se importava.

Estava na faculdade de Medicina, em uma das melhores Universidades do país, isso não era para qualquer um. A mensalidade e o custo de fazer Medicina aqui, já separava quem tinha e quem não tinha dinheiro. Não queria que ninguém realmente soubesse de onde eu vinha, não queria que ninguém soubesse realmente de que família eu era, ou o quanto de dinheiro eu possuía.

Antes de tudo.Where stories live. Discover now