Capítulo I

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Point of view Rafaella

Me obriguei a assistir Gizelly se abraçar com Marcela, não era a cena mais motivadora pra mim, mas eu sabia o quanto ela era importante pra minha mulher e aquele reaproximação a faria feliz. Minha vontade era arrancar meu furacão dos braços daquela dissimulada falsa, mas magoaria minha garota, e aquilo jamais.

— Então, foi isso que aconteceu, espero que me perdoe, Gi, foi tudo um mal entendido. — Marcela comentou e tive vontade de revirar os olhos. — Não acredite se inventarem que falei mal de ti, sabe que sou sua amiga e te amo, né, amor da minha vida?

Sua voz "doce" era tão forçada que me dava vontade de vomitar, eu não aguentaria mais um segundo daquela criatura falando de maneira tão íntima com a minha mulher.

— Sei, Ma! — riu e se soltou dos braços da loira.

— Gi, amor... — Cheguei por trás dela abraçando sua cintura e beijei seu pescoço, sentindo ela se arrepiar em meus braços. — Vamos embora, estamos atrapalhando a Marcela de trabalhar, a aula de educação sexual dela já vai começar... — Fingi me preocupar com a rotina da loira, mas tanto eu quanto a "fada insensata" sabíamos que eu só queria tirar a Gizelly de perto dela.

— Que é isso, a presença da Gi nunca me atrapalharia... — responde olhando diretamente pra mim, mas finjo não me atingir com aquela provocação. — Seria bem prazerosa, na verdade, você deve disso...

— Eu sei bem como a companhia dela é prazerosa, Marcela. — respondo no mesmo tom provocativo que ela. — É por isso que tenho pressa de tirá-la daqui do seu escritório... já que suas pendências já estão conversadas, chegou a hora de eu resolver as minhas com ela...e com sua companhia prazerosa, claro. — Beijo a bochecha de Gizelly que sorri em negação, eu sabia o quanto ela achava nossa richa boba, mas preferia ignorar para não gerar discussões. — Vamos, vida?

— Vamos, minha deusa! — Beija minha bochecha e se solta dos meus braços para se posicionar ao meu lado, segurando minha mão direita. — Tchau, Ma, falo contigo depois! — Acenou com a mão livre e fomos andando em silêncio até o estacionamento e entramos em meu carro.

Eu sabia que ela não se importava tanto com minhas farpas trocadas com Marcela, mas quando a minha irritação passava "um pouco" eu me sentia envergonhada, ela não fazia nada que mexesse com minha insegurança, mas ainda assim eu não conseguia controlar.

— Tá calada, amor... — olho em seus olhos e me sinto envergonhada por ter a feito novamente passar por aquela ceninha. — O que foi, neném?

— Você me acha insegura? — baixo meus olhos e brinco com meus dedos, tentando amenizar meu nervosismo. — Sabe... — Suspiro pesado, eu sabia que ela me respeitaria e me permitiria falar antes de dizer qualquer coisa. — Eu odeio ter que sempre te fazer passar por isso, e sei que você acha algo infantil... não queria ser tão insegura, mas eu sinto que ela quer te tomar de mim, entende?! Essas garota não é tua amiga realmente, e já te fez tão mal, mas sei que mesmo assim isso não me dá direito de fazer essas coisas, só que ela me provoca, Gi!

Senti lágrimas descerem por minhas bochechas e tive ainda mais raiva de mim mesma.

— Amor, você tá chorando por isso? — Segurou meu queixo e me fez olhar em sua direção. — Eu sei que ela não é flor que se cheire, não sou tapada a ponto de não notar que ela te provoca... — acariciou minha bochecha e sorriu. — Por isso não me importo com nada disso, eu sei que ela te atenta. — riu e revirei os olhos sorrindo também. — Na verdade eu até acho fofo esse teu ciúmes por mim, ter Rafaella Kalimann toda protetora comigo é algo que nunca vou me acostumar, porque aos meus olhos eu quem deveria ter insegurança, porque você é uma deusa e eu só sou... eu. — Neguei aquilo. — Xiu, deixa eu falar... mas mesmo eu também tendo insegurança as vezes, eu não me deixo abalar porque sei que a gente se ama e isso é de verdade. Não importa quem tente atrapalhar, você é minha e sou sua.

Minha!

— Minha é? — Perguntei com um sorriso lascivo nos olhos e ela bateu em meus ombros me repreendendo. — Será que posso ter a honra de levar minha mulher para minha casa para aproveitar a sua prazerosa companhia a noite inteira? — aproximei meus lábios dos seus e ela sorriu de lado.

— Acho que tua mulher é muito sortuda por você se sentir tão honrada assim em ter ela, mas como você vai aproveitar algo se não ligar o carro? — questionou erguindo a sobrancelha e um bico se formou em meus lábios.

— O escritório dessa criatura tinha mesmo que ficar na puta que pariu? — bufei pensando na distância que meu apartamento ainda estava.

— Mas se emburra por tudo essa minha namorada. — mordeu meu ombro e sorriu sapeca, pelo retrovisor vi ela aproximando os lábios do meu ouvido e quando senti seu hálito quente me arrepiei inteira. — Liga logo esse carro e tira a gente daqui gostosa, tô louca pra te dar.

Senti minha boceta contrair só com aquele pedido e não tardei mais um segundo para mudar a embreagem e pisar fundo no acelerador, fazendo Gizelly rir com o solavanco que aquilo ocasionou por causa da minha pressa.















N/a: Hey, bbs, como estamos??

Para dar uma resumida e aviso prévio a todos, essa história não contará com todo um enredo melodramático e elaborado, fiz apenas com o intuito de mostrar algumas cenas candys e quentes desse shipper lindo e cheiroso, espero que se interessem. 💖

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⏰ Última atualização: Apr 09, 2020 ⏰

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