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Quarta-feira
22:15
Gabriela

A faculdade tinha acabado faz tempo, mas preferia ficar na rua do que ir para casa, onde devia estar acontecendo aquela festa.

Nunca iria proibir Júlia de fazer uma festa, na sua própria casa, mas ela sabia que eu não gostava tanto assim de festa, nem beber eu bebo para começo de conversa.

Depois de terminar o meu açaí, o qual eu estava enrolado para terminar, resolveu ir andando para casa, demora cerca de uns dez minutos até eu chegar em frente ao prédio.

— Boa noite seu Antônio — comprimento o porteiro que varia a entrada.

— Boa noite dona Gabriela — ele deu um aceno e continuou seu serviço.

Como queria demorar pra entrar em casa resolvi ir pelas escadas mesmo, nosso apartamento era no 5º andar então era só uns oito lances de escadas. Assim que eu paro na frente da porta do Ap pego a chaves para abrir a porta mas sou surpreendida com o Guilherme, exatamente o Guilherme da minha sala.

— Opa gatinha — ele me olha de baixo a cima — A gente sempre se esbarra isso só pode ser o destino.

— Destino? Isso só existe na sua cabeça garoto — passo por ele e jogo minha chaves na mesinha do centro — Essa também é a minha casa — pisco para ele e vou em direção ao corredor.

— É o destino gata aceita isso — ele sai pela porta sorrindo.

Entro no meu quarto tirando minha blusa de frio e minha calça, me jogo na cama e mal fecho os olhos e já estou dormindo.

02:14

Acordo com o barulho de algo sendo quebrado, e me lembro na maldita festa e do quanto eu to com fome, corro para o banheiro tomar um banho e visto uma calça de moletom é uma blusa de mangas por cima, era abril mas mesmo assim as madrugadas era muito frias, diferente das do Mato Grosso onde eu suava de tão quente que era.

Calço minhas havaianas e com o celular nas mãos vou em direção a cozinha.

— É gata, isso é o destino — encontro guilherme terminando de montar um sanduíche.

— Já disse, destino não existe.

— Se isso não é destino, o que é isso?

— Não é nada, apenas você é amigo da minha amiga apenas isso.

Passo por ele pegando um copo no armário para preparar meu leito com Nescau.

— Toddy é melhor — olho para ele.

— Nunca garoto, Nescau é muito melhor — cruzo meus braços.

— Sabe o que é melhor ? — ele se desencosta da bancada e vem em minha direção.

— Não, o que ?

— A sua — ele encosta nossos corpos — Boca na — nosso nariz se tocam — Na minha — e nossas bocas se juntam em um beijo sem nenhuma pressa, sua mão desliza pela minha cintura e a minha vai de encontro com a sua nunca.

Com um pequeno movimento ele me vira me fazendo eu ficar encostada na bancada e a sua outra mão indo de encontro ao meu cabelo, me separa para respirar e ele não perde tempo em distribuir alguns beijos em meu pescoço e uma mão boba vim apertando minha bunda.

— Gui.. — solto um gemido rouco — Guilherme — tento me afastar mas ele faz é nossas bocas se juntarem novamente.

Agora em um beijo mais veloz e com mais pegadas me fazendo sentir um calor. Ele vai terminando o beijo puxando meu lábio e deixando três selinhos plantados em meus lábios.

— Eu tava com essa vontade desde o primeiro dia de aula gatinha.

— Já que realizou sua vontade, se lembre bem desse beijo pois foi a primeira e última vez garoto — me afasto pegando meu copo.

— Eu ainda vou te ver implorar por um beijo meu — pego o seu sanduíche e saio pela cozinha falando.

— Nem sonhando garoto — saio o mais rápido de lá e me tranco em meu quarto.

Meu erro Onde histórias criam vida. Descubra agora