Linhas traçadas - I

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(1597 Palavras)

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(1597 Palavras)

Enquanto as estrelas ainda brilhavam, as galáxias dançavam graciosamente, os céus acima eram nítidos e radiantes, o rei Sol reinava potente e imponente, a neve caia e se espalhava pela terra e Selene... ah! Selene, SEMPRE, estivera no seu meio.

Ela os olhava e ansiava consumir suas almas, salivando de desejo. Ela aproximava-se como um animal feroz, sorrateiro e paciente por detrás das nuvens. Igual a um pastor, cuidava e separava seu rebanho, levando-os para o abate. Pela vontade DELE, sua luz descia dos céus transpassando as paredes sólidas de certa montanha, fazendo-a brilhar.

Premeditado, a luz da luminosa Selene tocava o sangue do escolhido no interior da montanha — daquele que por coação foi até eles só para cair em desgraça —, fazendo-o multiplicar-se. Tudo o que o sangue tocava convertia-se, cristalizava em algo tão denso e rijo quanto um diamante, duro e impenetrável como a obsidiana e em apenas três ciclos, a montanha sucumbiu.

Durante esse tempo, Selene, que tudo via, cheia de ódio e malícia, fazia o chão ao redor da montanha tremer, que atordoada, cuspia seu sangue laranja borbulhante e destruidor.

Perante os pés da montanha, a cidade de Drim sofria com seus castigos e maldições. O povo daquela cidade suplicou por ajuda aos reinos de Leins e Ifusã, mas estes recusaram-se a ajudar. Imploraram a Madam por dinheiro para que tivessem como se salvar, mas Madam os ignorou.

Portanto, na cúpula central de Drim, todo o povo se reuniu para discutir seu futuro.

– Não quero acreditar que nossos próprios irmãos estão nos ignorando. Eles querem que morramos!? – Gritou um dos juízes, uma mulher de meia-idade vestindo as togas típicas do judiciário.

– Devíamos obrigá-los a nos ajudar, talvez... talvez... e se fôssemos e trouxéssemos pessoas para cá, para nos ajudar e... e se nos rejeitarem, forçaríamos a vir em nosso auxílio?! – Sugeriu um jovem advogado no auge da carreira.

Todos ficaram perplexos com a ideia dele, no entanto, alguns do grupo dos influentes, que desprezaria fortemente a ideia de obrigar alguém a fazer algo, dadas as circunstâncias, começaram a apoiá-lo.
Foi quando apareceu um jovem de poucos ciclos, maltratado pelo forte sol diário, apesar disso, sua pele azeviche era destaque sob a iluminação, exibindo espetacularmente cada tom, suas tranças enchiam seu cabelo, dando um aspecto másculo e viril, mas ainda assim, jovial e confiável.

Cautelosamente, aproximou-se e disse perante os juízes e juízas e diante da suprema-juíza:

– Diante de vós, peço licença e a permissão de opinar. – A suprema-juíza o olhou um tanto hesitante, mas ainda assim permitiu que ele falasse. – Com todo respeito, me declaro contra a ideia de forçar alguém a algo. Se fizermos isso, estaremos arriscando a vida deles e nossas vidas os raptando.

O fim dos meiosOnde histórias criam vida. Descubra agora