CAPÍTULO 01

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[ESSA É SEGUNDA TEMPORADA, É PRECISO LER A PRIMEIRA TEMPORADA PARA TER MELHOR ENTENDIMENTO DESSE LIVRO AQUI].

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"Ela disse:
Venha para sombra amarga, vou te envolver em meus braços e você saberá que foi salvo. Deixe-me assinar... Deixe-me assinar... Não posso lutar contra o demônio, então deixe-me assinar".
Let me sign - Robert pattison.


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NATASHA


ㅡ Oh, Deus... ㅡ Exclamei colocando a mão sobre a boca.

Sentada sobre o chão frio meus olhos fitam o vazio enquanto as ondas de negação serpenteiam sobre meu interior.

O cômodo escurece e pequenos pontos pretos interrompem minha visão.

Respiro fundo por alguns segundos até sentir confiança o bastante para me levantar.

Quando o faço pareço ter perdido o controle sobre minhas pernas que se negam a moverem-se.

E assim permaneço paralisada em meu lugar, chocada demais para qual quer reação.

Três meses.

A três meses estou atrasada.

Nem alguém com pouco conhecimento como eu, mesmo não tido uma mãe ou responsavel para me explicar sobre o conceito da concepção e todo seu processo sei que algo nao está correto.

Como não percebi antes?

Só há uma explicação para isso, algo que eu não consigo nem pronunciar.

Oh, meu Deus, meu Deus...

ㅡ Natasha.

O chamado de Renato anuncia a sua chegada.

Ele havia sumido antes de eu acordar ㅡ o que se tornou um hábito ultimamente.

Eu não faço a mínima ideia de para onde ele vai quando isso acontece e francamente prefiro não saber.

As coisas funcionam desse jeito: Ele não diz e eu não pergunto.

Depois do que conversamos a um mês atrás quando eu decidi que a vontade de estar com ele era mais forte do que todo o resto, entramos em um tipo de trégua.

Eu não posso mudar quem eu sou do mesmo modo que ele também não.

Então vivemos essa fantasia em que tudo que importa é o que somos um com o outro, aqui sobre esse teto, sobre essas condições.

O que ele faz lá fora... não cabe a mim responder.

Porém isso aqui muda tudo. Não é algo apenas externo. E isso que me apavora. Me apavora muito.

ㅡ Estou aqui. ㅡ Respondo ansiosa temendo que ele perceba a tensão em minha voz.

Esconder algo dele não é e nunca foi o melhor remédio porém nesse momento não posso falar sobre isso com ele.

Não quando eu mesma não sei o que sentir, o que pensar.

Sinto que estou caindo em um precipício sem poder gritar por ajuda para a única pessoa que poderia me salvar.

ㅡ Pensei em comer uma coisa diferente hoje. ㅡ Renato aparece na soleira da porta do quarto, sua calça preta surrada e uma camisa da mesma cor.

A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora