Seumgmin parou de repente em frente a sua casa, ele não queria entrar.
O grande portão não mostrava o real tamanho de sua casa, ela era imensa, ao ponto do indivíduo a visita-la ter de andar por bons minutos até chegar a porta. Ela era repleta de janelas imensas, em todos os seus três andares, era incrível como até as inumeras janelas eram incapazes de mostrar as atrocidades que ocorriam dentro daquelas paredes. Todos dentro daquela casa, sofriam um imenso abuso dos pais do jovem, e nem Seungmin estava livre desses abusos.
Ele gostaria de permanecer na cafeteria, mas ela fechou mais cedo. Talvez isso fosse um sinal, talvez alguma força universal realmente estivesse tentando faze-lo enfrentar seus medos, confrontar seus pais, ser livre para ser quem ele é.
Mas por que isso era tão difícil? Por que ele era incapaz de dar sequer um passo em direção aquela casa? Ele não conseguia enfrenta-los, ele não podia, seria igual a última vez, ele não queria passar por isso de novo. Talvez… apenas talvez, ele precisasse de alguém, talvez, se houvesse alguém capaz de despertar sua vontade de ser ele mesmo.
Seungmin nunca lutaria por ele mesmo, para quê? O que seria tirado disso? Ele estava tão acostumado com essa vida, por que mudar tudo agora, quando tudo pode continuar o mesmo? Ele não precisava de uma mudança.
Mas ele concordava, seria bom saber quem ele era, seria bom se sentir como ele mesmo.
Mas para isso, ele precisaria dar os primeiros passos, e era tão assustador pensar neles, ele não pensava no que viria depois, por que em sua cabeça, o único final possível, são inúmeras quedas.
No final de contas, mudanças seriam apenas piores para o garoto, o que ele faria depois? Ele sequer sabe quem ele é. Ele estava a tanto tempo sendo manipulado, que parecia que seus pais haviam lentamente cortado pedaços de sua personalidade até que não restasse nada. Talvez esse fosse o primeiro passo, ao invés de enfrenta-los, ele devesse se achar primeiro.
Ele apertou o botão do interfone, normalmente isso não era necessário, apenas de se aproximar do portão, ele se abriria. Seus pais devem ter demitido o doce homem que normalmente ficava no portão. Não era uma surpresa, os funcionários estavam sempre mudando, sendo sempre demitidos por razões estúpidas.
Os portões se abriram, ele tentou reparar na maior quantidade de detalhes passível, logo na entrada havia um lindo jardim com diversos tipos de flores, e uma pequena lagoa habitada por três patos, ele amava o jardim, sempre o achou relaxante, era uma pena que não havia nada bloqueando o sol perto dos bancos.
Ele gostaria de poder passear pelo jardim mais vezes. Seus pais proibiram Seungmin de ir até o lago, ele nunca entenderá até o dia em que tentou ir ao jardim enquanto seus pais estavam fora, ele foi pego pelas câmeras. Quando seus pais chegaram ele lembra de ouvi-los falando sobre o sol ser ruim para sua pele, depois de ouvir outras conversas ele percebeu que seus pais estavam forçando-o a seguir a carreira de modelo. Ele não queria, ele queria trabalhar com algo que necessitasse de mais do ficar parado por horas, ele queria escrever, fotografar. Seungmin sempre quis viajar mundo a fora fotografando todas as belezas que encontrasse.
Seus pais nunca permitiriam.
As portas foram abertas logo que ele se aproximou, ele achava um exagero, ele conseguia abrir uma porta sozinho.
— Boa noite, Sr. Kim, seus pais esperam-o na sala de jantar. Deixe me guardar o seu casaco.
No início, ele tentava convencer os empregados a parar de chama-los assim, mas eles nunca o ouviram, depois de um tempo, ele simplesmente cansou de tentar convence-los.
Algumas empregadas o acompanharam enquanto els andava até a sala de jantar. Ele queria pedir para que elas parassem, mas ele não correria o perigo, ele estava muito próximo de seus pais. É incrível como uma casa tão luxuosa tem paredes tão finas.
As empregadas que o acompanhavam abriram a porta dupla da sala de jantar, novamente, sem necessidade.
