CAPÍTULO 07

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Maratona 3/5

RENATO

[Meses depois]

É noite e eu estou voltando para casa. Não saio por mais de algumas horas nos últimos dias. Natasha pode precisar de mim e já é ruim o bastante que ela tenha velocidade de uma tartaruga e a coordenação de um bêbado.

Eu não conseguia ter a concentração que preciso enquanto estava fora em minhas caçadas se tudo que eu conseguia pensar era nela tropeçando, caindo e se ferindo gravemente ou pior, morta.

Um movimento a distancia me chamou atenção.

Me camuflei facilmente entre os arbustos, mantendo meu corpo e rosto fora do alcance de curioso antes de avaliar a situação.

A pelo menos trinta pés de mim se encontrava uma mulher.

Sozinha.

Então ela se virou e eu arregalei os olhos.

A mulher parecia tanto com Natasha que por um momento eu paralisei. Eu estava vendo coisas? Mas não era minha cabeça que me pregava peças e sim uma pessoa muito parecida com ela.

Analisando melhor percebo que nao ha como ser sara neste momento. Esta não estava nem um pouco gravida e eu podia notar pequenas linhas de expressao ao redor ds olhos que motrava que ela tem uma idade mais avançada. Suas roupas embora simples; jeans e blusa de manga larga, eram de boa marca. O cabelo do mesmo tom do Natasha apenas cortado menor.

Malditamente assustador.

A semelhança era obvia e me senti fascinado instataneamente. A mulher agora olhava em direçao ao pulso e parecia apreensiva. Estaria machucada?

Aguço o olhar para ter uma visão melhor. Um relógio! Esperando alguém? Neste lugar, tão tarde da noite?

Interessante.

Ela coloca a mão no bolso do jeans e tira um papel que parece ter algum tipo de valor emocional porque em seguida ela o beija e olha pra ele como se fosse a maldita salvação. Ela olha para o relógio de novo.

Vamos... o que você esta esperando?!

Atrás de mim luzes encadiaram a escuridão da estrada e eu me virei com os olhos cerrados.

Farois.

Aperto o capuz mais apertado sobre o rosto.

Duas picapes aproximaram até a hora que pararam ao lado da mulher. Eu esperei que ela gritasse ou ao menos expressasse medo.

Tudo menos o alivio que inundou o rosto dela.

Aquela mulher era louca? Ela não sabia o perigo que corria no meio do nada, rodiada de árvores e escuridão?

Descendo das picapes ao menos 7 homens estavam ali, 4 deles levavam rifles nas mãos. Dois cachorros grandes estavam com coleiras em forma de arame no pescoço por outro homem.

A mulher arregalou os olhos mas logo voltou a compostura. Ela gesticulava enquanto falava algo imcompreensivel; Merda, eu estava muito longe para escutar alguma coisa, mas ela parecia dar instruçoes.

Os homens acenavam em concordancia, alguns seguravam as armas como se estivessem com medo. Parece que o que quer que isso começou, a incerteza começou a crescer entre o grupo até que um deles, gordo e com bigode pontudo falou levantando o rifle para o alto.

A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora