Somnus | brightwin

prólogo - a invasão

1776, no velho e pacato reino de Somnus, houve uma grande mudança. Seu rei havia falecido e inimigos do reino, invadido-o. Com isso, uma nova família assumiu o trono de Somnus e outras famílias importantíssimas se estabelecido no reino. Bright tornara-se príncipe das terras ao sul da capítal e seu pai, o Senhor. Com a invasão do reino vizinho, os cidadãos somnusenses tornaram-se servos dessas famílias, ou seriam mortos.

Win Metawin, cidadão de Somnus desde que se entende por gente, foi designado, junto de três outros somnusenses, para ir ao sul servir o novo Senhor de lá.

- Estamos demasiadamente cansados! - disse Win. - Não podemos ir junto de vocês na carroça com vossa senhoria?

- Ha! Ha! Ha! - riu debochadamente o carroceiro. - No dia em que um servo beijar seu senhor, eu deixarei vossa mercê andar nesta carroça aqui!

Win sabia que seria uma longa caminhada ao sul, cansado estava, mas o carroceiro não lhe dava descanso. Andou o caminho inteiro com suas duas pernas, já doloridas. Depois de algumas horas andando, o vil frio do sul de Somnus o castigava, mas sabia que o seu destino chegara logo. Os quatro criados estavam próximos à casa de seus senhores, quando uma das rodas da carroça se partiu.

- Oh, merda! - exclamou o carroceiro. - Minha Mildred! MINHA MILDRED!

Win se perguntava se Mildred era o nome da senhora que estava dentro da carroça, mas logo descobriu que Mildred era, nada mais, nada menos que a própria carroça. Win riu, disfarçadamente, para não deixar as coisas ruins para o seu lado.

Os senhores do sul estavam todos dentro da "Mildred", Madame Chivaaree, Senhor Chivaaree e Bright Chivaaree, o príncipe. Após a roda se partir, os 3 saltaram do veículo. "Minha nossa! Minha nossa!", exclamavam. Os senhores eram donos de uma grande beleza, mas também de uma enorme arrogância.

Os sete, por conta do frio, decidiram ir à pé, coisa que os quatro criados já estavam fazendo, para a casa dos senhores e o carroceiro ficou para consertar sua amada Mildred. Não foi uma caminhada difícil, mas o frio a deixara.

- Enfim! Vossa nova casa! - exclamou a Madame Chivaaree.

Todos respiraram aliviados e adentraram o aconchegante - mas nada, acolhedor - casarão, mas o casarão era melhor que o frio lá de fora.

O casarão foi uma das moradias reais em que o falecido rei residia quando saíra da capital, Hipnos. Agora, O casarão pertence a família Chivaaree, os novos senhores do Sul. Este casarão estava no reino desde o Período Renascentista e tinha traços de uma arquitetura clássica. Uma verdadeira obra de arte, mesmo que tenha sido reformada várias vezes.

Win e seus três "colegas de profissão" estavam indo deixar suas coisas nos quartos que haviam ao final da casa, como designou a Madame, que esperava o carroceiro com as suas bagagens. No entanto, a Madame chamou Win e disse que seu quarto não era aquele. A Madame disse que ele será o criado pessoal de seu filho e por isso, dormirá no quarto ao lado de seu senhor, caso ele precise de algo. Madame Chivaaree mandou o criado subir as escadas e deixar suas coisas no quarto e a família esperaria na sala pelo carroceiro.

- Hoje, os dias mais horríveis, desconfortáveis e nada legais da minha vida, começam... - pensou Win enquanto subia as escadas enormes.