Antes que leiam esse capítulo extra, que foi um dos capítulos que mais amei escrever, isso não é plágio ou algo do tipo. Eu sou a mesma escritora da fic MAS acabei perdendo a outra conta e queria postar esse capítulo porque é minha fanfic favorita que escrevi e que tem muitos leitores, então vou colocar o link aqui no perfil para lerem a primeira temporada. Espero que gostei e me digam o que acharam, se talvez eu deva fazer um especial de MoonSun ou se quiserem me mandar mensagens no twitter, link no meu perfil. É isto, boa leitura.
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Nós aprendemos o que é um ciclo logo de cara, quando ainda somos crianças. Nós perdermos dentes de leite logo na infância, porque a vida precisa e precisamos entender, desde cedo, sobre o que a gente precisa abandonar para dar lugar ao algo muito mais saudável e melhor. Mas aí vem a história da fada do dente, que é mais sobre promessas mentirosas, histórias que nunca vão pra frente ou algo do tipo, é acreditar em algo ou em alguém que é mentira mas mesmo assim prefere acreditar, então por ingenuidade colocamos embaixo do travesseiro por que perdemos um pedaço de si e 'doeu', e aí queremos guardar as memórias e tudo aquilo, as profundezas, queremos guardar por debaixo da pele e até mesmo da cama. E então nós crescemos, criamos formas e pensamentos, e aí os dentes param de cair, paramos de perder algo pequeno e branco e começamos a perder pessoas, o amor e outras coisas e aprendemos da pior forma que o que a vida nos tira ou coloca na nossa vida, silenciosamente, é para algo maior, para aprendermos ou não com a dor.
Jung Wheein não perdeu só dentes e essas coisas. Perdeu o seu grande amor, duas vezes. HyeJin e ela mesma, perdeu seu amor próprio e doeu mais do que quando arrancou dois dentes de uma vez, chorou mais do que naquele dia pois chorava apenas pelo o susto e não porque novamente deixou se perder mais uma vez. Claro tinha María mas não queria ser mais vazia do que estava sendo com a namorada, porque a machucava mais, porque a garota de cabelos laranjas era perfeita em cada pedacinho e estava cansada daquelas coisas, queria conhecer a si mesmo e quem sabe o mundo.
Wheein descobriu que pintar o cabelo de várias cores ou uma só era legal mesmo que o olhar de reprovação da namorada viesse aparecer, descobriu que gostava de andar por aí seja tarde da noite com as janelas do carro abertas e era engraçado quando de vez em quando María entrava na dela, agora gostava de ter pequenos encontros secretos com a alaranjada porque nem sempre tinham paz por conta da beleza e sucesso da outra mas não era uma coisa que a incomodava pois gostava de ver o sorriso sincero de quem ama, descobriu que precisava conhecer novos lugares que nem soubesse pronunciar sem estar na sombra da outra porque isso era desconfortável pois não queria respirar apenas pela a amada. Era desconfortável também os flashes das câmeras todas as vezes que saíam pois a lembrava e escancaravam coisas que não gostava de ter e sempre descandeavam uma crise. Mas era confortável quando estava no paraíso com María, só as duas no quarto fazendo com que os toques fizesse a namorada soltar melodias pelos os lábios, os mesmos toques era considerados bençãos para Jung.
Mas com o tempo, assim como o inverno relações esfriam, o que chegou tão injustamente para ambas. Esfriou também o corpo e amor próprio de Wheein, o que era assustor demais. Porque com essa mudança tão repentina, com brigas e mais brigas que talvez sejam até inúteis e sem sentido, fazia com que Jung se tornasse estranha até pra si mesma e esse era o problema, se tornava mais pequena e sozinha no vasto planeta de possibilidades. E a possibilidade que passava em sua cabeça de "Tudo bem, mas e se eu ter que deixá-la ir por bobeira minha?" não era legal, porque não era nenhuma bobeira, porque no fundo sabia que precisava se encontrar e deixar de se machucar por uma pessoa totalmente ilesa e que talvez esteja tão cansada quanto ela.
(...)
Nos primeiros dias, Wheein ia bem que até se sentia orgulhosa, se sentia bem na nova casa com os seus três gatinhos: Blue, Richie e Nick'. E nem pulava suas importantes refeições, o que pra ela era um grande avanço mas algo sempre via e a incomodava, como se o tempo parasse então inúmeras coisas e pessoas, duas em especial, vinha em seus pensamentos e então nem tentava esquecer delas e só confirmava, dói perder brinquedos quando somos crianças porque na nossa imaginação era um pedaço de nós, era um pedaço que nos fazia feliz mas acima de tudo dói você ter criado uma dependência de um objeto que sem mais e nem menos suma de nossas vistas, mas, agora imagina isso quando crescemos e isso se torna o triplo daquela dor porque ao invés de brinquedos, talvez até um pouquinho bobos, são pessoas com quem convivemos e não dá, não tem como, a não ser que tenha uma Amnésia de manhã, esquecer daqueles olhos e da voz que era sua favorita no mundo. Mas Jung Wheein estava indo bem, muito bem, mas a solidão a incomodava um pouco e tudo bem também. E então aos poucos, com as terríveis nuvens de 40 dias de dilúvio indo embora e o sol vinha reinar lentamente fazendo com que o coração da azulada voltar ao conforto de meses atrás que nem se lembrava.
Wheein gostava de ter a metáfora de que no momento era uma flor murcha, que raramente gostava de admitir que seu coração esta rasgado como uma folha qualquer que jogamos no lixo e que talvez pudesse voltar a quebrar com a partida de outro amor seu e em outros caminhos, até mesmo nessa vida, ela não sabia e nem poderia saber mais, que fosse o grande amor da sua vida, porém sabia que tinha que cuidar e adoçar seu primeiro amor verdadeiro: Ela mesma.
E eu entendo que você odeie esse final tanto quanto eu, mas às vezes é preciso com todas as letras e significados que você tenha que ser doce e cuidadosa como uma criança consigo mesmo, porque não dá pra você se diminuir pra caber numa pessoa que nem sempre vai ter diâmetro e compaixão por você. Nós sabemos, María foi tudo pra Wheein, foi ela que a salvou de todos os seus demônios e sim, Jung era completamente grata por tudo, por todos os míseros detalhes. Mas entendem que não podemos continuar com algo que nos machucam que pequenas gotas de sangue dropem do nosso coração, por mais que amamos uma pessoa incondicionalmente. Então, podem demorar segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos incansáveis, Wheein pode se encontrar e reencontrar o sua alma gêmea, sendo o anjo de cabelos alaranjados ou outra pessoa, mas que a cima de tudo seja saudável e amoroso. Do jeito que HyeJin sempre a desejou.
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Party Favor PT.2 -{Wheesa}
FanfictionUma pequena deixa num final extremamente doloroso e talvez feliz pra o seu grande amor e único.