Capítulo Sessenta e Três.

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Ontem senti contrações, fui à maternidade e voltei sem bebê, pois não passou de um alarme falso. Agora estou mais atenta, não perderei a calma antes da hora e nem deixarei que ele me tirar do sério.

— 'Tá tudo bem, amor? 'Tá com dor? Quer alguma coisa? Se quiser, posso te fazer uma massagem. – sentou na outra ponta da cama.

— Caralho, que homem chato. Quando eu tiver dor, você saberá, pois gritarei e sim, eu aceito uma massagem nos pés. – estiquei a perna em seu colo. 

Sei que ele estava tentando ajudar a me distrair, mas eu estava tão, tão, mas tão cansada. Meu quadril não parava de doer, sentia enjôos, estava  desconfortável e tendo contrações. Então a última coisa que queria agora era conversar. Eu queria dormir, mas também não conseguia fazer isso.

— Desculpa, amor. – falei. — Você é tão bom 'pra mim e eu... – minha visão embaçou.

— Eu sei. Não se preocupa com isso. – beijou meu pé.

Queria que a bebê nascesse logo, não aguento mais me sentir mal.

Eu sei que a gestação já está avançada demais para ficar chamando de "a bebê", mas nós ainda não escolhemos o nome. Tínhamos um, mas desistimos dele, pois não gostamos mais. Hoje temos 10 possíveis nomes e por isso decidimos esperar para ver o rostinho dela primeiro.

— Natsu.

— O quê?

— Não quero que você me conte se eu tiver algum "acidente" durante o parto. Eu sei que é normal, mas não quero saber. Pelo que a doutora disse, eles limpam rápido e a gente nem percebe.

— Ok. Não precisa chorar.

— Eu não 'tô chorando por isso. – funguei. — Eu quero que o bebê nasça de uma vez. – funguei. — Vou fazer xixi. – me ajudou a levantar.

— Eu gosto de como você me mantém informado. – riu.

Lavava as mãos quando senti uma pontada no baixo ventre. Respirei fundo e tentei me acalmar, alarme falso de novo. Senti uma mais forte e a barriga endureceu. É real agora. Segurei na pia quando uma dor na lombar me atingiu, mas não aguentei e caí de joelhos no chão. 

— AAH! NATSU! – ele entrou e eu continuava tentando manter a respiração. — AH!

— Calma! – pegou meu braço esquerdo e passou ao redor de seu pescoço. Seu direito me deu apoio e eu levantei.

— CALMA O CARALHO! 'TÁ DOENDO! – comecei a chorar de dor e raiva. — Eu preciso tomar banho! – ele ia tirar minha roupa. — Esquece o banhAH! – apertei sua blusa com uma mão e mantinha a outra no baixo ventre.

— Como estão as contrações? – saímos do cômodo.

— EstAAH! – não conseguia respirar. Senti algo escorrer por minha perna. — OH, A BOLSA, A BOLSA ESTOUROU! AAH! 'TÁ NA HORA! – perdi o equilíbrio quando pontadas fortes atingiram ao mesmo tempo minha vagina e coxas.

Ele me pegou no colo, não sei de onde tirou tanta força, mas agradeço.

— Oh! Mais umAH! 

Com cuidado me colocou no banco do passageiro e depois de prender o cinto, pois eu não conseguia fazer nada, ele deu a volta no carro e entrou. Tentei respirar para me acalmar, antes que uma nova contração viesse.

Natsu segurou minha mão, me passando conforto. 

— AH! – pressionei mais uma vez o baixo ventre.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora