Enquanto Soobin estava no banho observei todos seus retratos, e livros, na estante de sua sala. Nada muito exagerado, mas o suficiente para mostrar o quanto ele é apegado a família. Principalmente sua irmã, que pude saber quem era só pela descrição de Soobin no dia de nosso encontro.
E ela é a menina mais fofa que já vi, não sei como o destino teve coragem de tirá-la do Choi. É realmente uma pena, mas espero que ele a encontre um dia. Talvez em breve.
Por falar em Soobin, já havia muito tempo desde que ele entrou no banheiro. Será que eu devia dar uma olhadinha? Não, pode ser que esteje tudo bem. Mas e se algo aconteceu? Aaaaa... que indecisão!
Que se dane, vou ir dar uma espiadinha. Se ele estiver bem, ok. Se não, vou ajudar. Subi as escadas correndo, ou tentando, aquela casa era um pouco grandinha. Chegando mais perto consigo escutar o barulho da água caindo no chão, e vejo que a porta estava com uma fresta aberta.
Tento chegar mais perto, mas congelo quando o chuveiro é desligado. Sem saber o que fazer, corro para um quarto da casa. E... droga! Era, justamente, o seu quarto!
- Calminha, Yeonjun. - Agora já era tarde para sair, eu teria que improvisar. Me jogo embaixo da cama, na esperança de não fazer nenhum barulho, mas acabo batendo a cabeça em uma das sustentações de madeira. - Auch! Droga!
Nesse momento a porta é aberta, e Soobin parece estar surpreso, sem contar que estava segurando uma risada. Com a toalha envolta de sua cintura, mostrando seu abdômen, ele vem até mim. Me ajuda a levantar, enquanto tenta encostar em minha cabeça, para ver o machucado. Mas não o deixo.
- Deixa eu ver, hyung. - Eu não queria que ele visse, pois, se não, eu teria que dar explicações de o que eu estava fazendo dentro de seu quarto. - Yeonjun!
- Não, Soobin! Você não precisa olhar, não quero que você pense que eu estava bisbilhotando, ou coisa assim. - Ele para de tentar encostar em meu machucado, e escorrega as mãos na direção da minha cintura.
- Eu não pensaria algo assim de você, só quero ver como está. Se precisa de curativo, ou não. - Abaixo minhas mãos convencido, deixando a vista o roxo que se formou na minha testa. - Uau! Está um pouco feio.
- Acha que precisa de um curativo? Não parece estar sangrando. - Levo minha mão ao machucado, e dou um gemido de dor ao encostar. Sinto uma leve ardência - Auch!
- Hey! Não encoste. - O moreno afasta minha mão, para que eu não tente mais levá-la à cabeça. - Espere lá embaixo enquanto troco de roupa. - Ele vai me guiando até a porta, ainda com sua toalha na cintura. - Já venho cuidar de você.
- Eu não preciso que cuide de mim, Choi Soobin. - Falo em um tom provocativo, mas ao mesmo tempo está bravo pela sua fala. - Não preciso que ninguém cuide de mim, eu sei me virar.
- Ok. Posso fingir que acredito nisso? - Olho para ele desacreditado, como alguém pode ser tão... tão... assim!? - Qual é, Junie? Eu estava brincando.
- Do que você me chamou, Binie? - Começo a rir quando o mesmo fecha a porta em minha cara. Realmente dramático. - Qual é Binie? Eu estava brincando. - Imito sua voz uma única vez, antes descer as escadas.
Fico pensando o que Soobin vestiria. Claro, ele fica maravilhoso em tudo que se pode considerar roupa. Principalmente com aquelas... Meu Deus! O que eu estou pensando? Hora de voltar pra realidade.
Começo a dar umas batidinhas em meu rosto, na intenção de tirar o pensamento impuro da minha cabeça. Aonde vou parar assim?? Desde criança me ensinaram a ser um exemplo, não pensar essas bobagens. Não seria agora que eu faria isso, por um mísero homem que está me deixando louco.
- O que você está fazendo? - Olho para ele, agora vestido, rindo provavelmente de mim. É claro que é você Yeonjun! Não tem mais ninguém na casa.
- Para de rir de mim! Por acaso sou palhaço? - O olho incrédulo. Nem seu corpinho agora ameniza. - Me responde, quero ver. Melhor... escutar.
- Eita. Está bravinho, é? - Soobin começa a chegar mais perto, descendo o último degrau que faltava. Chegou há um metro de distância, esticando o braço para encostar em meu nariz. Um simples toque, mas que me acalmou completamente.
- Desculpa por isso, não era pra você ver. - Falei, desta vez calmo, envergonhado. Olhando para meus pés, sem ter coragem de olhá-lo no rosto. - M-me desculpa. - Soobin, então tratou de levantar meu rosto com um de seus dedos. Me olhando, diretamente nos olhos.
- Você não precisa pedir desculpas por ser você. Afinal, é isso que quero. Você, Choi Yeonjun. - O momento que eu tanto esperava poderia acontecer hoje, e eu estava eufórico por dentro. - Eu quero você em todos os sentidos, de todos os jeitos. Pensei que já sabia.
Eu só estava aproveitando cada toque da sua mão em meu rosto. Passando e deixando leves carinhos. Eu parecia um gatinho manhoso, em busca de atenção e toques.
- E-eu também. - Falo em um tom baixo, acho que o suficiente para não se escutar. Mas mesmo assim, me custou uma baita coragem.
- Você também o que? - Soobin chega mais perto. Querendo acabar com a distância, ele me puxa pela cintura. Como eu queria sentir isso, durante toda a minha vida.
- Eu também quero você, Choi Soobin. - Dessa vez falo em alto e bom tom, para que ele escutasse cada letra que saisse de minha boca. Parte do corpo que, se dependesse de mim já seria dele há um bom tempo.
Assim, nosso momento se torna um segundo para acontecer. Seus lábios chegando cada vez mais perto, e suas mãos apertando cada vez mais minha cintura. Nossas respirações ficando mais pesadas, e a distância de centímetros parecendo quilômetros. É assim que nos sentimos, antes de explodir totalmente.
Espero que tenham gostado❤
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Até a próxima!
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Macchiato
Fanfic❛❛Yeonjun trabalha em uma cafeteria no centro de Seul, é um menino doce e tímido. Já Soobin é o chefe do departamento de buscas, que adora cafés. Uma vez, ele e Beomgyu resolvem experimentar o café da nova cafeteria, há algumas quadras da delegacia...