𝒸𝒽𝒶𝓅𝓉ℯ𝓇 𝓈𝒾𝓍

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𝒮𝓀𝓎𝓁𝑒𝓇

Ele dirige o olhar para a minha boca e puxa-me pelo braço para algum sitio. Pensei que neste momento estaríamos na sua cama mas aqui estávamos nós, no seu jardim, sentados num cubo de cimento, em silêncio à pelo menos uns 20 minutos.

Ele acende um cigarro e dou por mim parada, completamente hipnotizada por aquele gesto, só pelo gesto, não por ele.

- Gosto do casaco – quebro o silêncio quando reparo que o olhava a tempo demais.

- Abre nas mangas sabias? – olha pelo ombro e sorri, começo a achar demasiada piada a este sorriso.

- Giro – digo, abrindo-o enquanto ele me observa, tão perto, que as minhas mãos tremem e não consigo voltar a fechar a porcaria do casaco.

- Mas agora não o consigo voltar a fechar – ele olha-me nos olhos e rimos os dois, rimos, eu estava a rir... paro e o meu coração bate tão rápido que só espero que ele não o consiga ouvir, então eu percebo, eu não tinha aberto apenas o fecho do casaco naquele momento, eu estava disposta a abrir o meu coração, preciso de sair daqui.

Levanto-me o mais rápido que consigo e volto para dentro da casa, talvez aqui dentro as tonturas me passem. Olho em volta e parece-me conhecer aquele cabelo loiro, Cheryl, decido ir até ela, a minha outra opção era um homem tatuado que sorria e olhava para mim de forma assustadora.

- Olá – digo com tom de desinteresse quando chego mais perto dela.

- Oh meu deus, Sky numa festa? – exclama com demasiado entusiasmo, ela precisa mesmo de começar a chamar-me Skyler.

- É – respondo enquanto acendo um cigarro.

- Vais fumar aqui dentro?

- Como se fosse a única e sinceramente, estás preocupada com um cigarro? – sorrio e aponto para o grupo atrás dela onde quase todos fumam e alguns consomem outras drogas.

- Sim, mas eles são os Diablos!

- E eu sou a Skyler e quero fumar um cigarro, quem me vai impedir?

Ela olha por cima do meu ombro e arregala os olhos quando me viro lá estava ele, sentado enquanto falava com um grupo, provavelmente membros do gangue. E então eu relembro-me, ele faz parte do gangue eu preciso de me aproximar. Mas como é que eu me aproximo de alguém de quem quero fugir? Como me vou aproximar dele, sem me perder pelo caminho?

Volto-me para Cheryl antes que ele perceba o meu olhar.

- Vamos dançar? – surpreendo-me a mim mesma com a proposta e ela concorda com um aceno de cabeça, sorridente.

To Die ForOnde histórias criam vida. Descubra agora