《 Escape 》jjk + pjm

Cap.18 Sem preocupações

Certos lugares servem de modelo para outros,e em Incheon não era diferentes.
O presídio modelo em todo território Coreano abrigava os piores tipos de presidiários com os piores tipos de comportamentos,graças a sua segurança máxima nunca houvera uma única fuga em todos os sessenta anos de história que carregavam aqueles muros de vinte centímetros de concteto.
Os detentos tinham horários rígidos a seguir e tarefas individuais a se fazer,porém no horario de almoço podiam perambular pela área de lazer que lhes era disponibilizada,mas Namjoon preferia ficar em sua cela lendo pela terceira vez o mesmo livro escrito por Hermann Hesse.
Seguiria deitado no colchão duro do beliche se não fosse as duas batidas no metal da sua cela,que se encontrava aberta como todas as outras. Desviando sua concentração das páginas amareladas,vê Yuji com suas costumeiras tatuagens a mostra apoiado do lado de fora. Namjoon já havia ganhado sua confiança e se familiarizado com os integrantes daquele grupo de rebeldes, por isso não era tão incomum que Yuji estivesse a sua procura. Com um único movimento de cabeça,Namjoon soube  que o tatuado estava o chamando e mesmo a contra gosto o platinado se levanta e o segue para fora da cela em direção ao refeitório que naquele momento estava quase vazio já que o restante dos presos estavam na área de fora. Numa mesa estava os homens de Yuji esperando por seu retorno,e quando o mesmo se senta todos ficam em silêncio aguardando seu pronunciamento.

-Diz 'pra gente oque você ouviu__ o tatuado diz para um dos homens que estavam na mesa.

-Bem,eu estava fazendo as minhas tarefas de hoje e escutei dois policiais conversando no corredor...__ Em Incheon cada preso tinha afazeres em pelo menos três dias da semana,coisas como trocar lâmpadas,limpar os banheiros ou esfregar o chão e naquele dia em específico era dia daquele homem limpar o chão.

-Eles estavam dizendo algo sobre a chegada de alguns presos novos e também reclamavam que esta ficando muito cheio aqui... pelo menos vamos ter novos caras pra não divertirem__ homem ri fazendo outros o acompanharem,mas não Namjoon,Namjoon tinha expressão preocupada por que alguma coisa o dizia que aquilo não era bom,só não sabia se era a nova leva de presos ou o assunto da superlotação.
Após voltar para sua cela querendo evitar muito contato com o bando de delinquentes que agora era sua "gangue",Namjoon se deita tendo em mente que só queria acordar na hora do jantar,mas infelizmente desejos não se realizam e seu sono é interrompido quando um falatório muito alto do lado de fora começou a incomoda-lo.

-Oque tá acontecendo?__coçando os olhos ainda sonolento e desnorteado, pergunta para o senhor da cela ao lado que se apoiava na grade de proteção do 2°andar.

-Carne nova__o mais velho aponta com o queixo fazendo Namjoon se aproximar e olhar para baixo.
Uma fila de presos com roupas alaranjada andavam com as mãos na cabeça cercados por policiais armados,em todos os andares de cela havia presos gritando,ameaçando e jogando coisas em cima deles. Eram verdadeiros animais primitivos na visão de dele. O presidio fervia quando se tinham essas levas de "carne nova" pois dali sairiam as novas putinhas e empregados dos mais fortes que só estavam esperando para ver quem iria para o 3°andar,o pavilhão de crimes sexuais.

-Todos os detentos de volta à suas celas!__ a voz robotizado do diretor da prisão ecoa pelos alto falantes fazendo toda a gritaria diminuir e aos poucos voltarem um por um as suas celas que não tardam em fechar todas ao mesmo tempo.

Apenas querendo voltar a dormir o platinado ameaça deitar-se mais uma vez e novamente é impedido quando o barulho da sua cela sendo aberta de forma mais interessante que seu colchão duro.

-Conheça seu novo companheiro de cela,depois do jantar vão vir te buscar__é oque um polícia diz após jogar um homem grande em sua cela e tranca-la novamente. Parece que paz é oque ele não teria. O platinado não queria socializar pois para ele tanto fazia dividir a cela com alguém contando que o alguem não quisesse conversar.