Capítulo XVI.

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   O Leviatã

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   O Leviatã.

  – Ora, oras. – A criatura sorri, cheia de si. – Vejam se não é minha querida filhinha.

   – Eu não sou sua filha – responde.

   No fundo, Michelle esconde sua angústia e o seu medo. Suas pernas, trêmulas e frias demonstram sua aflição. Enfim, chegou a hora. Chegou o momento que vinha tentando evitar. É hora de pôr um fim em tudo. É hora de destruir Zanathus de uma vez por todas.

   – Não estou surpreso de te ver aqui – confessa a besta – Eu esperava isso.

   Michelle desvia o olhar rapidamente para Moah, que dá de ombros. A mente da iluminada vaga em pensamentos a cem por hora. E se for tudo uma armadilha e esteja caindo feito um patinho? E se não for forte o bastante para derrotar Zanathus? E se...? Sua cabeça se enchia de achismos e dúvidas, o que só aumentava seu medo.

   – Estou feliz que esteja aqui, meu anjo – continua o leviatã – Chegou na hora. Estou quase terminando.

   Michelle vê Sabrina sorrir. O que se passa pela cabeça da vidente nessas horas? O que estaria pensando para sorrir assim de repente? Nessas circunstâncias?

   – Você não vai conseguir o que tanto deseja – blasfema Sabrina.

   Zanathus sorri, apertando os próprios pulsos como quem sente dor.

   – Já estou conseguindo, filhote de verme – responde.

   – Michelle não vai deixar – diz ela.

   Os pelos da iluminada se arrepiam, um choque elétrico percorre seu corpo com uma descarga de noradrenalina. Ouvir seu nome, a coloca em alertas. Por que Sabrina está entregando ela aos lobos? Não tem mais como adiar. Não tem mais como sair correndo. É a hora.

   Ela olha para Zanathus, o mesmo sorri, contente. Michelle não pode negar que isso a irrita, mas ao mesmo tempo a deixa nervosa. Ela dá um último olhar antes de se pôr em luta. Seus olhos se encontrar com Zith e sua antiga amiga Brenda nos braços dela. A demônio ruiva levanta um olhar misericordioso para Michelle, como se pedisse por socorro. Esse simples gesto enche a garota de coragem.

   "É agora."

   Ouve a voz da porta dizer em sua cabeça. Num ataque de adrenalina, ela pula contra o leviatã. Suas mãos ardem, seu corpo endurece e sua mente esquece do mundo. É só ela e a besta. Unidos em um só ser. Aos poucos, seus olhos começam a se encher de ira, e a ganhar um brilho intenso. O mesmo que queimou Alicia na fazenda. Michelle derruba Zanathus no chão, o pegando desprevenido. Socos e mais socos, suas mãos brilham e ardem como bolas de fogo. Ela sente o gosto do sangue subir até sua boca, salgado e suculento, gostou de sentir-lo. Talvez, esse seja o motivo de demônios prestigiarem tanto esse líquido avermelhado.

O Aviso do Demônio _ Parte Dois.Onde histórias criam vida. Descubra agora