Então lá estávamos nós, na varanda dos fundos da casa dela. O enorme descampado permitia que se visse a lua perdida num céu escuro, sem uma única estrela. Era como se aquele lugar fosse um mundo paralelo. Distante da correria do dia-a-dia. O máximo da cidade que fazia-se presente eram as luzes que cintilavam distantes.
Alfonso: Vocês têm uma visão privilegiada daqui. – Comentei debruçando-me sobre o parapeito.
Anahí: Quando era criança, eu adorava sentar aqui e ficar vendo os pássaros voarem. Queria voar como eles. – Reparei que um sorriso surgia em seus lábios. Naquele dia estava conhecendo uma outra Anahí. Não a mulher que trabalhava comigo e que eu estava encantado, mas uma garota sensível e sonhadora, que me encantava igualmente.
Não contive, e levei a minha mão até a dela, acariciando-a. Meu coração palpitou consideravelmente quando ela virou-se para encarar-me, pousando aqueles olhos azuis sobre mim. Ela apertou-me a mão e lentamente aproximou o seu corpo do meu. Não sabia distinguir o que ela pensava naquele momento, mas eu estava pensando desesperadamente em beijá-la.
Alfonso: Eu disse que não ia estragar as coisas. – Falei tentando manter minha palavra.
Anahí: Você não está estragando. – Disse, para em seguida tomar meu rosto entre as mãos, e levar os seus lábios aos meus.
Ela colou nossos corpos, assim como nossas bocas, entreabrindo os lábios para dar-me o espaço que precisava para apreciá-la. Minha língua chocou-se à dela, numa sintonia que eu jamais tivera com mulher alguma. Era suave e intenso ao mesmo tempo. Deslizei minhas mãos pelo rosto delicado, e por fim a abracei, envolvendo os meus braços em sua cintura. Ficamos ali por minutos, e só nos soltamos quando faltou-nos o ar. Ainda assim, ficamos abraçados. Ela com a cabeça encostada em meu peito, eu acariciando-lhe os fios chocolate.
Anahí: Eu acho que ‘meio que’ gosto de você. – Disse tão baixo que se eu não estivesse prestando tanta atenção nela eu não teria escutado.
Alfonso: Eu não acho que gosto de você. É uma certeza, Anahí, eu gosto de você. – Confessei e ela levantou o rosto, encarando-me.
Anahí: Uma certeza? – Quando ela perguntou aquilo olhando em meus olhos, dei-me conta de que eu estava me apaixonando, ou melhor, eu já estava apaixonado por aquela mulher.
Alfonso: Sim. – Respondi, afagando-lhe os cabelos – E eu nunca gostei de alguém assim. – Disse sincero.
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Mais amanhã.
Meninas, muuuuito obrigada pelas opiniões e comentários! De verdade. :)
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Palavras, apenas palavras
FanficPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...