Quinta, 18:50
Irei começar a contar a história de Samantha, vulgo euzinha, com uma simples pergunta:
Você acredita em vampiros?
Se sim, não se preocupe você não é louco. Essas pragas existem mesmo, em toda parte, pode ser seu chefe, sua prima, a garçonete daquele restaurante no centro.
Mas eles não são iguais as lendas. Esqueçam o alho, água benta e até mesmo a luz do sol. Eles não são brancos que nem papel (já conheci alguns bem bronzeados), as únicas coisas que diferenciam eles dos humanos, é o apetite por sangue e as incríveis habilidades.
Então se você perceber que aquele cara da academia é extremamente forte, comece a desconfiar.
Só que tomem cuidado pois vocês podem acabar-
Minha linha de raciocínio é interrompida por um barulho atrás de mim.
Sabia que não era uma boa ideia pegar o atalho do beco para casa.
Me viro, mas não consigo enxergar nada. Quando penso que tudo não passou da minha imaginação, sinto uma respiração em meu pescoço e então...
-Nem pense nisso seu sanguessuga idiota! –Exclamei alto para Anthony.
-Hahaha! Você precisava ter visto a sua cara! –Riu o Vampiro cretino, com quem eu divido o apartamento.
Sim, você leu certo. Vai fazer um ano que conheci o meu colega de apartamento Anthony Robert.
Lembra quando eu mencionei que qualquer um pode ser um vampiro? Pois então!
Me mudei para cá às pressas e acabei me mudando para um prédio, nem me importei com o fato de ter que dividir a moradia com um homem. Até acordar no meio da noite e ver a peste bebendo uma bolça de sangue.
De qualquer forma, acabamos no entendendo, e estava tudo bem até ele começar a bancar o galanteador. E desde então, tenho que aguentar suas cantadas e piadas de duplo sentido. Apesar da minha vontade de esgana-lo, eu me detenho pois é ele que paga as contas. Por causa disso acho que posso aguenta-lo por mais algum tempo.
-Vamos logo para casa seu canalha! Estou cansada e só quero dormir no momento. –Disse morrendo de sono. Afinal foi um dia bem longo e exaustivo.
-Seu desejo é uma ordem, madame. –Brinca o Robert. Mas quando eu menos espero, ele me joga no seu ombro que nem um saco de batatas e começa correr com aquela velocidade vampírica idiota!
-Me larga seu cretino! –Gritei, enquanto olhava ao redor e via que tudo não passava de um borrão.
-Hahahaha! –Gargalhou o idiota correndo ainda mais rápido.
Ele só me soltou quando chegamos em frente ao prédio, entretanto, correu para o elevador, assim que me viu, praticamente, soltando fogo pelas ventas.
Cheguei no meu andar de escada. Quando entrei vi uma caixa de chocolates em cima da mesa.
-Uma oferta de paz. –Disse o palhaço, na maior cara de pau!
Mas como eu não sou besta, peguei a caixa e comecei a comer. Depois de tanto tempo morando com ele, percebi que não adianta de nada me irritar com essa praga.
-Vou para o meu quarto. Boa noite. –Fui em direção aos meus aposentos.
-Espera Samantha! Tenho algo para te falar. –Exclamou o Anthony, paro de andar e me volto para o mesmo. –Olha eu sei que isso é meio que do nada, mas, eu gosto muito de você! Mais do que um amigo, se é que podemos nos chamar assim. Em todos os meus 500 anos nunca conheci alguém como você Sam! Estressada, gentil, protetora e que nunca abaixa a cabeça para ninguém. Você é simplesmente única! E mesmo que eu tenha vários defeitos eu ainda quero ficar ao seu lado. Então podemos ao menos tentar?
-Claro... –Falei enquanto ele chegava mais perto.
Nossos lábios estavam quase se tocando.
-Que não! –Completei saindo de perto dele. Se ele acha que vai me conquistar só com palavras bonitinhas ele está muito enganado!
Fui para o meu quarto, deixando o idiota plantado no meio da sala, com uma expressão perplexa no rosto.
Para quem não entendeu, a Samantha acredita que ações falam bem mais que palavras e que para ela dar uma chance ao Anthony ele teria que fazer por onde.
Espero que tenham gostado!
Beijos!!

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Meu Sanguessuga Idiota
Truyện NgắnVocê já se imaginou morando com um vampiro? Esse conto irá mostrar um pouco do que a pobre Samantha tem que aguentar todos os dias. Espero que gostem! Boa leitura!!