Capítulo 19

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Lys

Quando Erick me deixou em casa e se despediu, eu ainda estava um pouco confusa, antes ele me levou para comer e conversamos, ele me olhava com curiosidade, eu não sabia o que dizer, ele era gentil e protetor como meu suposto pai jamais foi um dia.

Mais tarde fui na casa do Alberto e ele não estava, mas acabei encontrando a irmã dele, Mia.

_ Lys, você por aqui? Aconteceu alguma coisa? _ Mia é linda, parece com o Alberto, mas de uma maneira diferente.

_ Eu vim conversar com o Alberto. Mas pelo visto ele não está.

_ Ele deve ter ido viajar ou está no hospital. Vou ligar lá.

No fim Alberto não estava no hospital, disseram que ele tirou uns dias de licença. Então fomos embora.

No passar dos dias tentei falar com Alberto, mas sempre dava desligado, eu decidi contar para ele sobre a gravidez. Erick e eu estamos nos encontrando sempre, ontem eu tive uma crise de choro e acabei chamando ele de pai e claro que ele me acompanhou nas lágrimas, foi uma sensação estranha e diferente, eu sempre quis que meu pai fosse outra pessoa, que ele fosse alguém como Erick é, e realmente meu pai é outro e ele me deixa tão tranquila que agora quero ver ele todo tempo, é incrível como eu me pareço com ele nas atitudes.

_ Oi filha, como você está? _ ele me abraça quando me vê, e sim, eu poderia abraçar ele o dia todo, como eu sentia falta disso.

_ Pai _ ele sorri, eu odiava essa palavra, mas agora, meu Deus, tô parecendo uma louca _ eu estou bem, quero conversar com você, tá ocupado?

_ Para você? Nunca, vem, senta aqui _ puxa a cadeira para mim _ o que foi, meu anjo?

_ Primeiro, minha mãe está viva, eu não contei antes porque...

_ Não confiava em mim, tudo bem. Eu te entendo, então quer dizer que a mulher da minha vida está viva, meu Deus.

_ É, mas pai, ela tem outra pessoa, o Fred faz ela tão feliz, cuida dela como ela nunca foi cuidada.

_ Ah _ vi a tristeza no olhar dele _ tudo bem, amar a pessoa é querer ver ela bem, e só de saber que ela não está mais com aquele ser humano ridículo, eu fico feliz.

_ Sim, ele é incrível. E pai, o Charlie, ele não morreu também _ ele arregala os olhos _ eu descobri a mais ou menos dois meses, ele ficou sem memória muito tempo depois que aquele homem maldito tentou matar ele e o namorado, disse que não nasceu pra ser pai de viado.

_ Não mesmo, por isso que ele é o meu filho e não dele, eu juro filha que quando eu encontrar esse homem eu mato ele. E onde seu irmão está?

_ Ele mora na Suiça com o marido, Léo e os filhos, Isis tem cinco anos e Ryan, três.

_ Eu sou avô _ ele ri satisfeito, essa é a atitude de um pai, meu Deus, como eu esperei por um momento desse _ eu sou avô, eu tenho que conhecer meu netinhos.

_ Sim, ele vem no próximo mês, vou levar ele para ver a mamãe, se você quiser ir conosco vai ser bom.

_ É claro que vou, vai ser um prazer, eu vou poder matar a saudade do amor da minha vida, que está feliz, só de saber isso eu já fico feliz.

_ Pai, eu não queria te contar isso, porque eu tenho medo daquele homem acabar com tudo, mas se acontecer alguma coisa comigo, quero que vá atrás da minha mãe e do meu irmão, e cuide deles.

_ Eu não vou deixar nada acontecer com você meu amor, eu te perdi antes mas dessa vez eu não vou te perder de novo não, eu tô aqui e ninguém vai separar a gente.

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