Há de vir.

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A ênfase que ocorre nesta situação, é que ela nunca mais veria a filha.
Para Riele vir a ser Viviane, sua avó foi responsável por enviá-la a um orfanato no numa caixa, pela madrugada.
Era a única maneira de preservar sua vida e seu destino, já que se conhece a realidade de uma criança na favela - tanto na época quanto hoje em dia. Com oportunidades escassas, o que finda no entardecer é a própria morte.

Não foi de meu conhecimento os motivos de Dalva e família para tomar a decisão. Só os céus sabem.

  Quando amanheceu, uma funcionária recolheu o pacote da calçada entre as sete e oito horas da manhã. Era dia 17 pertencente ao mesmo mês que Riele nascera.
Analisou, com os olhos primeiramente. Imaginou ser doações. Não passou em mente que era uma criança.
Quando abriu a caixa, a menina dormia - um pouco sufocada pelos cobertores, colocados com a intenção de não deixar a temperatura fria inebriar seu corpo enquanto ficasse por lá posicionada.
Primeiro o susto. Este acometeu uma reação rápida da funcionária, que logo recolheu a caixa e acenou para os demais sobre o encontrado.
- Tem uma menina aqui! Um bebê, criança! Deixaram aqui! - Gritava a mulher, enquanto subia escadas para dentro do prédio.

E acredite, Riele virou manchete na região com apenas cinco dias de vida.
Rita quisera sempre visualizar o sucesso da filha. Acabou que, mesmo sabendo de certo abandono pela boca do povo, Dalva dizia estar com a criança. Ligava todos os dias.
Ligou até o dia 09 de Setembro, em 1991. Neste dia, foi Dalva quem recebeu a ligação da doutora Inês Queiroz Alencar - a patroa de Rita.
Ritinha morreu por decorrência de uma doença hereditária - a hemofilia.

Gravemos a informação. Será importante no decorrer da história.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2020 ⏰

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Santa Mônica - Lembranças dos que VivemOnde histórias criam vida. Descubra agora