O Grande Amor De Um Lorde

Capítulo 4

Na manhã seguinte, as criadas continuavam eufóricas e curiosas, porém Beatrice imaginou que seu pai e o lorde passariam o dia na biblioteca conversando sobre negócios. Sentou-se à mesa, e esperou ser servida. Gostava de seu chá quase morno, então ficou mexendo a colher na xícara até que esfriasse um pouco.

Mal notou que o lorde entrara na cozinha, fez gestos para que as criadas saíssem. Beatrice só notou sua presença quando ele se sentou logo a frente. Um impulso inesperado a fez derrubar chá pela toalha da mesa.

-Lamento pelo meu mal jeito, lorde Castlegreen. Eu realmente me assustei. -Disse, tentando limpar a bagunça que tinha causado e completamente envergonhada.

-Não se preocupe, eu não deveria ter chegado assim, feito um gato silencioso. -Respondeu o lorde, enquanto se servia, pouco incomodado.

-Para onde foi Frederika e Molly? -Beatrice continuava preocupada com o chá sobre a mesa, e procurava as criadas. -Estavam aqui a um minuto.

-Pedi que nos deixassem a sós. Claro que não imaginava que fosse assustar a senhorita.

Beatrice corou, e parou de tentar limpar.

-Está dando ordens as minhas criadas?

-Foi mais um pedido gentil. -O lorde respondeu, enquanto levava a xícara aos lábios, sorrindo encantadoramente. -Eu precisava conversar contigo.

-Sobre? -Ela se mostrou interessada.

-Queria que a senhorita me levasse para conhecer a propriedade.

-Por que não pede para meu pai fazer isso?

-Porque eu não quero passar mais tempo ele, e sim, com você.

-Está fazendo negócios com ele, não comigo. Eu sou apenas outra propriedade a venda.

-Claro que não. Tudo que tivemos que resolver de negócios, está resolvido. eu preciso saber com quem irei me casar. Se a senhorita mesmo diz que é apenas outra propriedade a venda, tenho que saber o que estou comprando.

Beatrice ficou boquiaberta com a ousadia do lorde. Não encontrava respostas para aquela afronta.

-Não me leve a mal, senhorita Stamford. Um homem como eu precisa ter ao seu lado uma grande esposa. E eu gostaria de conhece-la melhor.

Beatrice ainda estava perplexa. Mas reuniu forças para responder:

-Ainda não sei do que se trata os negócios que tem com meu pai. Mas eu não fiz parte de nenhum colégio de educação para ser esposa de grandes lordes. Normalmente me visto e tenho a postura de uma camponesa. Essas vestes e todo esse teatro de grandes etiquetas apenas existem para lhe impressionar. Tenho certeza de que não estou apta a isso. O senhor não precisa comprovar nada.

-Não preciso, mas quero. Quero conhecer a senhorita antes de partirmos para Violet Hills.

-Saiba que não tenho interesse nenhum em partir para Violet Hills. -Ela se levantou, farta das afrontas do lorde. -Por mim o senhor já poderia voltar para lá.

Deixou a mesa e conduziu para a porta de saída. O lorde rapidamente se pôs entre ela e a porta, perigosamente próximo de seu rosto.

-Eu só volto para lá, com a senhorita comigo. E eu sei que vai se interessar muito pelas colinas. -Passou os dedos pelo rosto de Beatrice, desceu os dedos até o pescoço e segurou sua nuca, fazendo uma pequena massagem enquanto falava; -Tenho menos de duas semanas para te fazer implorar para ir embora comigo. Ao fim dessas duas semanas, a escolha será sua.

O lorde se afastou e saiu do cômodo. Beatrice suspirou, sentia sua face corar e o coração disparar no peito.