Capítulo Sessenta e Oito.

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Boa leitura!

~•~

Chegou o dia. É hoje. O momento tão temido por mim. Me preparei para quando a hora chegasse, mas parece que não foi suficiente. Eu não vou chorar, não posso chorar. Não quero passar por fraca, mas a separação é tão dolorosa.

— Pelo amor de Deus, Lucy. Você só 'tá indo trabalhar e não se mudando. – ele disse impaciente. 

Eu estava indignada com essa atitude dele.

— Você é tão insensível, Natsu! – apertei mais o abraço em volta de Nashi. — Eu passei 9 meses com ela dentro da minha barriga e depois mais 7 com sua presença. Não é fácil! – dei um beijinho na sua bochecha.

— Dá! Dá! Aah!

— Viu? Ela concorda comigo. – a sentei no meu colo. — A mamãe vai sentir saudades, muitas! Você vai sentir saudades da mamãe? Vai?

— Eu vou sair sem você. – levantou e pegou sua mochila.

— Vai e eu faço greve. – falei sem tirar os olhos dela. 

Ele sentou onde estava antes.

— Dá! Dá-Dá! Dá! Má! – exclamou enquanto mordia o mordedor.

— Eu também te amo, minha princesa. – a abracei novamente e chorei.

— Aff, Lucy, para com essa cena e vai trabalhar. – minha mãe disse e tirou a menina do meu colo.

— Ooooh! Má-Má! – esticou os braços para mim e choramingou.

— Nossa, eu 'tô cercada por pessoas insensíveis.

— Eu já passei por isso, minha filha, e por esse motivo não tenho paciência 'pra ficar assistindo.

Beijei sua mãozinha e ela soltou uma gargalhada. Ah, quem precisa de emprego?

— Eu mudei de ideia. Não vou mais trabalhar. Isso é muito 'pro meu coração de mãe, né, meu amor? Mamãe vai ficar aqui com você. – beijei os pezinhos. — Uaah! – levei um susto quando Natsu me pegou no colo. — Me põe no chão! – sacudi as pernas e Nashi seguia gargalhando. 

— Não! Você vai se atrasar e eu vou me atrasar! – virou para a porta, mas deu a volta. — Layla, por favor. – ela assentiu e pegou nossas mochilas. — Obrigado. – continuei batendo as pernas. — Tchau, princesa.

— Me põe no chão! – ele ignorou e saiu em direção ao carro, que já estava do lado de fora. — Natsu, eu 'tô de saia, todo mundo vai ver minha calcinha.

— Será um show de qualidade 'pra eles. – disse rindo.

— Idiota! Me põe no chão!

Minha mãe, aquela traidora, abriu a porta do carro. E Nashi? Seguia rindo e dando alguns gritinhos. Ele me colocou no banco do passageiro e bloqueou o carro para que eu não tivesse chance de sair. Deu um beijo na pequena, pegou nossas mochilas e quando desbloqueou o veículo, minha mãe encostou na porta. Ela sabia que eu não empurraria, pois elas poderiam cair.

A traição vem de todos os lados.

Ele buzinou e ela desencostou, logo o carro se moveu. Desci a janela e acenei para Nashi. Mamãe segurou o bracinho e acenou de volta. 

Eu podia ver que ela estava chorando.

— TCHAU, FILHA! MAMÃE JÁ VOLTA! – coloquei a cabeça para fora.

— Vai bagunçar o cabelo, borrar a maquiagem e amassar mais ainda essa blusa social.

Fechei a janela e olhei indignada para ele.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora