Capítulo Sessenta e Dois.

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Espero que vocês gostem!!! ^^

Boa leitura!

~•~

"Eu estou com fome! Muita fome!"

Esse é um dos motivos de eu não conseguir dormir direito. Veja bem, um dos.

Sentei na cama bem devagar, qualquer movimento mais rápido me dava enjôo. Pelo menos a fase de ficar o tempo todo com a cara no vaso já passou.

Natau estava dormindo profundamente. Poxa, que inveja. Eu não conseguia encontrar uma posição com esse barrigão de 7 meses. 

Entrei no banheiro e fiz xixi. Não entendia como ainda tinha líquido no corpo para isso. Eu ia praticamente o dia todo, isso quando conseguia chegar em tempo. 

Na primeira vez que não cheguei, morri de vergonha, já que Natsu estava perto e viu. Hoje, quando percebo seu olhar, apenas o xingo e sigo meu caminho. Não era ele que estava com um bebê dentro de si, fazendo pressão na bexiga. Eu hein. Olhei meu reflexo e suspirei, fazendo bico ao ver que nasceu mais uma espinha.

Voltei ao quarto disposta a acordá-lo, mas fiquei com pena, ele trabalha tanto e eu já estou na minha licença-maternidade.

Resolvi que era melhor procurar algo na geladeira e deixei o cômodo. No meio do corredor, parei e olhei para baixo. Não enxergava nada além de minha barriga, acho que com 6 meses eu parei de ver meus pés. 

Espera. Isso não é justo. 

A visão embaçou e algumas lágrimas caíram. Eu estava inchada, meus seios estavam doendo e vazando, minhas costas me matavam, a barriga estava pesando, não conseguia abaixar, estava com espinhas, tive que tirar a aliança, pois ela ficou apertada e não conseguia ver meus pés.

— Ai! – sem contar os chutes.

Realmente, não é justo.

Voltei para o quarto e parei ao seu lado.

— Natsu… – nada. — Natsu… – virou para o outro lado. — NATSU! – o sacudi e ele acordou no susto.

— Que foi? 'Tá na hora? – levantou em um pulo e "segurou" minha barriga. — Respira igual cachorrinho. Eu vou me trocar e a gente vai 'pra maternidade.

— Não 'tá na hora.

— Então por que me acordou daquele jeito? – cruzou os braços.

— Eu tentei te chamar com calma, mas você não acordou e ainda virou 'pro outro lado. – fiz bico. — Eu não posso me abaixar e sussurrar no seu ouvido. – cruzei os braços e virei de costas para ele.

— Oh, meu amor, não fica assim. Eu fiquei preocupado, apenas isso.

— Não, você 'tá com raiva de mim e eu te amo tanto. – as lágrimas rolaram e para fechar minha cena com chave de ouro, cobri o rosto com as mãos.

Eu soluçava como se fosse um criança. Nem mesmo sei o motivo de estar chorando desse jeito. Mentira, sei sim e chama-se: hormônios.

— Eu também te amo, meu anjo e não 'tô com raiva. – deu um beijo no meu ombro. — O que foi?

— 'Tô com fome, mas deixa que eu me viro. – me afastei. — Você me odeia.

Ele me abraçou por trás, tomando todo o cuidado para não apertar minha barriga.

— Como eu iria te odiar, se você é a mulher da minha vida? Minha amada esposa.

Suspirei apaixonada, virei e o abracei sem jeito por causa da barriga.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora