Ela não é como as garotas populares de filmes comuns.
Ela não é só mais uma patricinha mimada com problemas com os pais.
Não, ela é bem mais que isso, Ariana Mortensen é a melhor.
Aquela maldita garota conseguiu capturar o coração de todos.
Ela não...
-Mas tem cura certo? O útero pode ser tirado junto com o tumor não é?-eu pergunto sentindo os choro vir, mas eu seguro.
-Poderia ter, se eu tivesse descobrido mais cedo. O tumor se espalhou pelo meu sistema nervoso. Tenho alguns meses de vida.-ela diz chorando.
Meu pai tem lágrimas nos olhos também.
Eu abraço minha mãe.
-Eu não quero te perder mamãe.-eu digo chorando.
-Oh meu amor, eu não quero te deixar. Eu sinto muito, meu bem.-ela diz fazendo carinho no meu cabelo.
Eu choro, choro no colo dela por horas, mas ela me manda tomar um banho e dormir.
Ela disse que eu poderia ir com ela ao médico para escutar dele as coisas que ela não conseguia explicar.
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Fui para escola agindo totalmente no automático.
Minhas amigas e eu decidimos como seria a divisão dos horários para trabalhar na enfermaria e agora é a minha vez.
Não contei para ninguém sobre minha mãe. Nem sei se consigo pensar nisso sem chorar.
Estou na enfermaria lendo em um dos livros que peguei na biblioteca sobre o câncer da minha mãe quando Matt entra na enfermaria com um corte abaixo do olho.
-Matt o quê houve?-eu pergunto enquanto ele se senta na maca.
-Nada, estava no teste para entrar no time de futebol e um garoto me acertou sem querer.-ele diz.
-Isso vai arder um pouco.-eu digo pegando o anti-inflamatório e colocando no algodão para passar en seu rosto.
-Não é a primeira vez que isso acontece.-ele diz.
Eu passo e ele faz uma careta fofa.
Eu coloco o ponto superficial em sua ferida.
-Prontinho.-eu digo.
Estamos bem perto um do outro.
-Tá tudo bem com você?-ele pergunta me olhando.
-Tá, tudo bem sim, por que?-eu pergunto.
-Você parece triste.-ele diz.
O sentimento de tristeza começa a ressurgir e eu me viro para ele não ver meu rosto e nem as lágrimas se formando em meus olhos.
Ele pega em meu ombro e me faz virar pra ele. Eu abaixo minha cabeça.
-O quê está acontecendo?-ele me pergunta erguendo meu rosto.
-Não é nada, sério. Não precisa se preocupar.-eu digo.
-Por favor, você pode me contar o que quiser.-ele diz.