Na mesa da sala de jantar, diversos pratos eram distribuídos, comidas estravagantes e chiques demais para o palato do garoto cobriam toda a extensão da imensa mesa. Ele nunca entendeu por que preparavam tanto, e colocavam tantos pratos, se os únicos a comerem eram seus pais e ele.
— Boa noite, meu filho. Onde você esteve?
Sua mãe perguntou com sua feição típica. Como seus pais podiam ser o completo estereótipo para pessoas ricas?
Ele pensava no por quê de tal pergunta, Seungmin sabe a anos que todos seus aparelhos tecnológicos tinham rastreadores. No entanto, eles insistiam na mesma pergunta, quão satisfatório era para eles saber que Seungmin continuava a fazer exatamente o que eles haviam mandado.
— O de sempre, eu passei a tarde na cafeteria, e após vim para casa, assim como me a senhora pediu.
Seungmin andou até a cadeira em que ele normalmente se sentava, uma empregada puxou a cadeira para ele, que logo após se sentou.
O chef começou a apresentar os pratos, mas ele realmente não se importava. Ele queria apenas terminar de comer para poder se trancar em seu quarto o mais cedo possível.
— Com anda a escola? Há alguma atividade pendente?
Seu pai cortou um pedaço de carne e começou a mastigar.
Seungmin sabia o que viria depois, ele reconhecia essa expressão que era mostrada para ele tantas vezes no passado, era o momento antes do desastre.
— Mas que porra é essa?!
O pai de seungmin grunhiu cospindo o pedaço de carne enquanto encarava o chef.
Ele estava aterrorizado, seungmin, no entanto, continuou a comer calmamente, a comida estava muito boa.
— Como você pode se intitular chef se não sabe temperar uma carne?!
O homem socou a mesa, a mesa tremeu com tamanha força.
Seungmin se encolheu em sua cadeira, ele olhava para baixo enquanto comia silenciosamente. Sua mãe olhava para baixo, assustada, a tempos, ele começou a ficar mais assustada com o crescimento do comportamento agressivo do marido, ele sequer era o mesmo de anos atrás, antes de Seungmin… ele era tão doce, por que ela teve de gerar aquela criança? Seu filho destruiu sua vida.
— Você está demitido! Sequer passe perto dessa casa!
O pobre homem saiu da cozinha, assustado, encolhido como um animal assustado, e o Sr. Kim era o predador, o pobre coitado era apenas uma presa, para que ele pudesse se impor, ele amava se sentir superior, não importava os meios.
Seungmin olhou enquanto o homem saia da sala de jantar se desculpando, ele sequer se importava mais, toda semana, algum chef era demitido por uma razão estúpida, o da semana passada fora demitido por que a salada estava mal lavada, ela estava impecavelmente lavada, o da semama anterior, fora por que os legumes estavam "fora do ponto", eles estavam perfeitos. Seungmin estava acostumado a ver pessoas saindo por essa porta, e nunca mais voltando, toda vez, ele pensava, "pelo menos não foi com você Seungmin, pelo menos você ainda está aqui".
Seu pai amava rejeitar seu próprio filho, qualquer falha, ele usava para mostrar superioridade, sua costa ainda doia pelos chutes que ele levou por não falar "sim senhor" depois de uma ordem de seu pai. Mas esse não foi o pior caso, apenas o mais recente, o pior foi com certeza aos seus onze anos de idade, seu pai descobriu que ele tirou uma nota menor de 9. Ele não pode ir para a escola no dia seguinte, ele sequer era capaz de falar, imagine andar ou copiar.
Então, por causa disso ele agradecia, por que ele sabia que no momento em que seu pai descobrisse sua atração por garotos, ele não estaria mais.
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Soooo, capítulo confuso, eu sei, mas bem, tem que ser, ele representa a confusão dos pensamentos do Seungmin, então é claro que vai ser bem confuso, mas depois vai se ajustar. Booom, também tem outra coisa, eu realmente quero alguém pra conversar, e se você também quer, manda uma mensagem, eu juro que eu não mordo!
Bom, no próximo voltaremos ao Chan e o Jisung, eu realmente quero explicar o negócio dele e do Minho lá, então sejam pacientes.
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Unrequited Love {Chanlix}
FanfictionDepois de sentimentos nunca sequer pensados vem a tona, a vida já complicada de Christopher Bang e Felix Lee se torna ainda pior, já que agora Felix tinha de lidar com sentimentos que em sua cabeça, não são correspondidos.