Capítulo oito

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Depois do fatídico encontro acidental com o meu genitor, Itachi e eu decidimos ir atrás de Sasuke. Senti por Konan, queria ter a chance de me despedir dela e pedir desculpas por tudo, mas eu não podia simplesmente dizer que estava sendo cúmplice do traidor e que a presença de meu pai na organização me obrigou largar tudo e fugir as pressas.

Durante esses dias de viagem Itachi e eu não conversamos sobre o que aconteceu na cozinha, vez ou outra trocávamos carícias ou fazíamos sexo em alguma caverna ou lago. Mas em momento algum conversamos sobre o que estávamos fazendo.

Reunimos algumas informações que nos levaram até o antigo armazém Uchiha. Me surpreendi ao notar que o lugar abandonado ainda estava ocupado por Nekobaa, sua neta e os inúmeros gatos.

- Por que ele estaria aqui? – questionei seguindo a trilha de cascalhos que levava ao armazém principal.

- Ele precisa de suprimentos e sabe que aqui é o lugar ideal para...

- Itachi! – O som mais parecido com um rosnado saiu da boca do Uchiha mais novo me fazendo virar em sua direção. Ele estava parado em uma entrada mais afastada e pelo estado físico estava treinando, senti seus olhos sobre mim e decidi permanecer em silêncio.

O moleque nunca gostou de mim, não seria agora que as coisas iriam mudar.

- Mantou Orochimaru.

- Ele era só mais um passo para chegar a você ... Não sou mais o garoto fraco da aldeia da folha. Estou pronto para te derrotar e finalmente vingar o nosso clã – tirou a katana das costas.

Respirei fundo e comecei a andar em direção ao armazém, passei por Itachi e o encarei.

- Conte a verdade, estou esperando vocês lá dentro.

Sentia a oscilação no chakra de Sasuke e me impressionei com o poder que o caçula portava. Sorri de canto e adentrei na construção, pelo visto a nova geração de Uchihas era bem peculiar.

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Quase cinco horas depois e ambos adentraram a sala completamente feridos. O sangue fresco junto com uma sequência de hematomas provava que a conversa foi uma das últimas coisas que aconteceu.

- Que bonito, conversaram igual gente grande.

- Não enche, Izumi – Sasuke disse com raiva.

- Me pergunto onde estão os ninjas que te seguiam como cães? Aquela ruiva escandalosa estaria grudada em você nesse momento.

- Não é da sua conta.

Revirei os olhos e encarei Itachi, ele parecia bem mais ferido que o irmão e isso me deixou curiosa. Não era a primeira vez que eu via o estado que o mais velho ficava... Tinha algo estranho acontecendo com ele.

- Nekobaa – chamei – tem algum unguento ou medicamento que ajude com os ferimentos?

- Nada muito forte, melhor seria usar ninjutsu.

Fiz uma careta, nunca fui boa com isso. Foi então que notei que enquanto tossia Itachi espectorava sangue.

- Itachi... – Me levantei e fui em sua direção – O que você tem?

- Só estou fraco pelo combate – disse entre a tosse seca – eu preciso me deitar.

- Você está doente ... Olha pra mim – puxei seu queixo – Caralho, não minta.

Ele segurou o peito com uma das mãos e tentou controlar a tosse.

- Doença do sharingan... – foi a única coisa que disse.

Revenge - Eu quero vingança (Itazumi)Onde histórias criam vida. Descubra agora