HORTÊNSIA CAPÍTULO 46.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

HORTÊNSIA capítulo 46.

NÃO Á PERDÃO PARA TRAIÇÃO.

Eu fiz o que ele me pediu, eu me afastei de Ruan.

Eu não duvidei das palavras do coronel, eu olho dentro dos olhos de Ruan e não consigo confiar nele neste momento. Mas eu confio no demônio, mesmo sabendo da sua alma sombria e seu caráter perverso. 

Sem mira-lo nos olhos, apenas pelo som das palavras que saem pela sua boca em forma de suplica, chamando aos berros pelo meu nome. Palavras essas que sinto dentro do meu ser, ser verdadeiras.

É loucura, não é? Sim é loucura, a minha alma e o meu coração se sente calmos somente em saber que ele está aqui por minha causa. Ruan se agita nervoso passando as mãos sobre o cabelo atormentado, desinquieto.

De repente os gritos do lobo param, ficando em silêncio. 

Não ouço mais os gritos esbaforidos do Coronel, somente a chuva, e a voz de Ruan que se faz presente no pequeno comodo.

-Eu não devia ter aceitado o que ele me pediu. Me olha de forma arrependida. -Agora estando aqui na sua frente eu me arrependo do que ia fazer. Dei um passo atrás, a visita que me fez sorrir e alegrar meu coração agora me deixa confusa.

-Ruan do que está falando, quem te pediu o que, do que está arrependido? Seus olhos marejados me fitaram com remorso. Do que ele está falando.

-Cezar, me mandou aqui. A pronuncia do nome de Cezar me deixa com uma pequena confusão mental. -Cezar, não estou entendendo, porque ele te mandaria, vocês nem se bicam, porque atenderia um pedido dele, você sempre o detestou?! Ele se, pois, a pensar levando as mãos nos cabelos os bagunçando.

-Eu não o detestava, eu fingia. Senti o impacto da mentira. - Eu sempre o amei. O impacto foi ainda maior, senti minhas pernas tremer. -Um amor que pertence somente a mim. Meus olhos se abriram, junto com minha boca, levei minha mão direita nos lábios chocada.

-Eu mentia que o detestava. Meu coração acelerou. -Enquanto você suspirava apaixonada por ele. A chuva se acalmou e a movimentação de passos do lado de fora se anunciava novamente.

Ele gritou por mim mais uma vez.

-Forasteira afaste-se da porta. O coronel gritou, mas eu estava tão aturdida com o que ouvi que não o respondi. Um barulho de motor sendo ligado me despertou, uma serra elétrica atravessava a porta enquanto Ruan tentava se aproximar de mim pelo susto que levou.

-Que loucura é essa. A lâmina penetrou a madeira, descia na rapidamente deixando um rasto de pó de serra no chão, o cheiro da madeira sendo cortada invadia a pequena cabana. Respirei fundo. -Isso é o meu Coronel disposto a qualquer coisa para saber se estou bem.

-Ele é louco. Me virei para ele. -Sim, pode ser louco, mas é um louco que odeia mentiras, e fala somente com a verdade, doa onde doer.  -Confia nele? -Sim eu confio. Ele me fitou sério. 

-Ao contrário do que sinto por você neste momento. -Mesmo tendo sido violentada por ele, ainda sim confia nele? -Sim. Gritei.

-Esse não é o homem cheio de ética, e moral que Cezar contou que eu encontraria aqui, ele realmente vai invadir sua casa? -Ética. Eu começaria a rir se tivesse humor no momento.

Balancei minha cabeça, negativamente. -Você ainda não viu nada. Aporta foi empurrada se chocando do outro lado da parede, ele estava com um motor serra nas mãos, esses que usam, na fazenda para cortar as árvores, já presenciei, seu uso antes em circunstancias bem diferentes.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora