Capítulo Setenta e Um.

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Boa leitura!

~•~

Toda vez que Nashi falava "mamã", meu coração acelerava. Era muita emoção e felicidade para essa mãe de primeira viagem.

— Será que ela me odeia? Deve ser porque eu quase não fico em casa.

Se eu fosse escolher um lado negativo, seria esse. O constante choro dele no meu ouvido.

— De novo com isso? Supera e aceita. Ela te ama, mas falou "mamã" primeiro e só.

— Quero ver se você ia achar "só", se fosse "papá" primeiro.

— Você sabe muito bem que eu 'tava preparada 'pra isso, já que o mais comum é "papa". – Nashi ficou de pé nas minhas coxas e eu o olhei pelo canto dos olhos. — Mas minha filhinha me ama muito, né, minha flor? – ela riu.

Natsu caí muito fácil na pilha, o que é engraçado, já que ele ama provocar os outros.

— Tsk…

— Eu 'tô brincando, meu amor. Você faria o mesmo comigo e nem ouse negar.

— MamãmamãMamã! Pá! 

Como se entendesse o que estava acontecendo, Nashi esticou o braço em direção ao pai e eu a ajudei a ir para seu colo. Ela ficou de pé na coxa dele e grudou a boca na bochecha do homem, babando o lugar.

— E você ainda diz que ela não te ama. – falei tirando uma foto deles. — Que vergonha...

— Me desculpa, meu bebê.

— BáBáBáBáBáBáBáBáBáBáBáBá.

No meio da sessão de fotos, o celular dele tocou.

— Alô.

— Olá, senhor Will, bom tarde.

Peguei a menina quando vi que estava atrapalhando.

— Entendo. Bom, o que posso fazer é…

Passei a brincar com nossa garotinha enquanto ele conversava. Não entendia nada mesmo, não havia motivos para prestar atenção, não que eu faça isso.

Nashi sentou no meu colo, levou a mãozinha até ao seio e me encarou com olhinhos pidões.

— Ma-ma.

"Até mama ela fala". – Natsu afastou o celular e disse baixinho. 

Ri.

Posicionei a menina e ela rapidamente passou a se alimentar. 

— Não pode morder. – briguei com ela.

— Hum… – reclamou.

— É! Se morder de novo, acabou.

— Hum…

— Não adianta fingir que não entendeu. – soltou o peito, fez bico e depois voltou a mamar.

— Não, nada. Tchau. – suspirou.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, apenas dúvidas. – deu de ombros.

Enquanto assistia televisão, algo me ocorreu.

— Eu 'tô com fome. – me olhou. — Quero almoçar.

— E…?

— E…? Esqueceu que você irá me servir por uma semana?

— Ah…

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora