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O salão já estava praticamente cheio, mesmo faltando 5 minutos para as 19 horas, as pessoas odiavam deixar o rei Gabriel esperando, porque ele odiava esperar e isso era de conhecimento geral. Adrien apertava mãos, distribuía sorrisos, beijava mãos oferecidas por damas, que pareciam querer perder os cílios de tanto bater os olhos, recebia elogios, que em sua maioria soavam falsos, estava cansado de estar ali em pé ao lado direito do pai, Félix estava ao seu lado e parecia despojado mesmo que sua postura estivesse tão impecável como o de uma estátua.
– Odeio como você lida tão bem com isso. – Adrien sussurrou em meio a um sorriso que dirigia a mais uma pessoa que chegava.
Félix apenas balançou a cabeça e chegou mais perto do primo, inclinando-se como quem tira uma sujeira invisível do terno preto.
– Pelo menos não te colocaram em uma roupa de principezinho ou a gravata já está servindo de coleira?
– Ora seu...
– Rapazes. – Gabriel apenas disse uma palavra, como uma ordem, não precisou virar a cabeça na direção do filho e sobrinho e assim a falsa implicância foi encerrada.
Os cumprimentas seguiram por mais alguns minutos até a princesa Tsurugi aproximar-se com Marinette a alguns passos atrás, e Adrien não conseguir desviar os olhos dela. Quando a garota percebeu a proximidade apenas fez uma reverência de longe e manteve uma distância segura para ela e saudável para Adrien, que ainda conseguia observá-la.
– Excelente ideia, majestade. – Kagami sorriu para o rei, logo após fazer uma breve mesura.
– Fico feliz que tenha gostado, afinal, o jantar será realizado em sua homenagem.
– É uma honra. – Kagami abaixou a cabeça mais uma vez em agradecimento.
– Está adorável nesse vestido. Não concorda, Adrien? – Gabriel sabia que um elogio não sairia da boca do filho por livre e espontânea vontade, mas o mínimo que podia fazer era concordar.
Mas ele estava perdido, perdido nos cabelos tão escuros que pareciam brilhar em um tom de azul e descansavam no colo coberto, como o rosa perolado do vestido fazia a pele de Marinette iluminar e como ela parecia uma boneca, linda. Não prestava atenção em mais nada, não percebeu quando o pai o olhou feio e o primo teve que fingir uma tosse mais longa do que seria educado.
– Sim, claro. – Adrien respondeu ao pai. – Vemos isso depois, certo? Com licença.
Félix quis bater a mão na testa, mas também ficou curioso com o olhar perdido do príncipe, para quem ele estava olhando? E seguiu o loiro com os olhos, enquanto ele seguia por entre as pessoas, não era difícil considerando a altura e massa muscular que ele possuía.
– Espero poder dançar com vossa alteza essa noite, se assim for de seu agrado. – Félix inclinou em direção a Kagami pegando sua mão e deixando um pequeno beijo.
– Certamente. – Kagami respondeu, mas pareceu ponderar por alguns segundos. – Mas creio que a primeira dança pertença ao príncipe.
Após ver a confirmação quando o rei assentiu e a satisfação presente em seu gesto, Kagami também pediu licença e afastou-se.
Adrien caminhava com um único objetivo, o ponto rosa de saia rodada que tentava passar quase desapercebida pelas pessoas, e ela conseguia, o que acabou o deixando levemente desconfortável, será que ninguém mais percebia a beleza dela? Será que ele era o único afetado por aquela presença? Seria ridículo se fosse assim.
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Um Príncipe do Natal
FanfictionRei Gabriel II queria que o filho Adrien entendesse que assumir o trono significava estar preparado para tomar atitudes que beneficiariam ao país deles, e isso seria muito mais fácil ao lado de uma esposa forte, uma verdadeira rainha. Por esse motiv...