Prólogo

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" Cuidado com os novos começos, eles podem lhe
fazer sentir bem mais do que imagina. Mas nunca se esqueça: eles são necessários, o segredo é saber recomeçar."



   “ Enquanto Olívia se mantinha sentada em frente a sua casa observando as pessoas caminharem pelas ruas de Seattle,a jovem permitia que as lembranças da noite ao lado de seu namorado se repecurtirssem diante seus olhos que transmitiam insegurança e incompreensão pois Lívia não sabia explicar o porquê de não retribuir aos toques de Jackson, não compreendia o motivo de o deixar em seu quarto e sair às pressas segurando as lágrimas que estavam substituindo o lugar que um pertencera os sorrisos apaixonados e felizes demonstrando o quão amava estar sob a companhia de alguém que lhe fazia a jovem mais feliz de todo o mundo. Tentar explicar para as amigas eram completamente inútil,se abrir com a mulher que lhe dera a vida era impossível,dizer a Jackson era uma opção jamais possível,seria inadmissível para Olivia contar para o namorado o que se passava em sua  mente confusa.

   — Filha! Está tarde,por que não entra?

  A voz suave de sua mãe fizera com que seus belos olhos verdes se fechassem deixando uma lágrima molhar sua face pálida sem registro de qualquer maquiagem. Pérola olhava para sua filha tentando desvendar por trás da tensão de seu corpo,o que tanto lhe atormentada e lhe fez se alto desligar da realidade que está a sua volta. Sua mãe sabia que algo lhe aflingia profundamente,somente não conseguiria desvendar sem a perguntar,porém não seria possível isso pois Olivia era de momentos: contar o que acontece em sua vida dependeria de sua personalidade dominante do dia. Não era bipolaridade,e sim o tormento e o medo de dar problemas para aqueles que não conseguem eliminar seus próprios.

  — Cinco minutos mamãe!

  O disfarce em sua voz não enganara sua mãe, Pérola a conhecia melhor que qualquer pessoa,ela era sua mãe e mesmo que não tenha tempo o suficiente para se manter presente na vida da filha, aquela mulher prezava pelo bem estar e a felicidade da sua única filha. Com uma feição preocupada, Pérola suspira fechando a porta de entrada dando liberdade para que a filha permaneça em seus pensamentos conturbados e em busca de uma solução desconhecida.
   A brisa batendo contra seus cabelos os jogando para suas costas, Olivia se abraça lembrando dos melhores momentos que tivera com seu namorado que um dia - como costumavam fazer promessas um ao outro - se tornaria seu noivo e em breve, marido. Seu relacionamento esfriara,aqueles beijos ardentes não tinha o mesmo calor,aquelas juras de amor não faziam mais sentindo serem ditas por ela,os momentos íntimos não tinham o mesmo sentimento,tudo havia se tornado fria ,era como se estivesse vivendo de forma monótona. Não era amor,eram apenas momentos entre dois jovens,um amava intensamente e o outro perderá o interesse. Olivia tinha uma frase que permanecia sempre em sua mente: Quando se deixa de amar, é porque nunca existiu amor. Apesar de tudo, Lívia se culpava por essa descoberta ao julgar os fatos,se culpava por saber que Jackson sofreria com o término do namoro,um relacionamento que sobrevira seis anos, pois ambos estavam juntos desde os dezesseis anos de idade dela.

   — Me perdoa meu lindo! — Lívia pede mentalmente como se estivesse na presença de seu - até o momento - namorado.

   Os comentários viriam,pois viver rodeada de pessoas como seus vizinhos e aqueles que lhes conheciam pela universidade onde frequentavam juntos,seria ter de suportar as diversas versões para o término daquele casal que todos admiravam e respeitavam desejando a felicidade. Olivia sofreria, não pela separação e o termino de seu namoro,mas sim por saber que perderia a amizade de Jackson e que o faria sofrer pelo término que jamais fizera parte de sua vida, não no presente e jamais no futuro pois Jack era apaixonado por tudo em Lívia,desde as qualidades a defeitos. A garota sairia da cidade,ela deixaria sua área de conforto para ir em busca de novas experiências e fazer com que seu namorado não tenha de lhe ver frequentemente, pelo menos não enquanto o término esteja recente. Ela ainda o amava,porém o que era um amor platônico havia se tornado amor de amigo...”

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