Capítulo XV.

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   O Beijo Mortal

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   O Beijo Mortal.

  – Zanathus é mais esperto do que parece – começa a primogênita – Ele tem planos mais ardilosos do que possa imaginar.

   Michelle observa as paredes sujas e descascadas do corredor escuro. Aquele lugar não lhe parecia seguro, nem um pouco acolhedor e muito menos um lugar digno para malucos apodrecerem.

   – Uma armadilha – continua – Eu não devia estar contando isso. Não posso intervir no destino, mas regras foram feitas para serem quebradas.

   – Se o destino não quisesse ser salvo, ele não iria te dar o ar da graça de falar – diz Matheus.

   A demônio de cabelos vermelhos sorri, quase como se em deboche.

   – Ridículo isso – profana Beth.

   – O que é ridículo cara irmã? – pergunta Moah.

   – Você bancando a sabichona. – A antiga Brenda sorri, mostrando suas presas. – Todos sabemos que demônios são perversos. Não faça nossa espécie passar vergonha.

   Demônios são perversos. As palavras de Beth fixam como chicletes na mente de Michelle. Será que pode mesmo confiar nesses seres feitos de enxofre?

   – Antes de sermos demônios, éramos almas – responde, inteligível.

   Gritos começam a tomar conta do ambiente a medida que avançam, risadas malucas e choros escandalosos. Que desgraça está acontecendo? Há cinco portas espalhadas pelo corredor, uma de cada tamanho. Duas delas estavam abertas, a terceira estava manchada com sangue. Michelle se arrepia, não está nada satisfeita de estar naquele lugar macabro.

   – Relaxa – ouve Sabrina sussurrar ao seu lado – Relaxa, são apenas mentes puras.

   Mentes puras. Insanas, psicopatas, malucas, perplexas... Que tipo de brincadeira é essa? Como mentes tão confusas podem ser consideradas puras? Nada fazia sentido para a iluminada.

   Moah começa a dizer algo, todos prestam atenção, porém Michelle não consegue ouvir. Estaria ficando surda? Por que não ouve? Que porra é essa?

   Toc toc

   Ela escuta um som, um baixo e repetitivo som. O bater de uma porta. Instigada, ela procura a origem do som. Ao levar seus olhos até a sua sereia infernal, lá estava ela, majestosa, negra e sombria como os portões do inferno. A quarta porta. A única que não parecia estranha para a garota.

   – ... E é por isso que precisamos ser cautelosos. – Moah termina de falar. – Que o diabo me perdoe por estar dizendo isso.

   – Por que devemos confiar em você? – questiona Beth.

   – Você tem outra escolha?

   Beth, a encara. Por um instante, pensando em pular na garganta daquela vagabunda.

O Aviso do Demônio _ Parte Dois.Onde histórias criam vida. Descubra agora